Desde os seis anos, quando entrei na primária fui instruído a responder a três coisas tão básicas quanto incontornáveis. “Para que serve a escola”? Para aprender. “E os conselhos que me dão”? Para escolher o melhor caminho. “E o dinheiro?” Para o gastarmos, na quantidade certa, quando necessário, de forma a alcançarmos os nossos objetivos.

Na última semana lembrei-me destes três simples ensinamentos que recebi bem cedo porque olhava à minha volta e via dezenas de pessoas, de todas as nacionalidades, entusiasmadas  como é cada vez mais escasso vermos, a colocarem em prática estas três ideias: “Aprende a escolher o melhor caminho gastando o mínimo possível”.

Estava na Web Summit a representar a BLIP e falo-vos destes “novos cogumelos” da economia que, num ápice, saltam do nível térreo com uma pujança tal que poucos anos depois, os mais fortes e distintos, embora por isso mais escassos, os chamados unicórnios, tocam no céu. Muitos outros, sem “tocarem no céu”, isto é, sem passarem a valer mil milhões de euros, criam vida à sua volta, geram oportunidades, criam emprego. Este é o incontornável mundo da internet, onda a tecnologia é o novo combustível e vale tudo o que a criatividade faz nascer e o mercado permite funcionar.

A Web Summit é, por isso, a nova “Meca” dos que já são e dos que querem ser alguém na Web e na Tecnologia. Mas é muito mais do que tecnologia pura. Em Dublin, este ano, encontrei moda, indústria automóvel, recursos humanos e desporto só para citar alguns exemplos.

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Para as start-ups, este é o local certo, para estarem à hora certa, com a ideia certa, para se apresentarem à pessoa certa. Porquê? Porque têm acesso direto a investidores estratégicos que podem trazer experiência e aconselhamento, para além de dinheiro e de novas oportunidades num mercado que é tão mais competitivo quanto global. Além das várias sessões de pit-ching ao estilo ‘shark tank’, as start-ups têm direito a um mini-stand onde demonstram os seus produtos durante a duração deste evento.

No caso específico da BLIP, que nasceu no Porto em 2009 pela mão de 4 engenheiros portugueses e que hoje é um dos hubs tecnológicos da Betfair para todo o mundo, um evento deste tipo teria certamente facilitado a árdua tarefa de captar investimento estrangeiro.

Para as start-ups portuguesas que querem captar investimento, está aqui a melhor notícia dos últimos tempos: A Web Summit vem para Lisboa durante, pelo menos, três anos.

* Diretor Geral BLIP