O que é uma criança?

De acordo com a Assembleia Geral das Nações Unidas, art. 1º «… criança é todo o ser humano menor de 18 anos, salvo se, nos termos da lei que lhe for aplicável, atingir a maioridade mais cedo.»

Também a Convenção dos Direitos da Criança, no seu art. 16º  diz: «A criança tem o direito de ser protegida contra intromissões na sua vida privada, na sua família, residência e correspondência, e contra ofensas ilegais à sua honra e reputação.»

Lamentavelmente, o lóbi “elgebetista” e os seus impositores não querem saber de quaisquer leis, que não as que vão impondo à sociedade por meio de governos totalitários (que se dizem democratas), e que violam a própria Constituição e os documentos que subscreveram. Aliás, se formos honestos, sabemos que a ideologia de género só avança se for imposta coercivamente e que, para isso, é preciso manter os pais na ignorância quanto aos conteúdos ideológicos -mascarando-os de tolerância, igualdade, empatia, combate ao bulliyng e outras palavras simpáticas, que embalam a perniciosidade da ideologia de género num papel muito bonito, que esconde a confusão, doença, mutilação e dependência química de tal abuso -, expropria-los da educação dos seus filhos e até a retirar-lhes os filhos caso se atrevam a ter a leviandade de fazer valer o seu direito a educá-los.

Se isto não são tiques ditatoriais, eu não sei o que é uma ditadura.

A assunto sobre o qual escrevo não aconteceu aqui, em Portugal, mas sim num país que começa a recuar nas questões ideológicas do género e que já colhe resultados trágicos da imposição de tal ideologia aos mais novinhos. Cá, já há casos de suicídio e os consultórios de psicólogos/psiquiatras estão a rebentar pelas costuras, mas o medo de tornar público o resultado da confusão mental/sexual de tantas crianças sobrepõe-se à urgência de o fazer. Mas, chegará o dia em que será impossível continuar a tapar o sol com a peneira.

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Chama-se Chloe Cole, diz-se ex-adolescente trans e apoia a proibição de intervenções médicas em crianças que se sentem transgéneros.

Chloe, que hoje tem 17 anos, fez a transição médica entre os 13 e os 16 anos, tomando os chamados bloqueadores da puberdade e testosterona e, aos 15 anos, fez uma mastectomia dupla que, segundo ela, foi muito dolorosa.

«Não sei se serei capaz de engravidar e ter uma gravidez bem-sucedida e posso estar em maior risco de contrair certos tipos de cancro, principalmente cancro cervical. E, porque não tenho os meus seios, caso possa vir a engravidar e ter filhos, não serei capaz de os amamentar. Nunca devia ter tomado as decisões que tomei. Nenhuma criança devia passar pelo que eu passei e passo. Por favor, não permita que os seus filhos façam a transição.»

Aos que pensam fazer a transição antes da idade adulta, Cole apela:

«Por favor, se está a pensar em fazer a transição, espere até ser um adulto totalmente desenvolvido. A transição pode danificar o seu corpo e a sua mente de maneiras que podemos não entender completamente».

O recém-nomeado Cirurgião Geral do Estado, Dr. Joseph Ladapo, alerta:

«A medicação de menores com disforia de género pode promover as opiniões políticas dos médicos envolvidos na sua assistência, mas os dados que mostram quaisquer benefícios para as crianças reais são extraordinariamente escassos. O modelo de afirmação comporta um risco inaceitavelmente alto de danos.

 Os pais são ameaçados com a ideia de que os seus filhos podem cometer suicídio, se não iniciarem imediatamente a “mudança de sexo”, e o medo que sentem perante tal ameaça leva-os a aceitar a transição precoce, mas os tratamentos não demonstraram realmente reduzir esse risco. Os pacientes, que realmente sofrem de disforia de género, precisam de cuidados compassivos para o seu bem-estar emocional e mental e para não serem envolvidas por visões político/ideológicas sobre sexo/género».

Recentemente, a 20 de Abril de 2022, a AHCA [Agência de Administração de Cuidados de Saúde] descobriu que vários serviços para o tratamento da disforia de género – ou seja, cirurgia de redesignação sexual, hormonas sexuais cruzadas e bloqueadores da puberdade – não são consistentes com os padrões médicos profissionais amplamente aceitos terão efeitos prejudiciais a longo prazo.

O que devemos saber

O relatório da Agência resume a pesquisa científica sobre a eficácia do tratamento da disforia de género para crianças:

  • Estudos científicos que apoiam a terapia de reposição hormonal, bloqueadores da puberdade e cirurgia de mudança de sexo para o tratamento da disforia de género são fracos a muito fracos.
  • As evidências que mostram os benefícios das terapias de reposição hormonal para a disforia de género são muito fracas.
  • Estudos científicos não mostram que o uso de bloqueadores da puberdade melhora a saúde mental.
  • Há uma falta de estudos de acompanhamento de longo prazo após a cirurgia de mudança de sexo.
  • Não há ensaios de controlo randomizados sobre a eficácia do tratamento de “afirmação de género”.

Apesar de haver cada vez mais estudos que desaconselham a prescrição de medicamentos, que alteram, e de procedimentos cirúrgicos, que amputam partes saudáveis do corpo – em crianças que se autodeterminam transgénero – activistas /organizações e associações lgbtetc. e associações médicas afirmativas do género têm vindo a apoiar intervenções médicas a menores diagnosticados com disforia de género.

A Academia Americana de Pediatria (da qual se desvincularam vários médicos que não se renderam ao lóbi e formaram a ACPeds [Amerian College of Pediatrics]), chega ao cúmulo de recomendar que as crianças “que se identificam como transgéneros tenham acesso a cuidados de saúde abrangentes, de afirmação de género e adequados ao seu desenvolvimento, fornecidos por um espaço clínico seguro e inclusivo”.

Cá em Portugal, infelizmente, também já há quem defenda que quanto mais cedo as crianças puderem afirmar-se como sendo do outro sexo, que não aquele com que nasceram, melhor. No dia 19 de Setembro de 2017, o Observador informava:

«… há crianças a fazer uma transição social muito cedo e tratamentos hormonais aos 14 anos. Francisco teve a primeira consulta com um sexólogo logo aos 10 anos, que foi acompanhando o seu desenvolvimento. Contudo, não esperou até aos 16 anos para fazer ‘coisas’. Aos 14 anos, deixou definitivamente de ser Sofia e passou a apresentar-se como Francisco. As outras ‘coisas’, como os tratamentos hormonais, essas só começou efetivamente aos 16 anos. Francisco faz 17 ainda este ano.»

E se, tal como acontece com cada vez mais jovens, “o Francisco” se arrepender?

Como se pode dar ouvidos aos desejos de crianças que ainda não têm o córtex pré-frontal totalmente desenvolvido, quando há profissionais de saúde a afirmar coisas como estas:

«A verdade é que não é invulgar as crianças dizerem que gostavam de ser do sexo oposto, quererem ser chamadas por um nome diferente do sexo oposto, e até recusarem-se a vestir roupas que se coadunem com o género com que nasceram. Na maioria dos casos, é apenas uma fase. […] a disforia de género pode manifestar-se a partir dos dois anos de idade, mas raramente se mantém até à idade adulta.»?

Há psicólogos que aconselham a ver cada caso como um caso único e diferente dos demais, mas, sabendo que, aos 12 anos, ao entrar na puberdade, a criança ainda não tem a “organização cognitiva completa” e não tem qualquer noção das consequências da transição para a sua saúde, como é possível medicá-la e enchê-la de hormonas do sexo oposto?

Como é possível meter dentro das escolas vídeos de duas pessoas já adultas, que fizeram a transição, a meter na cabeça das crianças que “mudar de sexo é como ter uma caixa com canetas e um rótulo a dizer ‘canetas’, mas se tu não precisas de canetas e sim de lápis, tiras as canetas da caixa, colocas os lápis lá dentro, escreves ‘lápis’ no rótulo e ficas com uma caixa de lápis.”

Tratar um transtorno da sexualidade, uma parafilia que obriga a depender de acompanhamento médico especializado e de medicação enquanto viver, com tamanha leviandade, devia ser crime.

Não faltam estudos fidedignos que apontam diversas causas para crianças pequenas quererem ser do outro sexo. Por ex., há casos de meninos que começam a querer ser tratados e vestidos como meninas porque nasceu a mana mais nova e os pais dão-lhe toda a atenção.

Um estudo recente documentou uma tendência crescente entre os adolescentes de se auto-diagnosticar como transgéneros após passarem períodos prolongados em sites de media social como Tumblr, Reddit e YouTube. Isto sugere que o contágio social pode estar em jogo. Em muitas escolas e comunidades, há grupos inteiros de colegas “saindo” como trans ao mesmo tempo.

Ainda no artigo do Observador, uma mãe diz que chegou a equacionar a possibilidade da filha ter problemas psiquiátricos, uma vez que há casos na família … E, de facto, ela tem, mas o lóbi é tão poderoso que até isso conseguiu que fosse mudado na OMS.

Em 2019, na nova edição do CID 11, depois de, ao longo de 28 anos ter sido considerado um transtorno mental, o transsexualismo passou a constar do CID11 com termos tão vagos como: “condições relacionadas à saúde sexual” e passou a ser classificado como “incongruência de género”. Mas, basta ler o documento para perceber que a decisão é absolutamente ideológica. Aliás, o que é o CID 11?

O CID 11 é a Classificação Internacional de Doenças. Logo, o transsexualismo (que agora é transsexualidade) só consta da Classificação Internacional de Doenças porque é de facto uma doença e precisa de acompanhamento médico contínuo, cirurgias e medicamentos.

Lembro que esta decisão surge depois de a edição anterior – que estava em vigor desde Maio de 1990 – ser aquela que teve o homossexualismo removido da lista, deixando de ser entendido e tratado como doença. E, pelas notícias que vão chegando, o mesmo acontecerá com a pedofilia, que hoje é doença e que virá a ser mais uma orientação sexual.

De acordo com o MAP “Minor-Attracted Persons” (“Pessoas Atraídas por Menores”), a atracção por menores – a pedofilia –  é apenas mais uma orientação sexual e nada tem a ver com o crime sexual contra uma criança:

«Apesar disso, aqueles que são rotulados como pedófilos (seja precisamente como resultado de sua orientação sexual avaliada ou auto-relatada, ou incorretamente como resultado de alguma forma de crime sexual contra uma criança) enfrentam grande estigmatização.»

Entendeu? Eles, os pedófilos, são vítimas de estigmatização por parte dos religiosos, fanáticos, moralistas, retrógrados, que não querem ter os seus filhos abusados. Não importa o sofrimento das crianças que foram abusadas por eles… Eles – os abusadores – são as verdadeiras vítimas inocentes de uma sociedade que não os compreende nem aceita, tal e qual, dizem eles, como não compreendia nem aceitava os homossexuais, transsexuais, etc.

Não. Pedófilo e predador sexual são uma e a mesma coisa e não há sofisma que mude isso. Numa sociedade demente e hiper-sexualizada, há quem esteja muito empenhado em adulterar o conceito/significado das palavras mediante a manipulação da linguagem. Mas o facto é que nem o Direito, nem a Assembleia da República, nem a Medicina são autores, donos e senhores da linguagem.

O termo pedófilo, independentemente do que digam o Direito, a Assembleia da República e a OMS [Organização Mundial de Saúde], é dado a predadores sexuais, que não demonstram qualquer culpa ou arrependimento por abusarem de crianças e adolescentes e, que, se não forem enclausurados, ou quimicamente castrados, continuarão a cometer o mesmo crime vez após vez. O mesmo acontece com o termo psicopata.

Já ouviu falar da MAMBLA? No seu site, a NAMBLA informa:

O objetivo da NAMBLA é acabar com a opressão extrema de homens e meninos em relacionamentos mutuamente consensuais por meio de:

  • construir compreensão e apoio para tais relacionamentos;
  • educar o público em geral sobre a natureza benevolente do amor homem / menino;
  • cooperar com lésbicas, gays, feministas e outros movimentos de libertação;
  • apoiar a libertação de pessoas de todas as idades do preconceito sexual e da opressão.

A nossa associação está aberta a todos que simpatizam com o amor homem / menino e liberdade pessoal.

Relacionamentos sexuais CONSENSUAIS entre homens e meninos? Escreverei sobre isso em breve.

Hoje, a pergunta que aqui deixo é:

Sabendo que o bloqueio da puberdade normal tem vários efeitos colaterais prejudiciais, incluindo perda do desenvolvimento ósseo normal, interferência no desenvolvimento social e normal do cérebro, infertilidade e disfunção sexual, e que muitos desses efeitos serão irreversíveis, qual é o objectivo de tanta publicidade trans e de se convencerem as crianças, na escola, nos livros infantis, nos desenhos animados, nas redes sociais e até na rua, com os mupis, de que podem ser do outro sexo?