“Uma psicóloga chalupa, ou um activista anti-racismo racista não é natural. O que é natural e fica bem é poder confiar em quem nos trata da mente, e julgar as pessoas pelo conteúdo do seu carácter e não pela cor da sua pele.”

Aqui fica a minha sugestão de texto para o anúncio que marcaria o regresso do Restaurador Olex, o precioso preparado capilar que, nos anos 80, assegurava que “um preto de cabeleira loura, ou um branco de carapinha não é natural. O que é natural e fica bem é cada um usar o cabelo com que nasceu.” Embora o produto tenha saído de moda, é incrível a actualidade deste mote. Deve fazer as delícias do SOS Racismo e demais camaradas progressistas. Cada um com o seu cabelo é que é. Não há cá apropriações culturais para ninguém. Modernaço, o Restaurador Olex.

Bom, mas o intuito de uma segunda encarnação do Restaurador Olex seria antes o de, lá está, restaurar alguma sanidade no SOS Racismo. Chamem-me optimista, mas o produto tem aura de milagroso. Começando pela supracitada psicóloga chalupa. Na TVI, a Dra. Joana Cabral asseverou que nos ia explicar o conceito de racismo “do ponto de vista científico” para, de seguida, afiançar que “o racismo não existe de negros para brancos”, e que “o racismo é um sistema político e económico, não é uma atitude interpessoal”. Escusado será dizer que a doutora decepcionou. Prometeu “ciência” e acabou por brindar-nos com estupenda fantochada, que faz a astrologia parecer física nuclear. Se solicitássemos a esta “cientista” uma vacina para a COVID, acabávamos com uma sopa de brócolos. Ou com um creme de alho francês, no máximo.

Bem, admito que omiti um detalhe importante do discurso desta doutora. Em tempo útil, ela referiu que “todos somos um bocadinho ignorantes em relação a este tema”. Preparou-nos, assim, para as alarvidades que proferiu e, em simultâneo, através da criteriosa escolha da palavra “bocadinho”, também aplicável à sua pessoa, comprovou tremenda modéstia.

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Quanto a Mamadou Ba, que dizer do activista anti-racismo racista, que garante que a cor da pele define todo e qualquer indivíduo? Desde logo, é imperioso assinalar que este vulto da luta pelos direitos civis vem desmascarar aquela palhaçada, cortesia de Martin Luther King Jr., de que um indivíduo não deve ser julgado pela cor da sua pele, mas pelo seu carácter. O quê? Agora um branquélio qualquer até pode ser um tipo já mais ou menos? Tenha vergonha, Dr. King Jr. Isso é profunda palhaçada. Para mais, palhaçada de inspiração cristã. Que nojo. Argh!

Depois, ficam duas perguntas. Primeira. Quando é que o SOS Racismo esclarece quais os códigos das cores Pantone que definem quem é branco e quem é preto? Creio ser imperioso avançar com esta informação, para que fique claro, de uma vez por todas, quem é opressor e quem é oprimido. Concluído este trabalho, e para que não seja necessário andarmos carregados com volumosos mostruários de tons, sugiro que, para fácil identificação, se tatue os opressores. Talvez na testa. É uma zona que costuma estar à vista, além de não existir o perigo de ficar tapada pela guedelha, uma vez que isto é gente que só gasta de pente dois para baixo.

Segunda pergunta. Disse Mamadou Ba ao DN que “o meu anti-colonialismo vem-me das vísceras”. Ora, tendo o colonialismo português findado vai para 50 anos, não devia o senhor Mamadou fazer um check-up geral? Eu, pelo menos, fico deveras preocupado com as vísceras do senhor Mamadou. Em especial, com o intestino. Então o homem anda há uma vida inteirinha a remoer o anti-colonialismo e não há sinais de conseguir expelir a coisa em breve? E eu a pensar que o problema de Mamadou com o pupu se cingia à bosta da bófia.