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Praticamente todos os jornalistas do Observador têm um dia por semana em que fazem turnos na Atualidade, a nossa secção que responde de forma mais rápida a tudo o que vai acontecendo, sob a batuta da nossa editora executiva Dulce Neto, logo a partir das 6h30, sendo rendida habitualmente pela editora Cátia Andrea Costa a partir das 15h30. | Esta é uma das grandes forças do Observador: o facto de todos os jornalistas dedicarem um dia por semana a este turno, em que podem ter de fazer artigos sobre qualquer tema, é o que nos deixa preparados para reagirmos e nos adaptarmos mais rapidamente a grandes mudanças, como as da pandemia ou a guerra na Ucrânia — quase todos os jornalistas escreveram sobre os dois temas. No resto do tempo (que é a maior parte), quando não estão de atualidade, os jornalistas preparam trabalhos mais longos ou acompanham em direto assuntos em que estão mais especializados. | Esta segunda-feira, 23, o jornalista João Francisco Gomes estava no seu turno de atualidade a ter uma tarde estranhamente calma, em contraste com o turbilhão político das primeiras semanas de janeiro, quando recebeu via whatsapp um screenshot de uma referência a um contrato no portal Base, no valor dos tais 4,2 milhões de euros, pelo palco da Jornada Mundial da Juventude. | Acabou por ser uma feliz coincidência: não só o João Francisco é o nosso especialista em religião, que tem acompanhado tudo sobre a JMJ desde o anúncio, como estava livre para verificar imediatamente a informação e escrever. Se o resto da atualidade estivesse a ser muito agitada nesta tarde, ele podia não ter tido tempo para se dedicar logo a esta missão. Se não estivesse de atualidade, poderia estar a desenvolver outro trabalho qualquer que também não permitisse concentrar-se logo nesta história. | Mas não havia qualquer desses obstáculos. Foi logo procurar e encontrou o contrato no portal Base, ou seja, não se tratava de uma montagem. Confirmou que a informação não tinha ainda sido divulgada jornalisticamente, combinou com o editor-adjunto de Sociedade, Pedro Rainho, o artigo que iria escrever e assim que ficou pronto foi publicado em manchete no Observador. | Obviamente, o resto da semana do João Francisco Gomes e de mais uns quantos camaradas do Observador e da Rádio Observador foi a tentar esclarecer e escrutinar esta polémica, que foi crescendo à medida que surgiam mais reações e novas informações do Presidente da República, da Câmara de Lisboa, do Governo, e de figuras da Igreja. | O último a reagir publicamente acabou mesmo por ser o bispo D. Américo Aguiar, presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude, que passou a semana numa visita ao Panamá. Na conferência de imprensa que deu esta quinta-feira ao fim da tarde, pouco depois de aterrar em Lisboa, revelou, com fairplay, como tinha sabido que o palco iria custar 4,2 milhões de euros. Olhou nesse momento para o autor da notícia, João Francisco Gomes, que estava a acompanhar a conferência de imprensa, pôs a língua de fora e fez um sorriso: “Eu soube do valor quando vi… o Observador vai ficar todo contente agora… quando vi a notícia do Observador”. | Ficamos contentes, claro. Estamos cá mesmo para isso: dar notícias. |
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Talvez lhe tenha escapado
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Governo
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Costa diz que ministros em funções não têm de responder ao questionário. Mesmo assim, o Observador pediu que o fizessem. Como recusaram, cruzámos dados e respondemos por eles. Há casos problemáticos.
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JMJ 2023
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Os custos do palco onde o Papa vai presidir às celebrações finais da JMJ poderão superar os cinco milhões de euros — e a requalificação do terreno os sete milhões. Câmaras já fizeram vários contratos.
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JMJ 2023
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Após três dias de polémicas com o palco da JMJ, a Igreja pronunciou-se: o bispo responsável pelo evento assumiu-se magoado com o custo e garantiu que vai acompanhar de perto os próximos projetos.
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JMJ 2023
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Moedas garante que vai considerar queixas de Marcelo e da Igreja sobre custos do altar-palco, mas autarquia vai dizendo que é quase impossível mexer na obra. Medina, Sá Fernandes e Governo são alvos.
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JMJ 2023
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Depois da polémica sobre custo do altar, a câmara de Lisboa chamou os jornalistas para explicar o que está em causa. Obra no Parque Tejo custará 21,5 milhões, mas será um investimento "para o futuro".
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JMJ 2023
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É sempre anunciada com pompa pela cidade que a recebe, com promessas de enorme retorno económico. Mas a Jornada Mundial da Juventude nem sempre cumpre, e os gastos vão muito para além do palco.
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Política
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Partidos trocaram dez vezes de líder desde que Costa é primeiro-ministro. Há quem esteja reformado, quem não exclua voltar e quem se dedique aos terrenos da família ou ao filho recém-nascido.
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Primeiro-Ministro
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António Costa preferiu uma resposta em conjunto a 12 perguntas. Assume que tinha contactos informais e "leais" com o ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa.
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PS
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"Saída limpa" ficou manchada quando assumiu que afinal sabia do que foi pago a Alexandra Reis. "Deu tiro no meio dos olhos", lamenta-se no PS. Esquerda atenta a futuro político de Pedro Nuno Santos.
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PSD
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Em entrevista, David Justino critica indiretamente Luís Montenegro e falta de uma alternativa. Diz estar em causa "funcionamento regular" das instituições e alerta para radicalização da política.
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Entrevista
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O deputado do PSD diz que "o padrão de desconhecimento é uma forma de desresponsabilização" que tem sido usada por Medina. Na comissão de inquérito, o PSD está disposto a ir mais longe do que 2015.
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Partido Chega
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No arranque para a Convenção, Ventura prepara-se para moldar o Chega sem mexer muito na direção e focado no futuro. Os nomes e as caras são as de sempre, mas questão dos críticos ficou resolvida.
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Vichyssoise
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Em entrevista, Nuno Afonso, até aqui o grande adversário interno de André Ventura, revela que vai deixar o partido por ter percebido que já não valia a pena. "O Chega está completamente controlado."
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Iniciativa Liberal
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Rui Rocha ganhou e confirmou favoritismo. Blanco afirmou-se como grande promessa. Cotrim escolheu o cavalo certo. Carmona, Mayan e Ferreira da Silva derrotados. E a grande sombra que paira na IL.
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Professores
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Já soprou vuvuzelas para torturar os ouvidos da ministra Isabel Alçada e criou o movimento que acampou à porta de casa de Nuno Crato. Abandonou a Fenprof, o Bloco e o PCP, criou o MAS e o STOP.
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Guerra na Ucrânia
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Casos suspeitos estão na origem da maioria de demissões promovidas por Zelensky entre o seu governo. Pressionado pelo Ocidente, Presidente aperta o garrote ao crime. Mas aperta o suficiente?
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Futebol
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Exigente, metódico, arrogante, provocador. São muitas as opiniões do treinador sobre quem é impossível não ter opinião. Viveu tudo, ganhou tudo, só quer viver para ganhar mais. Mourinho por Mourinho.
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NBA
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Prognósticos, previsões, palpites? Para esquecer. É a época da NBA em que mais jogadores marcaram acima de 40 pontos e que mais têm acima de 40% de três mas muito mais mudou – e já se pensa no draft.
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Tendências
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O mercado dos influencers já vale 16 mil milhões de dólares (e continua a crescer), mas há muitos criadores de conteúdos que mantêm ocupações tradicionais. Falámos com 5 portuguesas para saber porquê.
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Celebridades
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Da Playboy às "Marés Vivas", no novo documentário da Netflix, Pamela Anderson conta como a sex tape com Tommy Lee destruiu a sua hipótese de ter uma carreira séria e a transformou numa punchline.
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Cinema
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Conquistou a crítica, deu a nomeação ao Óscar de Melhor ator a Paul Mescal e estreia-se agora em Portugal. A realizadora Charlotte Wells explica-nos de onde vem este drama entre um pai e uma filha.
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Cinema
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A propósito da estreia do filme sobre a vida de Amadeo de Souza-Cardoso, Rafael Morais, Sandra Barata-Belo, Inês Castel-Branco e Ivo Canelas contam como foi desempenhar papéis de personalidades reais.
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Cultura
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A sorte numa peça de roupa, o gengibre e o chá de perpétuas roxas para a voz e as histórias entre pratos para contar ao público. Estivemos com David Santos, antes e depois do Teatro da Garagem.
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Óscares
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Aos 26 anos, realizador de animação português já arrecadou mais de 30 prémios com o seu "Ice Merchants". Entrevistámos o autor do primeiro filme português nomeado para os Óscares.
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Opinião
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Às oposições, numa situação como a portuguesa, quase que basta a virtude de não serem os que estão no poder. Só mudar as proverbiais moscas, mesmo que o resto fique na mesma, já fará diferença.
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Metemo-nos num beco sem saída. Por um lado, uma democracia bloqueada por expectativas frustradas. Por outro, uma elite que tudo faz para a manter assim. No meio, a ausência de uma alternativa política
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Ó hábil homem, mais cedo ou mais tarde alguém te mostrará um documento que prova que fizeste aquilo que agora desejarias não ter feito. Ninguém nasce inteiramente de novo a cada dia.
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Diz o ministério que os professores têm sido aumentados? Diz e fala verdade. Os professores também têm razão quando dizem que ganham menos. O que aconteceu então? Aconteceu o socialismo.
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António Costa fartou-se de ser primeiro-ministro, que tudo fez para ser. E no Governo ninguém sabe o que fazer, sem ser controlar as contas. O mais preocupante é não se ver como saímos deste bloqueio.
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