As eleições legislativas tiveram lugar no passado dia 30 de janeiro, mas quer o período pré-eleitoral como o pós-eleitoral não tiveram grande impacto na bolsa portuguesa. O facto de não se preverem mudanças bruscas no rumo do país acabou por não ditar grandes oportunidades de investimento na bolsa nacional.

No período pré-eleitoral, as perspectivas de a direita ganhar espaço e de polarização acabou por gerar ruído no mercado. Também as sondagens que iam sendo conhecidas e que mostravam uma aproximação do PSD ao PS trouxeram alguma incerteza aos investidores. Como consequência, o principal índice da bolsa nacional, negociou num estreito range de negociação entre o dia 3 de janeiro e o dia 21 de janeiro. A partir do momento em que as sondagens deram um empate técnico entre o PS e o PSD, o PSI20 caiu devido à incerteza gerada por uma eventual mudança de política do país.

No dia 30 de janeiro, os portugueses acorreram às urnas (com a taxa de abstenção a cair pela primeira vez desde 2005), e mostraram claramente que queriam dar ao PS uma maioria absoluta e uma estabilidade governativa que permitisse ao governo fazer passar o OE para 2022 e para os anos seguintes.

Esta maioria socialista parece ter agradado aos investidores que levaram o índice PSI-20 a encerrar na primeira sessão, após serem conhecidos os resultados da noite eleitoral, a subir 0,77%, com várias cotadas a valorizarem-se acima de 2% e os CTT a dispararem 4,46%. Das 19 empresas que integram o principal índice português, 14 subiram, quatro caíram e apenas uma se manteve inalterada.

Nos dias seguintes essa subida continuou e o índice de referência nacional cotou acima dos 5650 pontos no passado dia 2 de fevereiro. A Greenvolt poderá ser uma das empresas mais beneficiadas com a vitória do governo socialista e a aplicação dos fundos da bazuca nas energias renováveis.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR