Ao longo de décadas a aprendizagem ao longo da vida foi impulsionada por uma Europa comunitária que valorizou o conhecimento e a necessidade de, ao longo da nossa vida, estarmos sempre a aprender. Essa orientação muito firme no mundo mais desenvolvido, não era mais do que o correspondente dos nossos dias a uma mensagem simples, mas poderosa, que nos transmitiam os nossos pais e avós: O saber não ocupa lugar.

Nas sociedades atuais, muito mais dinâmicas, móveis e competitivas, o conhecimento é entendido como um ativo estratégico absolutamente decisivo para a qualidade dos desempenhos profissionais e para o crescimento económico, potencialmente gerador de maior riqueza e bem estar coletivos.

É pois neste novo quadro de acentuada interdependência global, de grande intensidade de intercâmbio humano e sobretudo do primado do digital em todos os domínios da economia e da vida em sociedade, que surge um novo conceito – a requalificação – que retrata a necessidade imperiosa que todos temos de valorização permanente e abertura para o aperfeiçoamento contínuo das nossas competências pessoais e profissionais.

Um mundo profissional saturado de conhecimento prático, de digitalização crescente de processos e funções e de mudanças importantes no mercado de trabalho, exige a permanente procura de novos conhecimentos e competências. A rápida evolução da tecnologia e da automação em muitos setores das empresas, determina a requalificação como instrumento decisivo para que cada um(a) e cada organização respondam adequadamente às transformações e às exigências de um mercado sempre mais exigente e competitivo.

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Requalificar é aprender sempre, é experimentar novos comportamentos, adquirir novas competências. É um processo de aprendizagem permanente que revaloriza os saberes de cada pessoa e potencia a sua transformação para novos desempenhos profissionais, acomoda as novas competências digitais e não menos importante, gera novas e muito positivas atitudes comportamentais.

Um dos desafios maiores para as empresas nos dias de hoje, é o de dinamizar a formação contínua dos seus ativos, atrair novos talentos nas áreas de maior necessidade e participar em estratégias de requalificação geradoras de melhoria dos níveis globais de qualificação de todos os seus trabalhadores.

Entidades de referência na área da Formação Profissional, como o CESAE Digital e muitas outras, são parceiros fundamentais das empresas na materialização de estratégias de requalificação, através de intervenções formativas várias como por exemplo:

  • Programas formativos de Requalificação como o Digital Reskilling ou a iniciativa europeia R4E – Reskilling for Employment;
  • Promoção de culturas de aprendizagem permanente nas Empresas, com incentivos reais para quem procura caminhos de qualificação e aquisição de novas competências
  • Programas que associam a gestão de carreiras a oportunidades reais de formação e desenvolvimento profissional.
  • Com a adoção de sistemas flexíveis de partilha do conhecimento intra e intergeracional, apoiados em mentorias e tutorias especializadas e orientadas para contextos profissionais em transformação.

Estes são apenas alguns exemplos de diversos modos de materializar a Requalificação nos nossos dias, contribuindo assim para o crescimento sustentável das organizações e das pessoas que as integram.  A obrigação de todos nós é mobilizar o maior número de portugueses para estes virtuosos caminhos da Requalificação!

António Pêgo