“A word to the wise is enough” ou para bom entendedor uma palavra basta, diz-se. Mas se essa palavra for mal pronunciada ou colocada num contexto errado: o ditado popular continua a aplicar-se? A língua inglesa é a mais falada em todo o mundo. Estima-se que cerca de mil milhões e meio de pessoas a falem – estão distribuídas por todo planeta e são de diferentes cores, etnias e entornos. Mas que nível de inglês têm estes falantes? São fluentes na linguagem coloquial e na corporativa ou apenas se conseguem desenvencilhar? Não existem respostas para estas perguntas, mas pode dizer-se com toda a certeza que estes mil milhões e meio têm níveis de inglês muito diferentes. Para muitos, uma palavra não basta, nem para bom entendedor.

No contexto atual a necessidade de comprovar o nível de inglês é cada vez maior. É um facto que se aplica também à realidade portuguesa: afinal, Portugal vai-se reafirmando como um país atrativo para se viver e trabalhar – algo que se tornou mais evidente com a crise pandémica. Isto obriga a que os profissionais de determinados setores – como o turismo ou saúde – melhorem o seu currículo para comprovar verdadeiramente as suas competências linguísticas. Também temos cada vez mais empresas, setores, instituições, ministérios governamentais, interessados em dotar os seus colaboradores com certificados de inglês.

Ir para uma call, enviar um report, dar feedback, apresentar um budget: muitos de nós usámos ou ouvimos usar expressões em inglês dentro do universo corporativo. Mas quantas pessoas conhece que realmente conseguem levar a cabo uma reunião em inglês do início ao fim de forma correta, fluida e com à vontade?  A verdade é que cada vez há mais empresas internacionais, sobretudo start-ups, a estabelecerem-se e procurarem talento em Portugal. Nestas empresas, e também em muitas empresas portuguesas, o inglês é a língua oficial, sendo imperativo que os funcionários tenham pelo menos o nível B2 / C1, para poderem comunicar e executar tarefas diárias em inglês. Mais: numa candidatura a um emprego, só um certificado em inglês pode provar o nível de proficiência numa primeira fase de candidaturas.

E no que aos exames diz respeito, muito mudou nos últimos anos. As provas chegaram a mais gente, democratizaram-se. Na maioria delas dispensou-se o papel e a caneta e, em alguns casos, também a presença física de um examinador para avaliar a componente oral. Também já não é preciso esperar semanas a fio para ter o certificado em mãos. Atualmente, muitas das provas são feitas a computador – mesmo a expressão oral – e apresentam resultados em algumas horas.

Nunca foi tão fácil e prático comprovar as competências na língua inglesa na mesma medida em que nunca foi tão necessário como o é hoje, no mundo globalizado em que vivemos. Para que uma palavra baste – para qualquer entendedor.

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