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Foi numa conversa com a diretora adjunta Filomena Martins e o editor de Desporto Bruno Roseiro, a planear a cobertura para o Europeu de futebol no Observador e na Rádio Observador, que surgiu a ideia de se fazer uma espécie de E o Vencedor é… dedicado à competição. |
O E o Vencedor é…, para quem ainda nunca ouviu (e não sabe o que está a perder) nasceu para avaliar e dar notas aos candidatos nos debates nas televisões, mas rapidamente se tornou um sucesso tão grande durante a própria campanha presidencial de janeiro, que decidimos que teríamos de manter este espaço todos os dias, depois das 8h30. É hoje um dos formatos de maior audiência da Rádio Observador: um painel rotativo de elementos da direção e editores que se junta à equipa fixa das Manhãs 360 para dar notas de 0 a 20 aos protagonistas e discutir as principais polémicas do dia, num tom descontraído como se fosse um grupo de amigos. |
Não havia nenhuma razão para não experimentarmos se a mesma simplicidade de formato funcionaria aplicada especificamente às histórias de desporto. Num brainstorming para baptizar o programa, o Miguel Pinheiro lembrou-se do nome E o Campeão é…, que tem a enorme vantagem de traçar um paralelismo claro com o formato que o inspirou. Também não foi preciso o Euro 2020 chegar ao fim para perceber que se tratava de uma aposta ganha e que teríamos de manter. |
Há habitualmente dois tipos de participantes nos programas de desporto. Os fanáticos dos clubes, incapazes de ver mérito em tudo o que mexa e não seja da sua cor — e que normalmente se arriscam a tornar tóxicos os programas em que participam. E depois há os apaixonados por desporto, que se surpreendem com os grandes feitos dos atletas e são capazes de ver a beleza das coisas em todos os campos em que se compete por uma vitória — são assim os membros do painel do E o Campeão é… |
Ao Júlio Magalhães, membro residente das Manhãs 360, juntam-se o Gabriel Alves, uma referência no comentário desportivo e autor do nosso podcast A força da técnica e a técnica da força, o escritor Bruno Vieira Amaral, do painel do Pop Up, o nosso programa semanal de cultura pop, o humorista João Pinto, comentador habitual nos nossos relatos, o árbitro Pedro Henriques, nosso especialista em arbitragem para todos os jogos e autor do podcast Sem Falta, e mais três elementos da casa: a Filomena Martins, o Bruno Roseiro e o Miguel Cordeiro, editor da rádio que conduz frequentemente emissões especiais dos grandes jogos. (O painel chegou ainda a ser enriquecido pelas participações do comentador Luís Vilar e do treinador Carlos Alberto Diniz.) |
O mood do programa também deve muito ao profissionalismo, simpatia e graça natural da Maria João Simões, a host das Manhãs 360, que todos os dias conduz a conversa, sempre com um sorriso na voz. Esta não é a primeira incursão da Maria João no desporto. Já tinha apresentado o programa Febre da Bola, na SIC, durante o Mundial de 2002. E no início da Rádio Observador já era ela que interagia todas as manhãs com o Pedro Sousa no Vamos à Bola. Mas agora tem de estar ainda mais a par de toda a atualidade desportiva e passa uma parte significativa do seu tempo a preparar-se, consultando a imprensa desportiva nacional e internacional e vendo os programas de desporto das televisões. |
Quem ouve habitualmente o programa já se terá surpreendido com apostas de francesinhas, pagas por quem não acertasse no 11 da Seleção (o Júlio Magalhães terá falhado algumas de propósito só para ter o gosto de receber toda a gente no Porto um dia destes); ameaças de cantoria com guitarra; a atribuição do galo de Barcelos ao português que mais se tenha destacado no estrangeiro; uma edição especial com Carlos Barroca a propósito da contratação do primeiro português por uma equipa da NBA; um combate do judoca Jorge Fonseca em direto nos Jogos Olímpicos; e, claro, aquele momento inusitado em que o Pedro Henriques comparou a carta de despedida do Barcelona a Lionel Messi com a forma de terminar relações com ex-namoradas (depois desse episódio recebeu mesmo mensagens de ex-namoradas que ouvem regularmente o programa e não terão achado graça a esta parte). |
Um dos maiores privilégios de poder acompanhar tão de perto a criação de formatos novos na Rádio Observador é estar nos grupos de whatsapp onde os intervenientes propõem temas e os comentam a toda a hora. Claro que o grupo do E o Campeão é… é um dos mais animados: não há grande jogo, conquista, negócio ou polémica que passe sem comentários informados e bem dispostos em tempo real. É fácil de imaginar que todos os membros deste painel de luxo foram comentando apaixonadamente o frenetismo do fecho do mercado de transferências, por exemplo, na segunda e na terça-feira. |
Outras vezes, prolongam no whatsapp a conversa com o que não tiveram tempo para dizer no ar. Ainda esta semana, na quinta-feira, mal acabou o programa, o Gabriel Alves, o Bruno Vieira Amaral, o Júlio Magalhães e o Bruno Roseiro ficaram a trocar mensagens fascinantes que mostram a paixão de todos eles pelo ciclismo, partilhando histórias sobre os ídolos que mais admiram e documentários imperdíveis que os retratam. |
Depois, o João Pinto, que não entrou neste dia (o painel é rotativo), meteu-se na conversa a dizer que tinha aprendido a andar de bicicleta no ano passado e ainda lhe falta aprender a parar. E logo a seguir o Pedro Henriques, que também não tinha participado neste programa, partilhou no grupo uma foto a andar de bicicleta com a filha nesse preciso momento: “Bom dia! Por falar em ciclismo, eu e a filhota já estamos a 5 km de casa, já fizemos 25. Amanhã já estou com vocês no melhor podcast da rádio. Hoje fui pedalar. Não ouvi em direto, mas já vou ouvir”. |
O nosso áudio-árbitro não precisa propriamente de dar graxa aos parceiros do painel: gosta genuinamente de entrar no programa. De tal forma que, quando teve um pequeno percalço de saúde que o obrigou a ir a um hospital no Algarve, não disse nada a ninguém e entrou no programa em direto das urgências, com soro no braço e auriculares nos ouvidos. Esta paixão pelo desporto nota-se no ar em todos os membros do painel. O programa acaba diariamente com a Maria João Simões, de sorriso na voz (uma expressão inventada para ela), a perguntar a cada um: “Quem é o teu campeão hoje?” Os campeões do entusiasmo pelo desporto são eles. Todos os dias. |
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Talvez lhe tenha escapado
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Terrorismo
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Irmãos são suspeitos de "espancamentos" no Iraque. Chegaram em 2017 infiltrados num grupo de refugiados que pediam proteção humanitária. Se Bagdad pedir a extradição, é provável que Portugal recuse.
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Coronavírus
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Sem máscaras nem distanciamento, o concerto BC Best, na Altice Arena, parecia um regresso a 2019. After party na Venda do Pinheiro também não cumpriu regras — e um dos testes à porta foi positivo.
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Coronavírus
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Vacinação segue a um ritmo acelerado. Então, porque é que as infeções diárias e as mortes não baixam? A vacinação está a aumentar, sim. Mas os contactos entre pessoas também. A Delta não ajuda.
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Consumo
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Governo quer ajudar restauração, hotelaria e cultura. Mas empresários mal conhecem o IVAucher e alguns especialistas dizem que arrisca a não ser mais que "benesse" para quem já ia gastar na mesma.
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Alterações Climáticas
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A dois meses da COP 26 em Glasgow, uma pergunta: os acordos globais para o clima são eficazes? O acordo de 1987, que resolveu o problema do buraco do ozono e salvou milhões de vidas, prova que sim.
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Francisco Pinto Balsemão
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"Memórias" é o título do livro que acaba de ser lançado por Francisco Pinto Balsemão. Um dia depois de ter completado 84 anos, revela histórias desde a política aos negócios, do Governo à SIC.
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Autárquicas 2021
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Medina apresentou programa entre ataques "àquele que" (como referiu Moedas). Ideias para cidade passam por chefs a planear refeições escolares, renda acessível no comércio e pressão sobre Pedro Nuno.
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PS
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Em entrevista, presidente do PS avisa: este Orçamento vai já "definir" o próximo e para chegar a acordo com a esquerda não vale tudo. Liderança de Rio é "errática" e Marcelo deve manter "colaboração".
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Congresso do PS
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Do prémio "Cinderela" ao prémio "tenho de ligar à minha mulher", passando pelo prémio rodagem do Citroën. O Observador esteve no congresso do PS e atribuiu galardões aos protagonistas do evento.
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Entrevista
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Em entrevista ao Observador, no Congresso, Costa revela que foi ele que convidou Temido para aderir ao PS e até aponta os estatutos para atirar que daqui a dois anos também ela pode ser sucessora.
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Afeganistão
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Há dias, as fotos de militares com bebés no colo em Cabul foram virais. E fizeram lembrar a Operação Babylift: em 1975, milhares de bebés vietnamitas foram levados para os EUA antes da queda de Saigão
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Eleições na Alemanha
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Candidatos não entusiasmam e sondagens mostram que, pela primeira vez, será preciso uma coligação com três partidos. CDU pode ter o pior resultado da sua história. Sonho dos Verdes está mais distante.
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Silicon Valley
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Um tio que morreu de cancro e uma jovem com muitos sonhos. Este foi início da história da empresa Theranos, de Elizabeth Holmes, que enganou milionários, Sillicon Valley e até Joe Biden.
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Futebol
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Real, Barcelona e Juventus, três últimos resistentes da Superliga Europeia, venderam mais do que compraram. Os ingleses, qual mola real, foram os que gastaram mais. Depois há o PSG, um mundo à parte.
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Xadrez
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Anatoly Karpov, antigo campeão mundial de xadrez, esteve na Maia. Recorda como descobriu o tabuleiro com o pai, acredita que o talento pode estar onde menos se espera e defende o xadrez nas escolas.
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Chefs
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Usarem a palavra tradicional e adulterarem o prato a seu bel-prazer provoca alguma urticária aos povos que sentem na pele um ataque às suas gastronomias. Os chefs também pecam e a internet cobra-lhes.
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Séries
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Foi o "advogado mais infeliz do mundo" até se estrear há quase 30 anos nas Produções Fictícias. Agora, Henrique Cardoso Dias está por detrás de fenómeno televisivo deste verão: uma sátira às novelas.
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Séries
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É uma das mais populares séries de televisão dos últimos anos. A última temporada começa agora e mesmo na despedida há histórias por descobrir, dos números às máscaras, da pandemia às souvenirs.
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Opinião
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Portugal é hoje uma espécie de Casa de Repouso. Na propaganda tudo é asséptico e risonho. A realidade é outra, mas na Casa de Repouso Portugal Socialista o que conta é a ilusão.
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No meio de tantos projectos de rotundas, jardins em cada bairro, centros de saúde ou linhas de metro, que refrescante seria se os candidatos autárquicos prometessem, simplesmente, escolas melhores.
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Como um velho monarca no auge do poder, António Costa diverte-se com as intrigas e com os jogos da corte e ainda inventa nomes de putativos sucessores para distrair as massas. O país? Pouco interessa.
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Fica-se com a sensação de que viver “o momento” é aquilo que mais nos afasta da vida. Porque não há como viver refém da surpresa. Sem memória e sem futuro.
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O inquérito tem de ser levado até às últimas consequências. Sim, senhor, entalaram a viúva, parabéns. Mas agora é preciso apertar com as órfãs.
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