Perante os muitos equívocos e perplexidades que têm vindo a dar palco aos “palcos”, queremos manifestar publicamente o nosso apoio e amizade à equipa organizadora das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) em Portugal e aos milhares de voluntários que compõem e irão compor a sua equipa nos próximos meses.

Este agradecimento é também por nós devido ao Estado Português, às autarquias envolvidas e às dezenas de entidades públicas e privadas Portuguesas que se quiseram associar à organização de um dos maiores eventos de juventude do Mundo.

Estamos motivados e “temos pressa” pela chegada a Portugal de centenas de milhares de jovens de todas as nacionalidades, que vêm em resposta ao convite do Papa Francisco para viver o seu sonho: “experimentar novamente a alegria do encontro com Deus e com os irmãos e as irmãs”. Estamos ainda mais alegres por este encontro se realizar no nosso País, nação que faz a sua história aberta ao mundo, da Europa a África, do Oriente às Américas. É uma grande alegria que merece ser partilhada por e com todos, sem exceção!

Estamos profundamente confiantes nos frutos espirituais que resultarão das JMJ, mas não somos alheios às notícias que têm vindo a público sobre os custos e despesas necessários à realização das JMJ em Portugal. Tendo em conta que o Estado Português entendeu suportar financeiramente parte das despesas com a organização das JMJ, devemos, a todos os Portugueses, para além do nosso agradecimento, uma postura de transparência e seriedade inabaláveis. Na nossa perspetiva, isso inclui um dever de prestar contas certas e devidamente auditadas (o que a Fundação JMJ já faz com o apoio da Deloitte), mas também a necessidade de fundamentar e provar o retorno económico-financeiro que será gerado pelas JMJ, desde logo identificando, de forma clara e evidente, os diversos setores de atividade, as centenas de empresas e os milhares de cidadãos Portugueses que serão financeiramente beneficiados com este grande evento.

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Sensíveis aos apelos do Papa Francisco para repensarmos uma “economia diferente, que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a devasta”, e compreendendo aqueles que têm dúvidas sobre o impacto económico-financeiro que as JMJ terão para o nosso País, apelamos à equipa organizadora das JMJ, ao Estado Português e a todas as entidades envolvidas, para que:

  1. mantenham uma postura de transparência e seriedade na gestão dos dinheiros (públicos ou privados) que são utilizados na organização das JMJ;
  2. assegurem uma eficiente e íntegra articulação entre as partes envolvidas, de forma a que todos os Portugueses reconheçam uma unidade nacional em torno das JMJ;
  3. apliquem os recursos financeiros disponíveis em bens e serviços de empresas Portuguesas, que criem riqueza para o País, fazendo uso de princípios de simplicidade, dignidade e beleza no acolhimento de todos os que nos visitam;
  4. encomendem um estudo sobre o retorno económico-financeiro gerado pelas JMJ, com o compromisso de o mesmo ser publicamente disponibilizado até 120 dias após a realização das JMJ.

Estamos certos de que todas as entidades envolvidas compreenderão os benefícios destas propostas e não hesitarão em aderir às mesmas com a maior brevidade possível.

Renovamos o nosso agradecimento e o enorme entusiasmo que sentimos neste caminho para as JMJ.

Está quase! Vemo-nos nas JMJ!