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Foi uma semana vertiginosa, com quatro acontecimentos que terão de figurar em qualquer balanço do ano nas páginas extra-pandemia. Esta sexta-feira, o regresso de Jorge Jesus ao Benfica foi subitamente quase ofuscado pelo anúncio do regresso de Cristina Ferreira à TVI, onde além de um programa vai ter um cargo na administração, uma participação acionista e um problema legal para enfrentar, sendo alvo de um pedido de indemnização da SIC de cerca de 4 milhões de euros. | Antes, a saída da acusação do BES também esteve mesmo para coincidir com a conquista do título pelo FC Porto. Chegou a estar prevista para quarta-feira, mas acabou por ser conhecida perto das nove da noite de terça-feira, a pouco mais de meia hora de o Benfica entrar em campo num jogo que poderia entregar o campeonato aos rivais do Porto, liderados por um Sérgio Conceição que soube criar fumo para nunca perder o fogo, como escreveu o nosso editor de Desporto, Bruno Roseiro. Ao mesmo tempo que crescia a expectativa de parte significitiva dos adeptos de futebol em relação ao desfecho do campeonato, um grupo mais restrito de implicados e interessados no Caso BES também não conseguia disfarçar a ansiedade nos dias anteriores. Vários contactaram o redator principal Luís Rosa, que tem investigado o caso desde o início, para tentar perceber se ele sabia quando ia sair a acusação, quem seriam os acusados e que crimes ficariam de fora. | Tínhamos reforçado a equipa no jornal e na rádio para a eventualidade de o FC Porto ser campeão na terça-feira e afinal desviámos quase toda a gente para fazer os primeiros artigos com base na acusação do Ministério Público a Ricardo Salgado e companhia: a descrição dos alegados crimes do ex-presidente do BES; a anatomia do golpe que destruiu o Grupo Espírito Santo; as suspeitas arquivadas contra decisores políticos e António Ricciardi; as 8 investigações que vão continuar; os quatro sacos azuis que ajudaram a financiar a campanha de Cavaco e alguns funcionários do BES com alcunhas bizarras; os 12,8 milhões de euros recebidos por Ricardo Salgado enquanto o BES se afundava; e os mil clientes que podem vir a pedir indemnizações e beneficiar dos arrestos. | Logo nessa noite, numa emissão especial na Rádio Observador conduzida pelo João Alexandre, ao longo de duas horas ouvimos em primeira mão a reação de José Maria Ricciardi, a dizer que “tinha razão” quando propôs o afastamento do primo, mas também os deputados que mais sobressaíram na Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES: de Fernando Negrão (“Os tribunais não estão preparados para o caso”) a Mariana Mortágua (“Todos os lesados são lesados de Ricardo Salgado”), de Miguel Dias (“O Banco de Portugal atuou mentindo aos portugueses”) a Carlos Abreu Amorim (“A acusação teria sido mais útil há uns anos”). | Por mera coincidência, cerca de 24 horas depois, o Observador voltaria a falar com Carlos Abreu Amorim, quando o ex-deputado do PSD foi festejar a conquista do título pelo FC Porto, nas imediações do estádio do Dragão, junto à Avenida de Fernão de Magalhães. Abreu Amorim estava a dar nas vistas por estar com uma cadela grande, vestida à FCP, uma fotografia irresistível para quem passava. A jornalista Maria Martinho foi ter com ele para o entrevistar, o que, não parecendo, foi um grande gesto de coragem: tem fobia de cães desde criança, mas no meio da confusão e da festa dos outros adeptos quase se esqueceu disso. | Todos os outros jornalistas do Observador que estiveram no Porto tiveram de enfrentar percalços de reportagem. A caminho do Dragão, o Uber onde seguia o Miguel Viterbo Dias estava parado num semáforo quando o carro da frente começou a fazer marcha-atrás e lhe bateu, frente a um café com vários adeptos dos Super Dragões. | O trânsito também levou a que o André Maia tenha chegado a Espinho, ao hotel onde estava a equipa do FC Porto, atrasado para entrar em direto no noticiário. Foi a correr em direção a uns adeptos que estavam em cima de um muro, mas com a pressa deixou cair o telemóvel e partiu o ecrã. Pior ainda: os adeptos preferiram não falar e deixaram-no pendurado. | E a Catarina Peixoto recebeu um pedido de desculpas em direto, a meio da emissão especial da Rádio Observador conduzida pelo Aníbal Rebelo. Logo após o primeiro golo do FC Porto, num dos cafés junto ao estádio, entrevistou um adepto que já estava um pouco “alegre” e, enquanto falava, deixou cair um copo inteiro de cerveja nos pés da nossa jornalista. Depois de um pequeno silêncio, pediu desculpa e lá continuou a responder. As sapatilhas sobreviveram. |
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Talvez lhe tenha escapado
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António Mexia
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Antes da EDP Mexia já dava nas vistas. Fez a ponte para o projeto da Autoeuropa, mas acabou demitido. Na Galp, estava em vias de perder o cargo, quando Santana o chamou. Parte 1 de um perfil essencial
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António Mexia
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Em cinco mandatos, Mexia lançou uma EDP verde, compensou acionistas e recebeu (muitos) prémios. Sucessos perseguidos pelas rendas excessivas, na política e na justiça. Parte 2 de um perfil essencial.
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Coronavírus
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Para alguns países Portugal está na lista vermelha e os passageiros são obrigados a quarentena e a testes. Para outros, Portugal não tem qualquer obrigação. Veja aqui as diferentes regras.
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Coronavírus
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O brasileiro Ricardo Cappra, que em 2014 usou modelos de previsão para antecipar focos de contágio de ébola e possibilitar a vacinação em locais prioritários, defende o recurso aos dados na Covid-19.
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PSD
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Rio só subirá o tom da oposição a Costa em 2021. Ano em que o Parlamento não pode ser dissolvido será aproveitado para preparar partido para eventuais eleições antecipadas. O estilo será o de sempre.
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Vichyssoise
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A antiga porta-voz da Proteção Civil é hoje secretária de Estado e mantém na memória os dias difíceis de 2017, que recorda à porta de um fim-de-semana perigoso. Objetivo no terreno é evitar ignições.
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Ensino Superior
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Na lista de licenciaturas e mestrados sem desemprego há 6 de medicina e 12 de engenharias. Mas também há licenciaturas de conservação e restauro, música, agronomia ou estatística aplicada.
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Habitação e Urbanismo
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Um estudo publicado esta quarta-feira olha para a habitação em Portugal na perspetiva da justiça entre gerações: hipotecas são pagas até depois da reforma e os jovens são quem consegue comprar menos.
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Justiça
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Em 2019, Bárbara foi morta por colega de trabalho. O suspeito tentou suicidar-se depois e ficou inconsciente. Não fala e perdeu a memória. Processo está parado porque lei não prevê qualquer solução.
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FC Porto
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Em 46 anos, entre 1935 e 1981, o FC Porto ganhou 12 títulos; nos 38 seguintes subiu para 73, dos quais sete em provas europeias. Dos técnicos aos goleadores, o raio-x à era Pinto da Costa nos dragões.
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Primeira Liga NOS
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Saiu em 2007 e andou pelo estrangeiro durante 12 anos. Voltou a meio da época passada para nada ganhar mas para tudo construir. Agora, Pepe é o jogador de campo mais velho a ser campeão pelo FC Porto.
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Hotéis
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Para um verão passado na tranquilidade do campo, reunimos alguns dos melhores turismos rurais do país. A viagem começa a norte e ruma ao Algarve, sem esquecer quem não consegue ficar longe do mar.
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Opinião
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O abaixo-assinado dos 67 contra Riccardo Marchi é um dos actos mais vergonhosos da história da universidade portuguesa. Merece ficar ao lado da expulsão de professores durante a ditadura salazarista.
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Rita Rato é o símbolo da República Socialista Portuguesa: um país entregue a um grupo que vive do poder. Obviamente socialista. Porque só o socialismo consegue garantir tanto poder e por tanto tempo.
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O interessante é perceber que o dr. Costa manda no PS, o PS manda no Estado e, é sabido, o Estado somos nós, que andamos a reboque de uma quadrilha com planos de dominação absoluta.
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Este caso da TAP é certamente um daqueles em que não havia opções boas, e em que a escolha responsável teria de recair sobre a opção que pareceu a menos negativa para todos.
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O que traz prestígio a um país é o investimento na formação da população, na saúde e num nível de vida elevado. Não é ter a bandeira pintada numas quantas chapas de alumínio.
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Pôr uma comunista à frente de um museu que celebra a liberdade e a democracia é mais ou menos como colocar um celíaco a dirigir o Museu do Pão. Ou a Greta Thunberg no Museu da Revolução Industrial.
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