Algures nos anos 80, creio, Lisboa (o país todo) descobriu as delícias dos “croissants”. Casas dedicadas a vendê-los, designadas engenhosamente “croissanteries”, começaram a surgir na capital (e não só), uma, depois duas, depois várias, muitas, dezenas… nelas se vendiam “croissants” de amêndoa, chocolate, ovo, queijo, doce, eu sei lá, de tudo um pouco. Foi uma questão de tempo até o excesso de “croissanteries” acabar com… as “croissanteries”.

Pura e simplesmente, no espaço de poucos anos, desapareceram.

Um economista explicará a coisa com a lei da oferta e da procura. Um gastrónomo lembrará que a comida é assunto sério de mais para se basear em “croissants”. A mim ninguém me tira da cabeça ser mais simples: temos mais olhos que barriga, vivemos no e para o curto prazo, para nós, qualquer galinha, desde que ponha ovos, deve ser explorada ao máximo e depressa.

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