A partir de quinta-feira teremos uma novidade fantástica para toda a gente que gosta da Rádio Observador: vamos passar a ter mais uma frequência, a partir de Rio Maior, para quase todo o Ribatejo e Oeste. Em 92.6 fm (onde agora ainda se escuta a Mega Hits do Grupo Renascença), passará a ser possível ouvir a nossa emissão de Santarém às Caldas da Rainha, de Alenquer a Alcobaça, ou de Torres Novas a Peniche. Em Rio Maior, ficará disponível ainda uma micro-frequência adicional, em 99.5 fm. |
Quem já conhece os nossos noticiários, as nossas emissões especiais e as nossas rubricas pode levar a Rádio Observador como companhia no carro pelas viagens que fizer em partes cada vez maiores da A1, da A8, da A23 ou da Nacional 1. |
E há mais cerca de 600 mil pessoas que residem nas dezenas de concelhos que passam a ser abrangidos pela nova frequência e podem agora descobrir a nossa programação, juntando-se assim a um público que não pára de crescer. Aumentou 20% no último bareme da Marktest, que saiu há duas semanas, para cerca de cem mil ouvintes diários, a que se somam outros milhares de seguidores no youtube, no instagram e facebook, mais os nossos milhões de ouvintes em podcast: chegámos esta semana aos 100 milhões de downloads desde o início do projeto, que completará quatro anos daqui a um mês. |
As duas novas frequências são uma grande notícia para a expansão da rádio, mas em particular também para o nosso coordenador técnico, Nuno Serra Fernandes, que tem uma enorme ligação afetiva à região de Santarém, onde cresceu, e uma paixão de vida inteira pela rádio – e especialmente por esta nova rádio que se junta à Observador. |
Ainda se chamava Rádio Maior quando ele tinha dez anos e gastou um balúrdio na conta telefónica dos pais a ligar para um programa de discos pedidos, a pedir uma música dos Nirvana. O prejuízo nas finanças domésticas foi largamente compensado quando venceu um passatempo patrocinado por um talho e recebeu como prémio 8 contos em carne — o equivalente a 93 euros aos dias de hoje (aplicando o coeficiente de desvalorização da moeda). Teve de ir de Santarém ao talho de Rio Maior acompanhar o pai para levantar vários sacos carregados de carne e lembra-se que parte dessa carne foi usada para confeccionar aquele que ainda hoje é o seu prato favorito: um cozido à portuguesa. |
Duas décadas mais tarde, em 2013, o miúdo que tinha vencido o passatempo do talho tornou-se o técnico de confiança dos proprietários da rádio de Rio Maior para reconstruir as antenas a partir do zero. E agora é o coordenador técnico da Rádio Observador e é das pessoas que sente de forma mais especial a responsabilidade por levar a rádio com altíssima qualidade sonora a cada vez mais ouvintes – e um orgulho gigante por todo o crescimento em que tem tido um papel essencial. |
Às 00h00 de 1 de Junho, caberá ao Nuno Serra Fernandes garantir que a Rádio Observador chega mais longe. Quem o conhece como eu sabe que só poderá sentir um momento de grande emoção quando chegar o segundo de carregar no botão para comutar o sinal. |
“O podcast pode ser o Piratinha, mas eu não posso piratear” |
Outro marco estratégico no crescimento do Observador em 2023 está a ser o arranque dos nossos Podcast +. Depois do enorme sucesso que foi “O Sargento na Cela 7”, estamos agora a estrear o “Piratinha do Ar”. Pode surpreender-se com o primeiro episódio neste link. |
Tem narração de Margarida Vila-Nova, guião e entrevistas de Miguel Cordeiro e João Santos Duarte, sonoplastia de Beatriz Martel Garcia e uma banda sonora incrível de David Fonseca, que esteve esta semana na Rádio Observador para ser entrevistado. A nossa sonoplasta, de forma algo tímida, pediu-lhe desculpa por estar a desmontar as músicas que ele compôs, mas o David Fonseca respondeu que está a gostar muito da forma como a música está a ser usada para contar a história. |
À semelhança do que já tinha acontecido nos episódios de “O Sargento na Cela 7”, temos tido a preocupação de rigor na sonorização. Por exemplo, quando recordamos a “Operação Vagô”, ouvimos os sons de um Lockheed Super Constellation, o mesmo modelo de avião que foi desviado nessa operação por Palma Inácio, Camilo Mortágua & Cia, para lançar panfletos oposicionistas. |
Outros momentos implicaram alguma recriação: os nervos do Piratinha na cadeira do avião foram simulados pelo nosso sonoplasta Bernardo Almeida, a quem a Beatriz Martel Garcia pediu que se sentasse numa poltrona e se mexesse de um lado para o outro a suspirar. |
O segundo episódio vai chamar-se “Emergência 7500” e transportará os ouvintes para o que significava ter 16 anos em 1980, dando grande destaque por exemplo ao fascínio pelo espaço e pelo universo dos Ovnis. Tal como tinha acontecido com “O Sargento na Cela 7”, já há muita gente a pedir para ter acesso com antecedência ao segundo episódio, que estreia na próxima terça-feira, para saber o que acontece a seguir ao miúdo de 16 anos que sequestrou um avião da TAP. O editor João Santos Duarte tem usado uma graça para responder a todos estes pedidos: “O podcast pode ser o Piratinha, mas eu não posso piratear”. |