À medida em que o mundo entra no quarto ano da pandemia de Covid-19, a situação melhora gradualmente. A maioria das restrições de fronteira foi suspensa e a governanção global na seara da Saúde passou de resposta pandémica para recuperação pós-pandémica. Países de todo o mundo intensificaram esforços para melhorar os índices de Saúde e de Bem-Estar para todos e para colocar em prática os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) – cujo progresso foi afectado pela Covid-19.

Taiwan apoia totalmente os ODS, bem como as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS). De facto, Taiwan está empenhada em construir uma cadeia de fornecimento de serviços de saúde resiliente e equitativa, mantendo uma cobertura universal inclusiva, de prevenção e de gestão de doenças, através de um robusto sistema de cuidados de saúde primários. Taiwan deseja e pode partilhar com o mundo a sua experiência na criação de uma abordagem de saúde intersectorial, inovadora e centrada nas pessoas para ajudar a comunidade internacional a cumprir os ODS relativamente à saúde e bem-estar.

Não menos importante: a nossa nação instituiu um sistema universal de seguro de saúde em 1995. Desde então, o governo trabalha na prevenção de doenças e oferece serviços de saúde para todas as idades. Por exemplo, relativamente à saúde materna, Taiwan oferece exames pré-natais, triagem de diabetes gestacional, testes de anemia e três exames de ultrassom. A intenção é reduzir a gravidez de risco e promover o bem-estar da mãe e da criança.

Além disso, a ilha estabeleceu uma série de programas de prevenção e gestão de doenças não-transmissíveis. Não faltam, por exemplo, acções voltadas para doenças metabólicas crónicas de grupos de risco, fornecimento de orientação sobre dietas e exercícios, bem como informações para quem deseja deixar de fumar. Tais iniciativas melhoram a vida e reduzem a prevalência de hipertensão arterial, de colesterol alto e de açúcar elevado no sangue, que, muitas vezes, resultam em doenças crónicas.

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Taiwan também apoia a luta da OMS na redução da mortalidade por cancro em 25% até 2025. Numa das suas frentes de actuação, subsidia exames e vacinas contra o papiloma vírus humano (HPV). A vacina para esta infecção é administrada a estudantes do sexo feminino entre os 12 e os 15 anos, desde 2018. Em Dezembro de 2022, foi alcançada uma taxa de cobertura de 92,1%.

O Seguro Nacional de Saúde (NHI) de Taiwan também é outro exemplo bem sucedido quando à cobertura universal no sector. O modelo oferece protecção financeira e acesso à ampla gama de serviços essenciais.

Taiwan também emitiu 13 licenças de exportação para a sua fórmula à base de ervas NRICM101 (Taiwan Chingguan Yihau), contribuindo com outros países no combate ao Coronavírus. Actualmente, a ilha está implementando medidas preventivas para a era pós-pandémica, o que incluiu o fortalecimento da produção interna de medicamentos essenciais e de ingredientes farmacêuticos activos. A ideia é evitar uma possível escassez de fármacos no país.

Mesmo apesar dos esforços e do histórico bem-sucedido dos últimos anos, Taiwan não é convidado para participar da Assembleia Mundial da Saúde desde 2017. Agora que a Covid-19 perde a força e o diálogo sobre o fortalecimento dos sistemas de Saúde de todo o mundo se fortalece, Taiwan não deve ficar de fora das discussões.

Aliás, o país insta a OMS e todas as partes interessadas a apoiar sua inclusão na Assembleia Mundial da Saúde como observador, bem como a sua plena participação nas reuniões, em projectos e em demais actividades correlacionadas.

Independentemente disso, Taiwan continuará trabalhando de mãos dadas com o cenário internacional, visando à garantia do direito fundamental à Saúde consagrado na Constituição da OMS. No espírito dos ODS, nenhuma nação deve ser deixada para trás. E este também é o nosso propósito.