Desde pequenos que nos aconselham a poupar, seja para a compra do nosso primeiro carro ou para fazer aquelas férias de sonho. Contudo, a cultura portuguesa não coloca em prática essa teoria. Ainda existe um grande número de cidadãos sem conhecimentos básicos sobre o mundo das poupanças e dos investimentos. Além disso, com os problemas económicos e sociais que enfrentamos atualmente, este é um tema cada vez mais desafiante.

Somos atraídos pelo consumo a todo o momento, pelo que agora, mais do que nunca, é necessária uma maior disciplina no controlo de despesas e saber distinguir os bens de primeira necessidade daqueles que são considerados os bens supérfluos. Neste sentido, e embora este tema não seja algo novo, tem de ser percecionado como uma urgência atual.

Segundo os dados divulgados pelo Gabinete de Estatística da União Europeia, a taxa de poupança das famílias portugueses nos primeiros meses de pandemia, foi de 19.34%. Porém, este valor foi diminuindo à medida do seu desconfinamento e, no terceiro trimestre de 2021, os portugueses já só tinham 7,75% de poupanças.

Quando a guerra na Ucrânia rebentou, os tempos de incerteza regressaram, e o valor poupado não foi suficiente para fazer face à consequente subida acentuada da taxa de inflação que se avizinhava – situação comprovada pela baixa taxa de poupança, de apenas 0,24%, no final do ano de 2022.

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E isto acontece porque nos falta literacia financeira, um conceito que deve ser passado desde o momento em que aprendemos a dar valor ao dinheiro, para que não sejamos apanhados desprevenidos em nenhuma fase das nossas vidas. A par do conhecimento, é também importante perceber que o aumento do preço dos bens e a falta de rendimentos dificulta o sistema de poupança.

O contexto de incerteza económica que vivemos leva à necessidade de se procurar alternativas, para ser possível colocar de parte algum dinheiro. Nesse sentido, o setor segurador também tem vindo a ajudar, cada vez mais, no controlo dos rendimentos dos seus Clientes.

Através dos seguros existe a possibilidade de realizar poupanças a longo prazo – a título de exemplo, quando existem emergências médicas ou acidentes rodoviários, quem tem seguro não tem de despender os custos reais, quer seja em atos médicos, ou em arranjos, respetivamente. Até podemos elencar situações de menor dimensão, mas que, no final do dia, nos ajudam a salvaguardar algum dinheiro. Deste modo, podemos afirmar que as seguradoras funcionam como um “pé-de-meia” relevante, sobretudo na agilidade exigida pela conjuntura económica e social nos dias de hoje.

Mesmo com planeamento, existem circunstâncias imprevisíveis, sendo então fundamental garantir capital e soluções de proteção suficientes para dar resposta a gastos inesperados e conseguir alcançar os objetivos de cada um.

A poupança é um compromisso necessário. É uma temática que, apesar do atual contexto económico, quando aliada ao reforço da literacia financeira, nos permite criar uma cultura mais assertiva. Em suma, a importância dos hábitos e gestão do orçamento familiar são temas centrais, mas é essencial aprender-se, desde cedo, a gerir da forma correta o dinheiro para ser possível gerir prioridades. Temos de planear, antecipar e poupar.