Escrevo a pensar nos pais de uma filha que não conheci, mas de quem guardo verdadeiras lições de vida. O testemunho da Carolina, depois de saber o diagnóstico da sua doença, não foi apenas comovente, foi verdadeiramente iluminante. Interpelador e transformador.

O realismo e a capacidade de aceitação da Carolina, confrontada aos 25 anos com um cancro terminal, tocaram as fibras mais sensíveis dos que a viram e ouviram nos media, mas certamente tocaram ainda mais aqueles que tiveram o privilégio de a acompanhar de perto nesta derradeira fase.

Privilégio é uma palavra demasiado pequena para a dimensão do dom que foi a sua vida, mas também do extraordinário dom de ser mãe e pai de uma pessoa com a grandeza de coração e a elevação moral, intelectual e espiritual da Carolina. O espírito com que viveu depois do choque das más notícias, revela a grandeza de que falo e transparecia, inteira, no seu olhar e na maneira como falava, sempre a sorrir.

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