Loures vive uma inaceitável situação de mediania, estagnação e, sobretudo, de falta de ambição.

Situação que tem um único responsável e uma única justificação: a gestão comunista do passa culpas e de acumula queixas, num propósito de lamentação, de imputação de culpas e de uma mórbida autossatisfação com a “degradação das condições económico-sociais” na consolidação de um descontentamento generalizado.

Na saúde, ao contrário da Amadora, Lisboa, Odivelas, Sintra ou Vila Franca de Xira, em que foram vários os Centros de Saúde criados, estamos há oito anos (!) sem um único novo equipamento de saúde.

Na habitação, ao invés de lançar mão da maior oportunidade de sempre para a criação de renda e habitação acessível (por via do PPR e no caminho dos municípios de todo o país), a gestão comunista da CDU optou por propor a construção de quase 300 casas de habitação social nos dois maiores bairros do concelho – na Quinta da Fonte, Apelação e Terraços da Ponte.

E é pelas mesmas razões que não houve alteração nenhuma nas acessibilidades (rompendo o amuralhamento do concelho), não existe um único novo espaço público ou uma nova empresa (com dimensão significativa) que se tenha instalado no concelho.

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A atual gestão comunista da Câmara hipotecou o passado e prepara-se para comprometer o futuro.

Comprometer o futuro é também ser titubeante na assunção das competências oriundas da administração central e que em Loures a gestão comunista teima em não aceitar: só há boa decisão com proximidade; só há proximidade com participação. Queremos e iremos assumir as novas competências, porque queremos e iremos fazer melhor que o Estado central (nomeadamente no parque escolar e […]).

Comprometer o futuro será – sobretudo e mais grave – passar ao lado da maior oportunidade de sempre para o lançamento de projetos ambiciosos, regeneradores e transformadores, mormente em tecidos urbanos.

O próximo ciclo autárquico será o mais desafiante desde a criação do poder local democrático.

Com um programa assente em dois eixos – as Pessoas e o Território – é nosso propósito lançar um programa robusto de renda e habitação acessível (“Casas que as pessoas possam pagar”).

Este programa, com um custo estimado de 20 milhões de euros, promoverá a concertação entre os financiamentos previstos no PRR, a iniciativa privada e o estímulo municipal.

Na educação (a única política pública que garante a mobilidade, o resgate e a realização humana), propomo-nos a um programa de requalificação acelerada das infraestruturas escolares (programa que estimamos em 35 milhões de euros) e na construção de mais sete creches.

Na saúde, comprometemo-nos – no tempo de um mandato – a construir quatro novos centros de saúde (Bobadela, Camarate, Catujal e Santo Antão do Tojal).

Como fizemos no passado, com a construção do Hospital Beatriz Ângelo (enquanto outros faziam vigílias e colocavam faixas: nós disponibilizámos o terreno e fizemos toda a rede viária envolvente), assumiremos a saúde como um eixo axial da nossa ação.

Em matéria de acessibilidades, não faz sentido nenhum que Loures se encontre sem um acesso direto à A1, em São João da Talha, e sem um acesso direto à 2ª Circular em Sacavém. A indiferença da gestão comunista a este tema é absolutamente incompreensível e inaceitável. Nós temos a determinação e os meios a realizar esta proposta.

Assim como é inaceitável a indiferença relativamente ao espaço público, quer do ponto de vista da sua limpeza e manutenção, quer do ponto de vista da sua qualidade e fruição. Desde o enterramento das ilhas de resíduos urbanos, até à duplicação dos metros quadrados por habitante em espaços verdes (através de novos jardins e parques), a par do alargamento dos passeios e segurança dos peões, tudo faremos para que a requalificação do espaço público se transforme na requalificação da qualidade de vida no concelho.

Na atração e fixação de empresas, propomo-nos criar uma nova centralidade na Área Metropolitana de Lisboa, na zona norte do concelho, que seja uma Plataforma Multimodal de Distribuição Logística.

Esta Plataforma (com um investimento estimado superior a 15 milhões de euros em infraestruturação) terá como objetivo – fruto da sua excelente localização – a possibilidade de os operadores de meios pesados de distribuição poderem proceder à desmultiplicação dos bens e mercadorias transportados, de modo a que – com o recurso a meios de distribuição amigos do ambiente e das cidades – se possa reduzir o seu impacto.

Esta concertação entre o estímulo da iniciativa privada e políticas públicas objetivas é a materialização do novo espírito, da nova determinação e da nova ambição para Loures: invertermos um ciclo de empobrecimento, de degradação, de desinvestimento e até de abandono de Loures.

Dia 26 é uma oportunidade para todos os que desejam uma mudança de governação; uma oportunidade de – com todos – mudarmos este concelho, em direção aos referenciais da Área Metropolitana de Lisboa; de nos dirigirmos ao centro das políticas essenciais e de nos mobilizarmos para romper o ciclo de estagnação dos últimos oito anos de gestão comunista e de consolidarmos Loures como um concelho que devolva aos seus habitantes a qualidade de vida a que tem direito, que promova a fixação daqueles que procuram onde viver e trabalhar e que dê a todos um território que assegure a excelência do espaço público, a qualidade da habitação, a segurança da saúde e o acesso a uma educação sólida e universal.

Loures tem, nestas eleições, – assim convirjam todos os que não se reveem na atual gestão comunista – uma oportunidade soberana de inaugurar um novo ciclo: um ciclo de convergência, de concertação, de ambição e de concretização.

Senão agora, quando?