Sou a informar que estou do lado do PS, e dos seus apoiantes, neste caso das calúnias que vêm das pessoas más e beras que não querem bem ao nosso formidável governo e que o atacam vilmente só porque metade das pessoas que trabalham no governo são familiares próximos de quatro sétimos da outra metade. Esta é uma boa ocorrência e que, em boa verdade, até dá élan ao país.

Dou um exemplo. O que seria a história da China contemporânea sem o pedaço que vos vou contar de seguida? De que outra forma tentaria Portugal competir no divertimento das gerações vindouras em se tratando de imbróglios familiares governativos?

Primeiro, um bocadinho de contexto. Na China maoista os familiares dos altos quadros do Partido Comunista Chinês também tinham todos cargos catitas na administração do país. Nos meses antes do início da Revolução Cultural, Mao e amigos purgaram umas tantas pessoas ligadas ao então chefe dos militares. Um desses oficiais purgados era casado com uma senhora que escreveu umas cartas anónimas sobre Ye Qun, a mulher de Lin Biao (que convenientemente veio a ser o novo chefe dos militares), dizendo que esta era de virtude fácil e Lin Biao ‘corno’ (perdoem o meu francês, mas simplesmente reproduzo).

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