No dia 25 de Janeiro de 2019, Carlos César, que entretanto, abandonou o parlamento, resolveu partilhar connosco como o governo do Partido Socialista tinha mudado a vida dos portugueses, para isso contou-nos a história de seis pessoas, a quem o PS melhorou a vida. Neste texto reproduzirei a história contada por Carlos César e especularei como estarão agora alguns deles.

Comecemos então pelo Nuno, que em 2017, pelas palavras de Carlos César, deixara de estar em situação de risco de pobreza, viu em 2019 o seu contrato de trabalho renovado e conseguiu um contrato sem termo e tinha, na altura, mais confiança no futuro. Como estará agora o Nuno. Infelizmente Carlos César já não está no parlamento para nos contar, mas previsivelmente terá sido despedido porque o restaurante para o qual trabalhava foi encerrado e assim continuará, previsivelmente até Abril. Os apoios que o governo prometeu tardam em chegar, e o Nuno voltou assim, pela mão do Partido Socialista a voltar a estar em situação de risco de pobreza.

A Augusta, mãe de dois filhos, um no sexto e outro no nono ano, tinha em 2019 encontrado um emprego, depois de cinco anos à procura, e usufruía então da gratuitidade dos manuais escolares e redução do passe social nos transportes públicos, que utilizava para se deslocar diariamente para o trabalho. Como estará agora a Augusta? Provavelmente a frequentar os mesmos transportes públicos repletos de pessoas onde o governo insiste em dizer que o vírus não se transmite, os seus filhos estão em casa sozinhos, sem computador para assistir às aulas online porque o governo socialista falhou na sua entrega às famílias mais carenciadas. Os filhos da Augusta terão agora menos possibilidades de usufruir do único meio de elevador social que a sociedade lhes pode oferecer, a educação.

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O avô do André tinha visto a sua pensão aumentada em 2019, apesar de ainda ser pequena, isto porque o PS tinha descongelado as reformas. O que terá acontecido ao avô do André em 2021? Infelizmente, poderá ter sido um dos milhares de idosos a passar horas numa ambulância à porta do Hospital Santa Maria, tendo ficado dias numa cadeira no serviço de urgência à espera de cama numa enfermaria, sem que ninguém da sua família tenha sido informado de qual seria o seu estado clínico, isto porque o governo do Partido Socialista não soube prever a segunda e a terceira vagas covid-19.

O Hugo, depois de 5 anos de emigração forçada, segundo as palavras de Carlos César, voltou a Portugal e criou a sua própria empresa. E como estará agora o Hugo? Provavelmente viu a sua empresa falir, isto porque fornecia serviços ao Estado que demora mais de um ano a pagar as suas dívidas, mas é extremamente célere na altura de cobrar impostos, não lhe restando então outra hipótese senão voltar a emigrar.

O PS governa desde 2015 e já não temos dúvidas: quando sair do governo, entregará um país mais fragilizado do que aquele que encontrou, um país mais pobre, mais desigual e com menos oportunidades.  Serão inúmeras as histórias de portugueses anónimos que ficaram para trás, que emigraram e desistiram. Infelizmente, não temos ninguém interessado em as contar.