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Como este é o primeiro fim de semana de recolher obrigatório, o Observador terá para si uma emissão especial este sábado na rádio e nas redes sociais para que tenha múltiplas escolhas interessantes de coisas para fazer, ver, ouvir, ler e tantas coisas mais. 37 convidados juntar-se-ão à nossa equipa de jornalistas (21), repórteres de vídeo e imagem (6), animadores (5), sonoplastas (5), redes sociais (2) e produtores (2), num total de 78 pessoas, para o entreter enquanto está confinado. | Por detrás desta máquina que lhe vai levar a casa a velha magia da rádio, aliada às novas tecnologias das redes sociais e à informação rigorosa de sempre do Observador, está uma ideia que pode parecer lógica e simples, não fosse ter surgido em circunstâncias tudo menos normais. | — “Devíamos ponderar uma mega-emissão nos próximos dois fins de semana, com notícias, diretos e comentários, claro, mas também e sobretudo com entrevistas, mini-concertos e edições especiais dos nossos podcasts, tudo transmitido nas redes? Ou cansa só de imaginar isto?” Mensagem do Pedro Castro, diretor adjunto do Observador com a ‘tutela’ da rádio, no domingo, 8 de novembro, às 13h16, no grupo (são dezenas agora em tempo de pandemia que usamos para comunicar) do WhatsApp que reúne os diretores e os editores executivos | — “Cansa, mas devíamos fazer”
Resposta do diretor executivo Miguel Pinheiro, 4 minutos depois, já depois da Dulce Neto, a nossa editora executiva, ter colocado várias questões | — “Acho incrível que depois da semana que tiveste, mais a noite que passou, já estejas a pensar na próxima empreitada”
Nota da subdiretora Sara Antunes de Oliveira ao fim de meia hora de discussão de temas e dúvidas e já com propostas à mistura entre todos nós | — “Tivemos todos. Na verdade isto era para ver se nos demovíamos mutuamente, mas já vi que não resultou ;)”
Nova mensagem do Pedro a quatro minutos das duas da tarde daquele domingo quando teve a real noção do que tinha proposto. A partir dali as mensagens, telefonemas e reuniões nunca mais pararam | É melhor começar por contextualizar tudo isto. Vínhamos de uma semana esgotante de trabalho, com noites em claro que se multiplicaram muito mais do que o previsto devido às eleições dos EUA (que ainda não estão fechadas), que obrigaram a emissões especiais na rádio contínuas e a outras inesperadas e a liveblogs permanentes no site durante sete dias, sem falar nos múltiplos trabalhos especiais diários. Sábado, dia 7, tinha sido precisamente aquele em que ao início da tarde Joe Biden foi declarado vencedor, obrigando a mobilizar todos os meios para ouvir o seu discurso como novo Presidente americano já no início da madrugada de domingo. | Mas antes de Biden, tinha falado António Costa. Depois de mais um Conselho de Ministros Extraordinário para definir medidas para travar a pandemia, o primeiro-ministro anunciou, passavam uns minutos da meia-noite, que nos dois fins de semana seguintes haveria recolher obrigatório no país entre as 13hoo e as 5h00. Portanto, a partir da uma da tarde deste sábado e domingo (e dos próximos), tem mesmo de ficar em casa (há poucas exceções, que tiveram até de ser clarificadas entretanto) e só tem as manhãs para realizar as suas tarefas. | Não sei se foi depois do direto de Costa, se do de Biden, se dormiu sobre o assunto, ou se ainda estava com o ritmo alucinante. Mas o mail e o telefone do Pedro Castro nunca mais parou com ideias e ninguém pareceu cansado após aquela proposta dele à hora de almoço de domingo passado, ainda estávamos todos meio ensonados. Quer dizer: houve quem propusesse ensinar truques de magia ou movimentos de xadrez (a propósito do êxito da série Gambito de Dama da Netflix), o que não deveria funcionar lá muito bem em rádio, pensando agora melhor (ups!). Houve também uma boa ideia do diretor (são sempre!) que não se conseguiu concretizar (mas era mesmo boa, e é uma pena, fica para a próxima). | Entre para aí uns 215 telefonemas e seguramente outras tantas mensagens (senão mais), o Pedro Castro conseguiu ir limando arestas para o organizado do Ricardo Conceição, o editor executivo da rádio, ‘desenhar’ a programação final. | Abriremos a emissão logo depois do noticiário das 11h00 da manhã, com o saxofonista Ricardo Toscano a tocar no miradouro da Senhora do Monte, em Lisboa. Durante a primeira fase do confinamento, ele tocava saxofone no terraço das traseiras da sua casa para animar os vizinhos (deve-o ter visto nas redes sociais) e adorou a ideia de poder repetir os seus mini-concertos (agora ao ar livre) desde o início. | Mas ao longo do dia teremos também várias masterclasses dadas pelos nossos especialistas habituais. O Eduardo Schulz, do Deixe-se de Desculpas, vai fazer o direto a partir do T0 onde está a viver transitoriamente, e demonstrar que mesmo num pequeno espaço é possível fazer exercício e fugir ao conforto do sofá; terá dicas de como Aprender a Comer, com a Mariana Chaves, sem entrar em exageros; o Nuno Paixão dará conselhos de como treinar o seu animal de estimação no Pet Radio; e, claro, ouvirá um especial do Porque Sim Não é Resposta do Eduardo Sá a falar de relações. | Mas não nos ficámos por aqui. Miguel Sousa Tavares irá explicar como escrever um bom livro; Júlio Isidro como bem comunicar; Paula Brinkmann Torres, a nossa Marie Condo, dirá — é serviço público — como encaixar 60 casacos num só armário (“porque toda a gente sabe que os casacos da Zara nunca se estragam”); e Gisela João, ensinará como costurar, fazer crochê e ainda cantar fado. E haverá ainda mais, muito mais. | Isto enquanto uma família numerosa (são nove!), irá entrando ao longo da emissão a contar como lhe está a correr o dia (boa sorte!), e à noite teremos futebol do bom, com um sempre ‘quente’ Portugal-França, que ainda por cima pode ser decisivo para a qualificação. | Quer um conselho? Sintonize a rádio em 98.7 (Lisboa) ou 98.4 (Porto), ouça-nos online e siga-nos no nosso site e nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter). Vai ser bom. |
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Talvez lhe tenha escapado
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Coronavírus
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Admitiu equívocos e corrigiu a mão: afinal, fecha (quase) tudo no fim de semana a partir das 13h. Estado de Emergência veio para ficar e Costa antevê já medidas diferentes por concelho. O que muda?
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Nunca mais é sábado
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Dentro ou fora de casa? Ambos, até porque este fim de semana vai ser vivido a duas velocidades. Reunimos 33 ideias para aproveitar cada minutos dos próximos dois dias.
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Entrevista
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Em entrevista ao Observador, o líder comunista ataca Ventura e desafia PSD a assumir que encontrou "não uma companhia, mas um sucedâneo". PS não se fica a rir: chumbo ao OE está em cima da mesa.
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PS
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Linha oficial é não apoiar ninguém; linha oficiosa é deixar Marcelo ganhar. Ala esquerda do PS, com Pedro Nuno Santos à cabeça, luta por Ana Gomes. Mas ainda há uma terceira via. Nem um, nem outro.
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Política
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O acordo nos Açores provocou um terramoto na direita. Há ameaças de desfiliação no PSD, CDS e IL. Também há glória e regozijo. No Chega, pelo contrário, assume-se: é só o primeiro passo. Mas arriscado
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Coronavírus
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A vacina da Pfizer, que também virá para Portugal, terá uma eficácia superior a 90%, muito mais do que qualquer previsão otimista. Ainda não há dados finais, mas as boas notícias vão para lá da Covid.
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Eleições EUA
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O período de transição presidencial já começou, mas Trump não está a colaborar com Joe Biden. Uma administradora ainda não assinou um documento essencial para que a equipa de Biden comece o trabalho.
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Presidente Trump
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O Presidente dos EUA continua sem reconhecer a derrota. Na Casa Branca e no seu partido há quem o tente convencer a sair e quem o apoie incondicionalmente — e já há desconforto entre os advogados.
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Coronavírus
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Neurorradiologista do Egas Moniz, que é contra as máscaras e está sob investigação na Ordem dos Médicos, passou declarações para que doentes não tenham que as usar. Regras da DGS não o permitem.
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Crime
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Após seis meses presos, pai e madrasta de Valentina foram acusados. O MP descreve a "morte lenta" da criança, como terá sido agredida, queimada com água a ferver e deixada no sofá até morrer.
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Arquitetura
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Mestre maior da paisagem, lisboeta permanente e incontestado, monárquico com acção política e agente da história recente em Portugal. Morreu esta quarta-feira aos 98 anos.
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Opinião
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O primeiro-ministro diz-se “muito surpreendido” mas não devia estar: se tivesse reconhecido as fragilidades do SNS e feito o trabalho de casa no Verão teria preparado melhor o país para a segunda vaga
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Em 1979, também Sá Carneiro foi acusado de dar a mão à “extrema-direita”. A “extrema-direita” era então representada pelo professor Freitas do Amaral. Enfim, cada época tem o Hitler possível.
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Não nos podemos esquecer da classe média trabalhadora de baixos salários se queremos evitar que Portugal vote também no seu Trump. Os sinais de radicalismo já os vemos, nomeadamente nas redes sociais.
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Só há 7 dias é que o Ministério passou a conhecer, em tempo real, o número de infecções por Covid-19 nas escolas. Saúde, economia e também educação: eis a grande impreparação na gestão da pandemia.
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O mal maior, o grande perigo para a Esquerda e para uma preocupada e vigilante direita liberal vem de Trump, do Chega ou, agora, até do Dr. Rui Rio. Saberão onde está, de onde vem o perigo real?
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