Na legislatura anterior, o Governo, apoiado pela Geringonça, conseguiu melhorar as contas públicas. Num contexto económico muito favorável, com a economia e o emprego a crescerem desde 2014, baixas taxas de juro e forte contenção do investimento público, foi possível compatibilizar algumas das exigências da coligação dos partidos de esquerda com a sustentabilidade das contas públicas.

Hoje, vivemos num quadro económico e financeiro muito diferente. O país e o mundo são assolados por uma grave crise sanitária e económica sem fim à vista. Há uma grande incerteza sobre o regresso à normalidade e sobre a recuperação das economias. Está em curso uma reconfiguração da globalização, que poderá transformar imenso a economia europeia e mundial ao longo da próxima década.

Portugal enfrenta, assim, grandes desafios no curto, no médio e no longo prazo. No curto prazo, importa mitigar os efeitos da forte recessão económica no emprego e no rendimento das pessoas e proteger o tecido empresarial mais exposto aos efeitos da pandemia. No médio e longo prazo, importa garantir a sustentabilidade das contas públicas, promover a competitividade da economia portuguesa, maior resiliência a choques externos e as transições digital e climática.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.