Longe vai o tempo em que a venda de quartos seguia sempre o mesmo circuito: os hotéis colocavam os seus produtos nas brochuras dos operadores turísticos que, a partir daí, os vendiam às agências de viagens que, por sua vez, revendiam ao cliente final. Agora os tempos são outros, de maior complexidade. O modelo de distribuição tradicional – do grossista para o retalhista até ao consumidor final – ganhou mais canais. Evoluiu para novas formas de comercialização.

As redes hoteleiras, e os restantes players da indústria do turismo como companhias aéreas, rent a cars, restauração ou empresas de animação, abriram pontos de venda direta. Seja através de sites próprios, centrais de reservas, redes sociais ou apps para aquisição de serviços. Estes deixaram de ser apenas meios de relacionamento e comunicação para se assumirem como vias de comercialização complementares entre si. Atualmente, além de digital, a distribuição é multi-canal e multi-plataforma.

No caso da Vila Galé, por exemplo, temos vindo cada vez mais a aperfeiçoar o nosso site e a modernizar a integração com o motor de reservas para que seja cada vez mais fácil, seguro, rápido e user friendly fazer uma reserva online – em apenas dois ou três passos. Sem esquecer a inclusão, já que lançámos recentemente uma versão acessível e adequada para pessoas com dificuldades de visão, de audição, de movimentos ou cognitivas.

Desta forma, os sites assumiram um papel preponderante enquanto canal de venda na hotelaria, potenciado pela crescente tecnologia disponível, pelos sistemas de informação e pela velocidade das conexões informáticas.

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Neste jogo, entraram também os portais de descontos e de compras coletivas, bem como as plataformas online e as online travel agencies ou que agregam toda a oferta hoteleira e outras.

Daqui resulta que o produto colocado numa plataforma possa ser distribuído por inúmeros websites transacionais e adaptado às diferentes nacionalidades e aos fatores que cada mercado valoriza mais: preço, segurança, localização, serviços existentes no hotel.

A verdade é que cada vez mais se usam os meios digitais para chegar aos consumidores. E, nesta lógica, iniciativas como a MUDA são essenciais para incentivar os portugueses a aproveitar as vantagens e benefícios do espaço digital.

Com efeito, no setor do turismo, a verdade é que também os clientes recorrem cada vez mais a outros meios para pesquisar e comprar. Se antes escolhiam os seus destinos de férias e o alojamento pelos catálogos das agências de viagens, hoje a internet é uma fonte incontornável, mas também em constante mutação. Do PC, têm migrado para outros dispositivos móveis como os tablets e os smartphones. Ou seja, a net é usada para pesquisar, para comparar preços, para reservar. Mas também para ver as opiniões e as experiências de outros consumidores, muitas vezes acompanhadas de fotos e vídeos. E essa é outra mudança trazida pelo digital. A informação globalizada, sempre disponível e de fácil acesso a todos também tem um fortíssimo impacto no negócio da hotelaria porque amplia os sucessos e os insucessos a uma velocidade vertiginosa.

Mas, faz ainda mais do que isso: a facilidade do digital já está noutras fases do processo. No caso da Vila Galé, temos vindo a introduzir uma política paper free, ou seja, a eliminar o uso do papel nos hotéis tanto no relacionamento com clientes como com fornecedores e até internamente. O conceito é pioneiro e foi inicialmente lançado no Vila Galé Porto Ribeira. Aqui, o check in é feito em tablets através da recolha eletrónica de assinaturas. Os menus estão disponíveis num portal próprio, que os clientes podem consultar através dos seus dispositivos móveis. As faturas são enviadas por email. Os televisores dos quartos são outro ponto de contacto com os hóspedes, substituindo a habitual divulgação em flyers e com suporte em papel. Ou seja, também através do digital conseguimos assumir mais e melhores práticas ambientais.

Nesta era do turismo eletrónico, a transformação digital percorre o negócio da hotelaria de uma forma vertical, o que nos obriga a um constante acompanhamento e adaptação à mudança. Porque no MUDA(r) é que está o ganho.