Quando chegar de férias lanço uma nova área na empresa.

Quando o ano passar tenho os objetivos todinhos definidos.

Quando as férias vierem e depois de descansar a coisa vai piar mais fino.

Quando terminar as obras da casa vou-me focar a sério na construção da minha empresa.

Quando os miúdos crescerem, então poderei voltar a dedicar-me ao estudo.

Quando acabar este maldito trabalho começarei a escrever o meu livro.

Quando tiver tempo dedico-me de alma e coração à pintura.

Quando.
(latim quando)
advérbio interrogativo
1. No tempo em que; em que ocasião; em que época (ex.: Quando chegou?).
conjunção
2. Introduz frases subordinadas adverbiais temporais (ex.: Quando chegou, desfez a mala.).
(“quando”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Mas quando acontece o quando?

Quando acaba mesmo o Verão?

Quando é a altura em que os miúdos se decretam crescidos?

Quando é que acabo mesmo este maldito trabalho?

Quando é que tenho tempo?

Ou melhor, quando poderei começar a realizar os meus projetos, os meus sonhos, as coisas que a vida tem para me proporcionar.

Quando decidir que assim é.

Não há momento ou evento que seja mais apropriado. Melhor, que não dependa da minha decisão. Se não decidir, não há quando. Se não fixar o quando, não há compromisso. Se não lhe puser uma data, há apenas desresponsabilização.

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E quando for velho (não sei exatamente quando será), então já não tenho paciência. Isso é certo.

Por isso é também interessante que se corte o quando e se transforme em algo mais SMART (Specific, Measurable, Achievable, Revisible e Time Bound).

Reformulando.

A 30 de Agosto de 2021 lanço uma nova área na empresa.

A 2 de Janeiro de 2022 tenho os objetivos todinhos definidos.

Quando o meu filho mais novo fizer 10 anos, então esse será o ano em que me inscreverei numa pós-graduação.

A 19 de Setembro de 2021 começarei a escrever o meu livro.

Na próxima quarta-feira, dia 8 de Setembro, começo as aulas de pintura.

É muito mais fácil assim. Quando? Quando transformarem o quando em data.

Portugal e os portugueses teriam tudo a ganhar com esta troca. Em produtividade, em responsabilização, em commitment com as atividades projetadas, em capacidade de execução. Não é disparatado, pois, dizer que esta troca faria milagres pela produtividade do país. De forma relativamente rápida e aplicada. Quando? Quando cada um de nós quiser fazer a transformação.