Como se fez o "Piratinha do Ar", o novo podcast narrativo do Observador. Entre amuletos da sorte, 13 horas de entrevistas e os OVNIs que entusiasmaram David Fonseca
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Há para já uma coisa que une o primeiro podcast narrativo do Observador ao segundo, que estreia já na próxima terça-feira: ambos tiveram uma espécie de amuleto da sorte que acompanhou todos os trabalhos.
Mal começaram a preparar o “Piratinha do Ar”, ainda em 2022, o João Santos Duarte, editor de podcasts, ofereceu uma réplica do modelo do avião da TAP que o Rui desviou — um Boeing 7.2.7. (está com pontos porque lê-se assim, sete, dois, sete, aprendemos nós) — ao Miguel Cordeiro, editor de coordenação da rádio Observador. A intenção era ajudá-lo a “entrar” na história e a inspirar-se quando estivessem a escrever o guião.
Esperem. Tenho de reescrever o primeiro parágrafo. Afinal o “Piratinha do Ar” teve dois objetos simbólicos e não um. Como o jovem Rui (ele tem apenas 16 anos, não sei se já disse) usa uma arma no sequestro (não estou a fazer spoilers, está tudo no trailer, que, só por si, já chegou ao segundo lugar do top da lista da Apple Podcasts em Portugal), eles reaproveitaram também a pistola “nerf” usada em “O Sargento na Cela 7” e comprada igualmente com o objetivo de “iluminar” o processo de construção da narrativa.
Será que com dois amuletos será possível duplicar as audiências? “O Sargento na Cela 7”, o primeiro da série Podcast Plus do Observador, já foi ouvido quase 650 mil vezes e tornou-se um sucesso completo. Ora, o “Piratinha do Ar” tem todos os ingredientes para repetir, no mínimo, o êxito inicial.
A primeira entrevista foi feita em outubro do ano passado, a José Correia Guedes, o co-piloto do avião desviado e um dos grandes protagonistas desta história (logo verá porquê), que recebeu o Observador na sua casa em Cascais e esteve sempre disponível para tirar todas as dúvidas. A última aconteceu em fevereiro, com Renato Ventosa, um dos melhores amigos do “piratinha”. Mas esta precisou primeiro de alguns contactos por Facebook, depois de uma conversa por telefone onde já revelou muitos detalhes de tudo o que se passou naqueles primeiros dias de maio de 1980 antes do desvio do avião, até obrigar mesmo a um encontro presencial de duas horas e meia que vai ouvir no primeiro episódio, com revelações inacreditáveis (em que ninguém infelizmente acreditou).
Ao todo são 19 entrevistas, 12 gigabytes, mais de 750 minutos, 13 horas. Foram ouvidos membros da tripulação, passageiros, elementos do Governo português da altura, o secretário da embaixada portuguesa em Madrid, vizinhos, amigos e professores do “Piratinha do Ar”, o advogado de defesa, o juiz que o julgou, jornalistas que cobriram o caso, entre outras figuras que tiveram contacto com a história. O Miguel e o João tiveram também acesso a um arquivo de recortes de jornais dos anos 80, com dezenas de artigos sobre o sequestro (são mais de 80). E puderam consultar as mais de mil páginas do processo, com documentação oficial de como o caso foi investigado e o Rui foi julgado.
Além de terem estado três vezes no Feijó, junto ao antigo prédio de Rui Rodrigues, conseguiram ainda ter acesso a um exemplar da revista Humanoide, a revista escrita pelo Rui e o seu grupo de amigos sobre OVNIs (ouvirá sobre ela no 2.º episódio).
Se calhar não precisava de falar disto já agora, mas é o que faz a ponte para David Fonseca. O músico de Leiria ficou desde logo interessado em fazer a música original do podcast, por ser um desafio diferente dos que habitualmente lhe colocam, e que costumam envolver quase sempre apenas a sua voz. Mas na conversa por Zoom para acertar os detalhes, adorou quando percebeu que ideia era ter algo sobre os anos 80, que transportasse até ao imaginário daquela época. Depois ficou muito curioso quando lhe dissemos do que se tratava esta história inusitada. Mas o sorriso abriu-se definitivamente para a câmara e ficou visivelmente entusiasmado quando lhe revelámos que, ainda por cima, o caso também envolvia OVNIs e o fascínio pelo espaço. O David não pôde pegar de imediato no projeto porque estava com concertos, mas quando finalmente fez a música do “Piratinha do Ar” tudo surgiu tudo muito rapidamente — demorou apenas uma semana para entregar o tema principal e duas outras músicas secundárias (que vão adorar).
Com a atriz Margarida Vila Nova, a narradora do “Piratinha do Ar”, foi também tudo muito rápido. Depois de um primeiro contacto com a sua agência e do pedido de mais informação, ajudou muito que já tivessem ouvido “O Sargento na Cela 7” — e gostado. Foi só enviar mais detalhes sobre a nova história e ela aceitou de imediato. Acertadas as agendas, a Margarida esteve quatro manhãs a gravar sem parar no Observador e quando esta semana lhe contámos que estávamos em segundo no top, respondeu: “Genial”.
Genial está. Mas o João Santos Duarte, que anda a comprar amuletos, também é fã de numerologia. E aponta todos os simbolismos e pormenores que acha significativos. Ora no passado dia 6 de maio (há duas semanas) passaram 43 anos do desvio do avião da TAP pelo “Piratinha do Ar”. E Rui Rodrigues, em julho, quando o podcast terminar, fará 60 anos. Só sinais positivos.
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