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A literatura e o cinema construíram uma ideia do “enviado especial” que anda muito longe da realidade. Os dias não são passados em palácios sumptuosos, nem em banquetes opíparos e muito menos têm direito a lugares em bancadas alcatifadas para ver os jogos do Mundial. Bruno Roseiro, editor de Desporto do Observador, corre de jogo para jogo, de entrevista para entrevista, de conferência de imprensa em conferência de imprensa e depois há que escrever para o jornal, os diretos para a rádio, sem esquecer o podcast “Diário do Mundial”. Este jogo é assim e não nos queixamos dele. Os jornalistas querem sempre ir, porque “é lá” que está aquela história que vai fazer a diferença. | A seleção espanhola jogava com a Alemanha — a 27 de novembro e o desafio terminou empatado 1 — no Estádio Al Bayt, em Al Khor. É o recinto mais afastado do centro de Doha. Nos planos iniciais chegou a estar prevista uma linha de metro até ao estádio, mas a opção foi encurtada face à distância e a uma expectável fraca afluência depois de terminada a prova. O Bruno Roseiro saiu do Souq Waqif, na capital, às 20h10, seguiu de metropolitano até Lusail e aí apanhou um autocarro, que demora cerca de 45 minutos a chegar ao Al Bayt. O jogo arrancava às 22h00 locais (19 horas em Portugal continental) e às 21h30, a 4 ou 5 quilómetros do estádio, o trânsito estava parado… paradinho. O nosso editor de Desporto seguiu o exemplo de outros e saltou da viatura para fazer o resto do percurso a pé em ritmo acelerado de mocilha às costas. Umas largas de centenas de metros mais à frente, lá surgiu de novo o autocarro e ajudou-o a completar a distância. Foi ainda necessário encontrar a porta, correr para o lugar na bancada de imprensa e às 22h05 (locais) estava sentado com os olhos postos no relvado. Não perdeu qualquer golo, uma vez que o marcador só mexeu na segunda parte. O dia terminou bem perto das 4h00 (locais). Depois do jogo é preciso esperar pelos jogadores na chamada “zona mista” e fechar os textos. Na crónica desse dia fala-se em corridas. | Nesse domingo, o Bruno Roseiro deu descanso aos ténis mais confortáveis para fins mais radicais acabando com bolhas nos pés e um tornozelo inchado — má escolha de calçado para a prática de jornalismo desportivo. Foi assistido no Posto Médico do Media Center de onde saiu com um pé ligado. Nas mensagens que trocámos esta sexta-feira dizia que este sábado já estará “quase a 100%”, pronto para alinhar, para continuar a trazer-nos futebol e muitas das histórias que fazem a diferença na nossa cobertura do Mundial do Qatar 2022. E se ainda está pensar: “Pelo menos a comida deve ser interessante…” convido-o a ouvir este episódio do podcast “A História do Dia” em que se fala de bastidores da seleção e de comida. |
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Abel Xavier fala da seleção, de Ronaldo (e Messi), de Paulo Bento (e da Coreia do Sul) e por arrasto do Mundial 2002. Mas não esquece o momento que lhe marcou carreira, a mão para o penálti de Zidane.
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Aos nove já era um miúdo de rua, passou dez anos preso e fez dois tratamentos para se livrar da droga. Voltou sempre à Cova da Moura e fundou uma academia para mostrar que existe sempre um futuro.
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Luís Campos Ferreira assume que o PSD tem de ser o partido mais votado nas europeias. Em entrevista, o social-democrata critica os "tiques de autoritarismo" de Costa e compara-o a José Sócrates.
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Lei estava muito perto de ser aprovada, partidos estavam "esperançosos", mas alteração que dizem ser "cirúrgica" pôs Chega em alerta. Voto pode ser agendado para próxima semana.
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Costa Silva transmitiu incómodo ao primeiro-ministro, que não tolerou "deslealdades". PS satisfeito com Mendonça Mendes mas preocupado com entradas "técnicas" nas Finanças e Economia.
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Guerra na Ucrânia
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A guerra na Ucrânia, o maior conflito na Europa desde 1945, ocorre numa altura em que a nova tecnologia militar pode fazer a diferença. É isso que mostra a experiência no terreno?
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Política de "tolerância zero" à Covid é resposta à menor eficácia da vacinação na China, mas desagrada cada vez mais a uma população frustrada com confinamentos. Reação de Xi Jinping será fulcral.
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Comunidade médica fala em dia "histórico" e em "nova era" para combater a doença que provoca demência. Lecanemab reduziu 27% o declínio mental dos doentes tratados com este medicamento.
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Livros
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Num novo livro, Giles Tremlett oferece uma visão sintética da história de um país do qual os portugueses pouco sabem, embora seja, há séculos, o nosso único vizinho.
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A propósito do centenário do compositor grego, a Gulbenkian inaugura uma exposição e uma performance em estreia absoluta. Uma evocação necessária sobre um classicista de olhos postos no futuro.
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Jornalismo
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Maria João Avillez junta os diretores da RTP, da TVI/CNN e da SIC para falarem sobre as mudanças no jornalismo. António José Teixeira, Nuno Santos e Ricardo Costa debatem o presente e o futuro.
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