Todos os professores devem ter a perceção dos desafios associados ao uso das tecnologias no funcionamento da escola e da sala de aula. A  importância da sua exploração e interpretação, bem como a relevância de conhecer as regras de utilização de conteúdos digitais, direitos de autor e da licença Creative Commons.

A melhoria das competências ao nível da comunicação institucional, do trabalho colaborativo e da prática reflexiva sobre o desenvolvimento profissional contínuo no formato digital devem ser uma prioridade.

Existem muitas plataformas e ferramentas, por isso é relevante o trabalho de seleção das ferramentas e do modo da sua implementação na sala de aula, tendo em vista capacitar os aprendentes de acordo com a sua faixa etária.

A escolha dos recursos digitais está relacionada com a abordagem de capacitação dos alunos.

É importante entender que devem ser desenvolvidas algumas estratégias adaptadas para mobilizar, ativamente, os alunos para o processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, as ferramentas selecionadas devem ser usadas por todo o conselho de turma, de forma articulada e coerente, e de maneira económica e eficiente, sendo recomendado o uso de quatro a cinco ferramentas no máximo.

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Devem ser criadas ainda condições para que todos possam ter acesso à informação de uma forma diferenciada, assim como encontrar funcionalidades que permitam personalizar os percursos de aprendizagem, de acordo com as competências e os níveis dos alunos. Acresce que as competências digitais dos discentes constituem áreas específicas, que devem ser trabalhadas de forma transversal, e estão relacionadas com o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Adicionalmente, importa constatar que a gestão da partilha e a proteção dos recursos educativos, num ambiente digital, devem ser trabalhadas com especial cuidado.

Na área de ensino e capacitação dos discentes, o professor deve conhecer as competências digitais de cada recurso e implementar metodologias ativas com o objetivo de melhorar o processo de aprendizagem dos alunos. Também neste contexto, o professor deve estar disponível para ajustar as suas estratégias aos alunos. Na avaliação no processo ensino-aprendizagem, o uso dos recursos educativos deve estar relacionado com o processo de aprendizagem e com a capacitação dos alunos. Mais: afigura-se fundamental envolver toda a comunidade educativa, designadamente na definição de um código de ética sobre o uso das ferramentas e plataformas educativas.

O Ministério da Educação deve fazer investimento em licenças digitais, dado que todas as plataformas têm direitos de autor e o seu uso deve ter um procedimento ético.

Concluindo, as tecnologias digitais podem ser usadas em contextos educativos tendo em conta algumas questões a saber: o bem-estar e o pleno desenvolvimento dos alunos apresentam-se como critérios de trabalho fundamentais; as diferentes modalidades de aprendizagem configuram um caminho e não um desfecho; a diversificação dos instrumentos de aprendizagem é determinante; a aposta nos trabalhos de projeto e colaborativos no uso das ferramentas digitais constitui um factor de sucesso; a monitorização da eficácia das novas modalidades de ensino deve ter em conta o perfil do alunos à saída da escolaridade obrigatória.