O modelo de parentalidade nórdica está a ser amplamente divulgado, partilhado e comentado neste jornal, a propósito de um livroe de uma entrevista com a autora. Tudo aquilo que ficou dito nas linhas e entrelinhas se aplica universalmente, apesar de haver sempre quem goste mais de se concentrar no fosso que existe entre as sociedades mediterrânicas e as nórdicas.

Faz sentido em todo o mundo que homens e mulheres possam conciliar a sua vida profissional e pessoal, assim como faz sentido que os pais possam sair mais cedo do trabalho para ir buscar os filhos à escola, porque isso reforça os laços familiares e favorece o desenvolvimento global das crianças e jovens. Acima de tudo faz sentido que não sejam rotulados nem prejudicados na sua carreira por isso mesmo, mas só é possível uma verdadeira conciliação se houver uma maior eficácia laboral e os processos de trabalho forem afinados. Ou seja, se forem adoptados métodos ‘lean’ no escritório ou postos de trabalho.

A metáfora porventura mais usada para ilustrar o ‘lean thinking’ é a troca de pneus em plena corrida de Fórmula 1, em que todos os micro segundos contam. Quanto mais ‘lean’ for o método de desaparafusar e voltar a aparafusar jantes, mais imediata é a troca de pneus, mais rápido é o retorno à pista e mais fácil é acelerar até à meta. Quando há milhões envolvidos, não há tempo a perder e tudo se consegue fazer em tempo record, num ritmo alucinante. O desperdício de tempo e recursos habitualmente acontece em contextos profissionais onde as pessoas se sentem muito distantes de quem lhes paga ou detém o capital.

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