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Não querendo parecer uma reencarnação do Calimero, devo começar por esclarecer que estou a escrever esta newsletter sentado no banco do condutor de uma carrinha no parque de estacionamento do Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, onde este fim de semana está a decorrer o congresso do PCP. |
À minha esquerda, vejo a jornalista Rita Dinis, a entrar em direto na Vichyssoise, o programa de política da Rádio Observador. Está em pé, com o computador apoiado em cima de um muro do parque de estacionamento do Pavilhão Paz e Amizade. Atrás de mim, está a Rita Penela, também a entrar em direto na Vichyssoise, sentada numa cadeira no meio do parque de estacionamento do Pavilhão Paz e Amizade. E à minha direita estão o Rui Pedro Antunes e o João Alexandre, igualmente em direto na Vichysoisse, a entrevistar Bernardino Soares numa pequena tenda montada pelo Observador no parque de estacionamento do Pavilhão Paz e Amizade. |
Sejam, então, bem-vindos ao parque de estacionamento do XXI Congresso do PCP — o primeiro congresso partidário realizado em pandemia. Por causa das precauções sanitárias, cada órgão de comunicação social pode ter apenas um jornalista no interior do pavilhão. Cá fora, numa tenda coletiva, está um total de 23 jornalistas — cinco deles do Observador. E há ainda a mini-tenda para a emissão da Rádio Observador. |
Não são só os jornalistas que precisam de se adaptar. O PCP reduziu o número de congressistas a metade — e cada um deles tem apenas uma cadeira, não há nenhuma mesa. |
Como já terão percebido, a cobertura em permanência do Congresso está a ser, digamos, um desafio. Mas, como diria o Calimero, as coisas podem sempre piorar. Segundo dizem, este sábado vai chover. |