A imunidade de grupo começou a ser mais vezes falada desde que surgiu a pandemia da Covid-19.

Segundo os estudos mais recentes, é necessário pelo menos 60% a 70 % da população estar vacinada para poder atingir-se a imunidade de grupo.

Isto significaria que as outras 30% a 40% de pessoas, que não foram vacinadas, iriam beneficiar com este plano, atendendo a que o número de infeções entre as pessoas iria reduzir drasticamente com a vacinação, diminuindo assim a hipótese de contágio no grupo de pessoas não vacinadas.

Esta previsão é otimista, não se sabendo, ao certo, se o objetivo será em breve alcançado.

Esta percentagem de 60% a 70% de pessoas imunizadas, capaz de garantir a imunidade de grupo, não é igual para todas as infeções víricas. No sarampo, é preciso que a vacinação da população atinja os 94% para que haja imunidade de grupo. E mesmo atingindo esta percentagem mágica dos 60%-70% , não há garantias de que o resto de população fique protegida. Dependerá muito do estado imunológico do doente aquando da vacinação, da resposta da vacina às novas variantes e da própria eficácia da vacina utilizada  – todas as vacinas contra a Covid-19 têm percentagens de eficácia diferentes.

Quanto maior for o número de pessoas vacinadas, maior será a possibilidade de a população atingir a imunidade de grupo. Mas não podemos pensar  que a vacinação à escala global irá  eliminar a Covid-19 da face da Terra, embora, passe a  transformar esta pandemia em surtos epidémicos controláveis.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por outro lado, é pouco provável que o coronavírus causador da pandemia seja erradicado das nossas vidas. Prevê-se que, com as novas variantes, a própria vacina tenha de ser ajustada anualmente para manter a eficácia.

Tal como no vírus da gripe, será aconselhado um reforço vacinal anual, para limitar o ressurgimento da infeção em grande escala.

Falar de imunidade de grupo é fácil, mas em primeiro lugar é preciso que as pessoas sejam vacinadas.

E mesmo depois de atingirmos a tal percentagem mágica, o futuro dirá se terá sido suficiente para controlar o Sars-CoV-2.

Vamos ter esperança que tal aconteça e que possamos, num futuro próximo, retomar o nosso caminho de vida, interrompido abruptamente pela pandemia que entrou nas nossas casas sem bater à porta e que tarda em querer sair.

Resta-nos esperar, com paciência e confiança, que o dia de amanhã seja melhor para todos nós.