|
|
|
Finalmente, temos outra vez uma casa. Durante dois meses, a redação do Observador saiu daqui porque o nosso edifício em Alvalade esteve em obras — e quando escrevo “obras” estou a usar a palavra como sinónimo de mandar abaixo e voltar a construir. O Observador tem agora um estúdio de vídeo renovado e três estúdios de rádio novos — o maior deles com 44 metros quadrados. Há 3,5 quilómetros de cabos de eletricidade, de telecomunicações, de áudio e de vídeo; há quatro câmaras no estúdio 1 de rádio e três câmaras no estúdio 2 de rádio; há muitos equipamentos feitos à medida. Mas, em certo sentido, a coisa mais importante foi uma janela. |
Precisamente: uma janela foi a última coisa a ser colocada no estúdio 1. A razão era simples (e complicada): a enorme mesa construída de propósito para a Rádio Observador não cabia na porta, por isso teve de entrar pela enorme janela que dá para a redação. |
Um dos grandes desafios foi conjugar as necessidades da rádio e do vídeo: um braço de microfone pode estragar facilmente o plano ideal de uma câmara; e, da mesma forma, uma câmara colocada numa passagem estreita pode perturbar o ritmo da rádio. Mas tudo se resolveu. Durante estes meses, o Nuno Serra Fernandes, coordenador técnico da rádio, a Catarina Santos, editora-coordenadora da equipa Multimédia, e o Tiago Couto, também da nossa equipa Multimédia, juntamente com a EPC, empresa do grupo Media Capital, atingiram o equilíbrio para que tudo ficasse perfeito. |
Houve muito trabalho braçal (inclusivamente do nosso diretor-geral, Rudolf Gruner) e uma frase que ficou na cabeça de todos os que a ouviram várias vezes ao longo deste tempo. A frase é: “Puxa, Bernardo!”. O “Bernardo” é o sonoplasta Bernardo Almeida (mas também poderiam ser o Diogo Casinha ou o João Ribeiro); o objeto a “puxar” era um dos muitos cabos que foi preciso colocar; e quem estava a dizer a frase era o Nuno Serra Fernandes, que estaria possivelmente a tentar comunicar enquanto estava algures por cima de um teto. |
O esforço valeu a pena porque, como eu disse no início deste texto, finalmente, temos outra vez uma casa. Algumas pessoas do site começaram a trabalhar na redação nesta sexta-feira e em breve todas as pessoas da Rádio Observador poderão fazer o mesmo. É bom estar de volta. |