Depois de 2 anos de investigação, o famoso – e esperado – Mueller report, saiu e conclui que Trump não conspirou (o focus da investigação era o conluio) com a Rússia, para ganhar as eleições de 2016.

A esquerda, tanto a de cá, como a de lá, ficou furibunda. As esquerdas, lá e cá, têm esta coisa de, quando não gostam de alguém, confundir o desejo com a realidade e atacar, sem qualquer prurido, aqueles de quem não gostam. Relvas tinha um passado estudantil duvidoso. Passos cantava mal e morava em Massamá, Santos Pereira era o Álvaro porque, pasme-se, não queria ser tratado pelo título académico! Quando agora, se relembra o romance entre Snu e Sá Carneiro, é bom recordar que o PS (Soares) atacou essa relação, de uma forma vil. Á esquerda tudo é permitido.

A esquerda, lá como cá, vocifera contra as fake news e não vê – ou não quer ver – os dois lados que existem, sempre, em cada história. Não interessa. O homem é mal criado – e assim parece – logo não tem direito a opinar. O homem tem um cabelo ridículo, logo deve ser culpado. O homem nomeou a filha e o genro logo… Ups! esta se calhar não dá para – cá – a nossa esquerda criticar…

Se lá se ri (eu sim) com Stephen Collbert e cá com Ricardo Araújo Pereira (idem), esquece a esquerda que são comediantes. Não são jornalistas e, por isso, não são obrigados a confirmar notícias ou a revelar fontes. O seu objectivo é fazer rir as pessoas.

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Quanto a notícias, lá como cá, criam-se preconceitos e elegem-se inimigos. Por lá é a Fox, por cá o Observador.

Se ouvirmos alguns comentadores cá do burgo, constatamos que se limitam a repetir as opiniões dos comentadores do burgo de lá. Mas só os da CNN, ou da MSNBC. Da Fox não que são todos horríveis. Mas será assim tão má, a Fox? Se é certo que por lá andam dois ou três trogloditas (Tucker Carlson, Sean Hannity, Jeanine Pirro) porque não experimentam ficar acordados um pouco até mais tarde e ouvir Chris Wallace? Ou a Laura Ingraham? Ou o Mark Levin? Podiam aprender que a “verdade” absoluta que é fornecida pela CNN e pela MSNBC tem outros ângulos. Mas nada disso interessa quando já se elegeu o inimigo. E se o inimigo se presta a figuras ridículas, melhor ainda.

Por cá é a mesma coisa. O Observador é isto e aquilo, as pessoas que aí escrevem são isto e aquilo. A verdade, essa, pouco interessa. Se, por lá, é verdade que os bons resultados da economia também se devem à recuperação económica iniciada por Obama – que apanhou com a crise – passando a esquerda (cá e lá) todo o tempo a relembrar esse facto, por cá, a nossa esquerda não tem a coragem de dizer que o arranque da nossa economia começou no Governo de Passos – que apanhou com a crise e com a bancarrota, deixada pela esquerda. Mas isso não interessa e quem os relembra disso é logo apelidado de fascista. Sim, porque não fazem a coisa por menos.

É claro que, por lá, começou já a descredibilização do, até agora glorificado, Robert Mueller. Então não é que o homem afinal é republicano! E conservador cruz credo! Por cá, a nossa esquerda foi mais fina e fez aquilo que Trump não tentou – ou não conseguiu – fazer: correu com a Procuradora Geral. Mas, como Costa não tem o cabelo cor de laranja e sabe usar todos os talheres num banquete, já não faz mal. E também não deve fazer mal assistirmos a este espectáculo indecoroso de nomeações familiares, não é Sr. Presidente da República? Ou, para o Sr. Presidente, ter apertado a mão com força ao parolo do Trump e ter-lhe atirado com aquela dos jogadores da bola, por cá, não terem hipóteses de chegar a Presidente, é suficiente para o fazer feliz? Ou valente? Uma coisa aposto: lá, esta vergonha, não passava entre os pingos da chuva, como acontece por cá.