A hecatombe da direita nas eleições europeias de domingo foi benevolente: atingiu novos e velhos, tradicionais e arrivistas, institucionais e challengers por igual. Os dois grandes partidos – PSD e CDS – tiveram resultados assustadores de baixos. E nem há a possibilidade de se aventar a possibilidade de os eleitores não se reverem neles, porque desta vez houve alternativa abundante.
Tivemos o movimento demagógico e nacionalista, do populista wannabe – mais dos interesseiros que se lhe juntaram, cuidando que seria fácil ocuparem o lugar de eurodeputado depois do (falso) messias cabeça de lista (com um enorme, gigantesco, titânico respeito pelos eleitores) recusar o cargo para que seria eleito, regressando a Portugal para as legislativas. Não seduziu os eleitores.
Tivemos os conservadores que se dizem liberais (a IL), com um cabeça de lista reacionário que em tempos propôs que o estado devia pagar para as mulheres ficarem em casa a ter filharada e cuidarem dela. Entenderam propor para uma instituição, que tem na liberdade de circulação de mercadorias, bens, pessoas e capitais um dos seus mais antigos pilares, o mesmo cabeça de lista, que já defendeu com vivacidade o protecionismo. Sabe-se lá como, os eleitores também não aderiram a um partido novo cheia de gente ‘liberal’ (ataque de tosse) e mostrando já o tão bom hábito da inconsistência de ideias.
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