Não chega vir apontar o dedo à Escola. Percebo e, muitas vezes, identifico-me com artigos que, com alguma frequência, vêm publicamente apontar falhas à Escola. Por vezes, vai-se mais longe argumentando a inutilidade da Escola, apontando-lhe falhas tão graves que a tornam um obstáculo na vida das crianças e adolescentes. Não venho nem contribuir para os exageros nem ser mais um treinador de bancada. Escrevo sobre uma visão de Escola que defendo e para a qual quero continuar a contribuir.

Este ano letivo recebemos, na Academia TEN, vários alunos absolutamente fascinantes. Raparigas e rapazes interessantíssimos, competentes, cheios de vida, sentido de humor e energia. As suas famílias trouxeram-nos até nós porque existiam dificuldades na relação com a Escola: entre outros, problemas de aproveitamento escolar, de métodos de estudo ou de integração social. Procuravam-nos porque a Escola, de alguma forma, não estava a chegar. Alguns, diagnosticados com algum tipo de défice cognitivo, têm pela frente desafios significativos na sua integração escolar; para outros, em número não inferior aos primeiros, os maiores obstáculos são os da motivação, de interesse e de identificação com o trabalho escolar.

Há demasiados alunos a sentir insucesso na Escola. Conhecemos bem o perfil destes grupos de alunos, o que faz com que seja surpreendente a dificuldade que temos em antecipar estratégias que atenuem (e resolvam!) estas situações. Há, também, demasiados alunos para quem a Escola é indiferente, que se diluem nos números e acabam por nunca ser desafiados a ir mais além. Por isso, defendemos e procuramos contribuir para uma visão de Escola como um lugar e tempo de encontros e oportunidades!

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