Se ainda existisse na União Europeia uma réstia de vida inteligente capaz de influenciar a política, podia dizer-se que estamos perante a maior mentira dos últimos 100 anos: na passada segunda-feira, na audiência sobre COVID no Parlamento Europeu, Janine Small, presidente da Pfizer International Developing Markets, que se apresentou no lugar do presidente Albert Bourla, admitiu que nunca houve dados científicos mostrando que a vacina baseada em mRNA desenvolvida com a BioNTech impediria a transmissão do vírus antes do seu lançamento público no ano passado.

A admissão bombástica ocorreu depois de o eurodeputado holandês Rob Roos ter perguntado directamente a Small se “a vacina da Pfizer Covid foi testada para interromper a transmissão do vírus antes de entrar no mercado e se, em caso afirmativo, a Pfizer era capaz de fornecer as provas reunidas ao Comité” (antes de colocá-la no mercado)

Esta admissão, elimina toda a base legal do Certificado Digital. E espera-se que ninguém finja que nada aconteceu. Porque foi admitido perante um órgão da Comissão Europeia, pelo que não há mais lugar para desculpas.

Recorde-se que os certificados digitais Covid foram aprovados em cerimónia oficial e apresentados como “um sucesso” e “um símbolo do que a Europa representa” e “um êxito de que nos podemos orgulhar”, pelos então presidentes das três instituições da UE, David Sassoli, Ursula von der Leyen e António Costa. Os Certificados, que garantiam a circulação livre e segura para os vacinados e, por conseguinte, reduziriam os casos, internamentos e óbitos por Covid, nunca passaram de uma mentira. Uma mentira que discriminou, censurou, iludiu, privou, humilhou, ostracizou, prejudicou, difamou, chantageou e perseguiu milhões de pessoas (inclusive crianças), mesmo quando em causa estava a perda de emprego ou meios de subsistência. Uma mentira que levou pessoas “insuspeitas” a derramarem ódio, a insultarem e a rotularem de “negacionistas” qualquer um que defendesse os direitos constitucionais e o Estado de Direito. Uma mentira que forçou as pessoas a injectar experimentos nunca testados, cujos efeitos adversos já eram conhecidos, mas que foram perversamente ocultados. Uma mentira imposta por um poder despótico e oligárquico que, ainda hoje, tem a insolência de nos querer convencer de que foi uma inevitável medida de saúde pública introduzida para proteger todos, a começar pelos mais frágeis, aqueles que foram entregues à sua sorte, isolados em casa ou em lares sem afecto e sem assistência. Uma mentira repetida inúmeras vezes pela EMA, DGS, pelo Governo, Presidente da República, por líderes e dirigentes políticos, meios de comunicação social e pela maior parte dos “especialistas” da televisão. Uma mentira desprovida de qualquer verdade e de qualquer cientificidade, que demoliu a democracia e traiu a Constituição da República Portuguesa.

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Chega, por isso, a ser criminoso saber que o fizeram em nome da ciência, porque a ciência não autoriza ninguém a enganar as pessoas.

A verdade é que não é a primeira vez que as empresas farmacêuticas são forçadas a admitir as mentiras sobre as quais a União Europeia e a maioria dos estados ocidentais impuseram o certificado digital, vacinações obrigatórias e discriminação inédita. Já, antes, em Setembro, no Comité Especial COVID-19, ficámos a saber, através dos vice-presidentes da Gilead, Astrazeneca, Sanofi e Moderna, que, para além de estarem previstas novas pandemias, e de estarem a ser produzidas novas vacinas sem a aprovação prévia da EMA, as empresas farmacêuticas não são responsáveis pelos efeitos adversos. O esclarecimento veio pela voz do vice-presidente da Moderna, quando afirmou que “a responsabilidade pelos efeitos adversos é dos Estados porque as vacinas foram testadas à pressa e sem testes para evitar o contágio”. Tipo, construímos um Lamborghini em tempo recorde, mas não testamos os travões porque o que importa é que ele ande.

Ou seja, responsabilidade pelos efeitos adversos não lhe pode ser imputada porque não teve tempo para testar o produto em sede de prevenção de infecções, eficácia e segurança devido à pressão dos governos, daí terem exigido uma cláusula que os isentasse de quaisquer pedidos de indemnização (sobre os efeitos adversos, o Guardian publicou ontem uma interessante entrevista com o secretário-geral da OMS).

Ora, quem negociou com as empresas farmacêuticas foi a senhora von der Leyen. E sabe-se, inclusive, que o Tribunal de Contas da UE constatou que ela esteve directamente envolvida nas negociações preliminares, um procedimento que nunca foi seguido com outros contratos, que sempre contaram com funcionários da Comissão e dos Estados-membros. Mas não só. Foi ainda acusada de se ter recusado a fornecer registos das discussões com a Pfizer, seja na forma de atas, nomes de especialistas consultados, termos acordados ou outras evidências. Espera-se, por isso, que sejam escrutinados os acordos secretos de vacinas durante a nova audiência com Albert Bourla, entretanto solicitadas pelos eurodeputados.

Todavia, as sombras sobre a pandemia vão-se acumulando. Há cada vez mais provas de que já sabiam de tudo, mas deixaram que fosse feito como se a “vacina” contivesse uma droga milagrosa”. A confirmar-se, não deixa de ser um golpe contra a humanidade que custou a liberdade e a saúde de milhões de cidadãos na Europa (e no mundo), para o qual não pode haver perdão.