1. Há várias verdades absolutas que a esquerda conseguiu construir desde o 25 de abril. Uma delas é o inexpugnável argumento de que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi, é e será sempre 100% pública. Independentemente de tudo o que possa acontecer na Caixa, no país ou no mundo, essa realidade é imutável. Pior: não é aceitável (será mesmo constitucional?) qualquer debate sobre essa realidade.
O primeiro-ministro António Costa pode usar o trunfo político de ter sido o seu Executivo a solicitar uma auditoria à Caixa mas se os dois anteriores Executivos de Passos Coelho tivessem ordenado tal investigação profunda, teríamos o PS, PCP e Bloco de Esquerda a gritar com o dedo espetado: “a direita quer privatizar a Caixa!” Como se viu, por exemplo, em 2012.
Não tenho dúvidas que esse dogma da esquerda condicionou um debate sério sobre as vantagens e as desvantagens da privatização da CGD e, mais importante de tudo, impediu um escrutínio mais célere à gestão da Caixa.
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