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Foi preciso madrugar. Havia mais de 30 jornalistas acreditados para assistirem à primeira sessão do julgamento de Rui Pinto — mas, por causa da pandemia, apenas seis poderiam estar dentro da sala de audiências; os restantes 24 teriam de assistir a tudo numa sala distante, através de um circuito interno de vídeo. Se só havia seis lugares para 30 pessoas, tornava-se indispensável instituir um critério justo de entrada. E nada mais justo do que a ordem de chegada. |
Justo e, convenhamos, potencialmente cansativo. Às 5h da manhã desta sexta-feira, a jornalista Carolina Branco e o editor de Fotografia João Porfírio estavam à porta do edifício A do Campus da Justiça. Como ainda só tinham chegado representantes de outros dois jornais, isso queria dizer que a entrada estava garantida. |
Depois disso, o dia da Carolina e do João dividiu-se em duas velocidades: entre as 5h e as 9h30 foi desesperadamente lento; a partir das 9h30 foi tremendamente rápido. |
Primeiro, as imagens. O editor de Fotografia do Observador começou a correr para o sexto piso do edifício logo que ouviu a frase “Façam grupos de cinco, vão subir e têm um minuto para fotografar”. Entre o primeiro e o último disparo feito na direção de Rui Pinto dentro da sala de audiências passaram-se apenas 56 segundos. |
Depois, o texto. Por razões de segurança, a Carolina Branco teve de deixar o computador e o telemóvel numa mala da PSP. Quando a juíza permitia, os jornalistas podiam sair da sala durante cinco minutos para darem notícias às redações — o que implicava abandonar a sala, ir buscar o telemóvel, descer seis andares e apanhar rede para o telemóvel (para a seguir repetir tudo em sentido inverso). Numa dessas vezes, a Carolina sentou-se logo no primeiro passeio em frente à porta e, quando se preparava para falar, percebeu que tinha uma metralhadora mesmo à frente da cara. Era um polícia, que lhe explicou que não podia estar tão perto do edifício. Precisou, por isso, de perder mais uns segundos. |
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