Há 22 anos Odivelas e os odivelenses ganharam a capacidade de sonhar com um território mais desenvolvido, mais coeso, com menos assimetrias sociais e capaz de oferecer mais condições a quem nele nasceu ou que nele escolheu viver. Um território que após décadas de uma gestão comunista, que o amarrou à estagnação, finalmente se viu livre para tomar conta dos seus destinos e fazer as suas escolhas.

Passadas duas décadas, podemos afirmar que algum caminho foi percorrido.

Porém, o percurso poderia ter sido bem diferente e o desenvolvimento bem mais visível, gerando mais qualidade de vida para todos, como o PSD Odivelas tem vindo a defender nas suas propostas.

Num momento em que deveríamos estar a dar um salto qualitativo no que diz respeito à mobilidade, não é aceitável ver o Partido Socialista prometer a extensão do metro de superfície para Loures, mas ficar em silêncio perante o encurtamento da linha amarela do Metropolitano, que trará constrangimentos irreparáveis para os odivelenses. Assim como não é aceitável continuarmos sem uma política de estacionamento, que urge ser repensado no sentido de se encontrar soluções que permitam maximizá-lo de forma a dar resposta aos milhares de carros que estacionam de forma abusiva, por falta de opções, nomeadamente no Senhor Roubado, na estação de Metro de Odivelas, nas Colinas do Cruzeiro e genericamente nas principais artérias das freguesias.

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Também não é aceitável continuarmos a assistir a assimetrias sociais gritantes, potenciadas por uma inexistente política municipal de habitação, que continua a não ser uma prioridade. Aliás, tem-se revelado o parente pobre do investimento municipal: no domínio da reabilitação de fogos e edificado municipal, no domínio da construção de novos fogos, na ausência de qualquer programa, comparticipado por fundos nacionais ou locais, que pudesse dar resposta a mais de uma centena de famílias que no concelho continuam a viver em barracas, a milhares de pedidos de habitação, e a agregados a residir em condições degradantes, nomeadamente nas Vertentes Sul e Nascente. Desta realidade, que é a do território, o Bairro do Barruncho é apenas o exemplo mais exposto, mas está longe de constituir a única situação que, ano após ano, espera solução, expondo a incapacidade municipal de por fim à miséria, que não deveria ser já deste tempo. A degradação dos bairros sociais do antigo Governo Civil também são um exemplo da incapacidade suprarreferida. Também no domínio social, não é aceitável a falta de respostas para os nossos idosos, que continuam sem espaços condignos para um envelhecimento que se pretende ativo e com qualidade. Lamentamos que, mais uma vez, o orçamento municipal para 2021 não previsse dotar Odivelas de equipamentos de acolhimento aos idosos em situação de dependência. As estruturas residenciais de acolhimento de idosos são muito escassas ou mesmo inexistentes num concelho com um índice de envelhecimento considerável, mas no qual as prioridades continuam a ser as obras de fachada e a renovação da frota automóvel.

Assim como não é aceitável continuarmos a assistir a uma incompreensível degradação do espaço público, a uma ineficiente limpeza urbana e à falta de água reiterada, o que faz lembrar um qualquer município de um país do terceiro mundo.

Mas também não é aceitável que o nosso património histórico e cultural, representado pelo Mosteiro de São Dinis e de São Bernardo e pelo Instituto de Odivelas, continue sem um planeamento e execução capaz de dar a Odivelas a centralidade e a notoriedade que, justamente, se exigem para Odivelas, pela riqueza da sua história, e que poderão ser criadas através de um projeto turístico, cultural e paisagístico que continua a ser adiado e remetido para opções avulsas. O passado já nos mostrou muitos estudos prévios do Partido Socialista sem qualquer eficácia. Neste momento urge executar!

Decorridos 22 anos de diagnósticos, os problemas estão devidamente identificados e conhecemos a sua solução. Neste momento, impõe-se uma gestão disruptiva, ousada, exigente, moderna, eficaz e mobilizadora, que a coligação “Um Marco Para Odivelas” tem dado mostras de estar preparada para oferecer, juntamente com todos os funcionários do Município, que fazem parte desta equação.

No ano 1998 começámos a sonhar e agora seremos, convictamente, um Marco para Odivelas.