A 16 de julho, na Maia, cerca de 60 pessoas, liberais, encontraram-se para um almoço-debate com algumas personalidades que se identificam com o liberalismo. A todos unia, e une, a vontade de lutar por mais liberdade individual e menos intervenção do Estado na esfera privada dos cidadãos e das famílias. Foi com estes valores em mente que se decidiu convidar para este encontro a família Mesquita Guimarães, que muito gentilmente acedeu. Esta família é hoje o melhor exemplo de resistência contra um Estado abusador, prepotente e autoritário. O convite surgiu com o intuito de lhes manifestar solidariedade e garantir que não estão sozinhos, partilhando com eles a ideia, também defendida por  Milton Friedman, de que “o elemento fundamental da sociedade é a família” e que cabe a esta transmitir valores e promover a cidadania, não ao Estado.

Todas as intervenções foram nesse sentido. Menos Estado, melhor Estado e mais Liberdade.

Pode-se caracterizar a audiência como um conjunto de pessoas, predominantemente liberais, como se disse acima, provenientes de todo o território nacional continental, unidos num acto de coragem moral, individual e de grupo, motivados por princípios de coerência com os valores do liberalismo presentes no pensamento de diversos autores clássicos e com a motivação de, em convergência com todos os que pertencem à mesma área política, criar um Portugal com mais liberdade individual, mais tolerância e menos socialismo.

Do debate, da discussão posterior, e da análise do que foi apresentado, elaborou-se a seguinte carta de princípios, para os aderentes a esta visão, que reflete o gosto pela liberdade e a vontade de resistir a qualquer tipo de autoritarismo:

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“Nós, tendo por base o pensamento dos autores clássicos, unidos livremente neste projecto, por forma a garantir a Liberdade, definimos os seguintes princípios de ação:

  1. Ser intransigentes na defesa da Liberdade, da inviolabilidade da Vida Humana, do Capitalismo, do Livre Mercado, da Democracia Liberal e da Propriedade Privada;
  2. Assentar a nossa ação no Indivíduo, na Família e na Tolerância;
  3. Primar pela ética, centrando a nossa ação no combate de ideias e não no combate a pessoas;
  4. Defender as liberdades de todos, e de cada um (de expressão, religiosa, sexual, profissional), sem promover ou exaltar qualquer grupo específico;
  5. Defender o direito à procura da felicidade individual, sem interferência do Estado ou de outras organizações na sua dependência;
  6. Assumir de forma inquestionável que todos os cidadãos são iguais perante a Lei e que a sua aplicação é igual perante cada cidadão;
  7. Defender de forma resoluta um Estado mínimo, para uma iniciativa privada e comunitária máxima, onde a família (nas suas diversas formas) é a célula base da sociedade;
  8. Acreditar que ao Estado compete assegurar todas as funções de soberania, algumas funções sociais em paridade com o indivíduo e com a comunidade, garantindo a igualdade de oportunidades necessária para que os indivíduos possam desenvolver livremente ações na prossecução das suas aspirações, e algumas funções de regulação, em defesa do mercado livre;
  9. Defender a cooperação e a responsabilidade em que os cidadãos não sejam infantilizados por um Estado educador e paternalista;
  10. Defender a liberdade económica dos indivíduos e empresas que são o garante de liberdade política. Oposição a políticas estatais de controle de mercados, preços e emprego que desvirtuam a livre concorrência e levam a criação de monopólios e cartéis;
  11. Identificar-nos como sendo da Direita Liberal, área política onde consideramos serem defendidos os valores acima apresentados.”

Cientes de que o caminho é longo mas que começa sempre por um pequeno passo, ficou decidido realizar um conjunto de ações, internas ou externas aos partidos que possuam uma matriz liberal, para sensibilizar ainda mais pessoas. O caminho foi agora iniciado, mas será percorrido resolutamente.

Pelos que se revêem neste projeto:
Nuno Simões de Melo
Mariana Nina
Nuno Carrasqueira