Mais do que o marxismo cultural – que o há como afirmou o líder do CDS (FRS) – também existe e com efeitos bastante nefastos o amiguismo, o compadrio.

O programa Eixo do Mal (doravante o Eixo Soez) é o paradigma desse amiguismo. Por mistérios nunca esclarecidos – mas que se desconfia – duas nulidades, Pedro Marques Lopes (PML) e Daniel Oliveira (DO) convivem com duas pessoas com mais cultura, inteligência e juízo.

Como são todos amigos, os inteligentes suportam as nulidades e as ditas engolem os outros, quiçá obrigadas por alguém, para que o programa não caia definitivamente na sargeta.

No entanto, a última emissão do Soez Eixo foi algo que ultrapassou as marcas do razoável.

Que têm todo o direito de dizer o que querem? Com certeza. Assim como eu tenho todo o direito de escrever este texto e de chamar os bois pelos nomes.

PML é uma nulidade, com pouquíssima cultura, babando verdades feitas e fazendo citações de livros dos quais, manifestamente, só leu o resumo. Sobre essa personagem já existiu um belo texto no Observador e Ricardo A. Pereira encarregou-se do epitáfio.

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Daniel Oliveira aproveitou-se do progenitor para se alcandorar a estes lugares, para os quais não tem preparação e muito menos honestidade intelectual.

Voltemos à dita emissão do soez.

Tratou-se de um ataque Ad Hominem a FRS, sendo difícil de encontrar paralelo na televisão portuguesa. E porquê? Porque FRS participou num programa ao vivo do Gato Político e deu uma entrevista à TSF.

Vamos aos factos: Ter sentido de humor, como teve FRS, na participação no live do Gato é assim tão errado? Para as nulidades, Gravitas é sinónimo de gravata. Tenho é pena que Clara Ferreira Alves (CFA) que sabe bem o que é, porque estudou e estuda, porque leu e lê mais do que os resumos, não tenha posto ordem no deboche. Já vi vários políticos e comentadores do burgo a fazerem figuras bem mais tristes e não vi tamanha ênfase no comentário. Deve ser – só pode – porque são amigos de outros carnavais.

E alguma das abéculas se lembrou de ir buscar os programas alucinados – para ser simpático – dos acampamentos bloquistas? Querem algo mais ridículo? Mais insano? Mais estúpido?

Depois, como não existia muito para criticar, voltaram-se contra o Gato (nota: não conheço as pessoas) como sendo de extrema direita – se fosse de extrema esquerda seria alvo das mesmas críticas? – e um órgão de fake news. Mas o Gato é um órgão de comunicação? E dá notícias falsas? Se as dá faz mal, mas com o que se vê nos jornais ditos de refª – onde as nulidades têm prebendas — deve estar na média.

Depois veio a entrevista à TSF. O que disse FRS assim tão grave?

  1. Que não excluía uma coligação – mediante determinadas condições – com o Chega.

Mas que mal tem isto? Então o PS faz coligações com partidos que albergam assassinos e bombistas, além de estalinistas parados no tempo e é uma jogada de mestre e o contrário é ofensivo? Mas qual é a diferença entre Ventura e Jerónimo? Podem pintar o que quiserem, mas não existe. Cada um deles é bronco á sua maneira.

Alguma das nulidades – e que tristeza CFA e Luís Pedro Nunes (LPN) não terem recordado aos dois mentecaptos – se lembra que a nossa extrema esquerda não quer banca privada, Portugal na Nato ou na União Europeia?

Por fim, a grande ofensa! O marxismo cultural! Mas qual é a dúvida? Ao contrário do que diz CFA, eu sei que FRS leu Gramsci. Foucault também explica algumas coisas sobre a matéria, mas isso deve ser muita areia para quem faz da sua vida falar de penalties e foras de jogo.

Como estas anémonas vivem das 30 moedas que lhes atiram – salve Observador que não o faz – é claro que defendem o dono e atacam o Observador caninamente. Anda aqui! Deita! Dá a pata! E lá vão eles contentes a abanar o rabo ao som de uma música da qual nem gostam, mas como o Miguel Esteves Cardoso disse bem, passaram a ouvir. É tão triste ver bimbos a querer ganhar pedigree à força de clichés.

Então, mas a maioria das redações não estão tomadas pelo marxismo cultural? Todos os dias levamos com as urgências dos 666 géneros que existem. Com revisionismos históricos que nos impelem a bater com a mão no peito e pedir desculpa por termos nascido em Portugal. Que tenhamos vergonha de dizer “Até amanhã se Deus quiser”. Que sejamos obrigados a engolir umas comparações ridículas entre Trump e Bolsonaro e os políticos europeus. Que achemos razoável que quando nos fornecem números sobre a Europa falem em percentagens e quando falam dos EUA ou do Brasil, falem em números absolutos? Mas querem maior falta de objectividade jornalística? Já agora: Trump e Bolsonaro são duas personagens que não defendo, mas que sei bem quem são os responsáveis por terem chegado onde chegaram.

Já há algum tempo que usava o Fwd para avançar quando as aventesmas iam falar, agora acho que já nem assim.