É um assunto que regressa ciclicamente, o do comércio aberto ao domingo. Já teve várias versões – e, num tempo que gosta de opiniões apocalípticas, informo carregada de pesar que nenhuma delas destruiu o comércio e a economia nem levou ambos a um crescimento desenfreado.

Os centros comerciais sempre estiveram abertos aos domingos desde que apareceram nos anos 80. Depois vieram as grandes superfícies e estavam também, dentro dos centros comerciais, abertas ao domingo. Entra Guterres e obrigou que ao domingo estes grandes supermercados, mesmo em centros comerciais, abrissem ao domingo só de manhã. Entretanto chegaram os grandes armazéns, obrigados pela legislação das grandes superfícies, e fecharam ao domingo anos a fio, exceto cinemas. Sócrates desfez o que o anterior governo socialista determinara e permitiu a abertura ao domingo de todo o comércio.

Na Páscoa, o bispo do Porto – convencido que está que só os centros comerciais impedem a portugalidade inteira de correr para as missas de domingo em roupas esmeradas e com brilhantina no cabelo – voltou a por a questão na agenda. Mais: já há uma petição com dezenas de milhar de assinaturas pedindo o encerramento do comércio ao domingo.

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