A Assistência Virtual já é considerada uma profissão, desde meados da primeira década do século XXI, em países como os EUA e o Reino Unido. No entanto, tem ganho bastantes adeptos nos últimos anos, quer por parte de pessoas que se querem tornar Assistentes Virtuais, quer por parte de empresários e empreendedores que precisam de alguém que lhes dê apoio e suporte na gestão dos seus negócios.

Então porque é que em Portugal, este termo é ainda pouco utilizado e, na maior parte das vezes, desconhecido? Chega mesmo a ser associado à Alexa e à Siri!

Os Assistentes Virtuais são trabalhadores independentes que prestam auxílio remoto a empresários, empreendedores e donos de pequenas e médias empresas de diversas formas.

Esta actividade, foi considerada uma das profissões mais promissoras de 2020, segundo uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria de recrutamento Robert Half. No entanto, em Portugal, poucos são aqueles que conhecem o conceito. As tarefas de um Assistente Virtual variam imenso e podem incluir: assistência administrativa e apoio no back office, gestão de redes sociais, criação e manutenção de websites, criação e gestão de cursos e webinars, gestão de podcasts, criação de conteúdo, entre outras. A Assistência Virtual engloba um sem-número de tarefas e é por isso que tem tido tanto sucesso, pelo menos fora de Portugal.

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São principalmente as mães que, como eu, querem acompanhar mais de perto o crescimento dos seus filhos para ter mais flexibilidade horária, que procuram alternativas às suas profissões. Estas mães encontram na Assistência Virtual a solução perfeita para alcançarem os seus sonhos! Porque, para além de não precisarem de ter um curso superior (basta utilizar os conhecimentos que já possuem e oferecer os serviços que já sabem fazer), não precisam de um grande investimento inicial, nem de sair de casa. Podem aprender tudo por elas próprias, ao seu próprio ritmo, sem precisarem de investir rios de dinheiro. E é por estas razões que cada vez mais mães no Reino Unido, EUA, França, Brasil e até Espanha, olham para esta profissão como um novo propósito de vida e como a solução para todos os seus problemas.

No entanto, esta não é uma profissão só para mães. De todo! Esta é uma atividade que atrai cada vez mais jovens. Jovens que querem dar a volta ao Mundo e que precisam de ganhar dinheiro enquanto viajam.

Em Portugal, infelizmente, o termo e a profissão ainda não são muito divulgados devido a vários mitos e conceitos errados que as pessoas têm acerca da Assistência Virtual – quer por parte de possíveis clientes, quer por parte dos próprios Assistentes Virtuais portugueses. Esta é ainda uma profissão muito associada à dita “secretária tradicional”, mas que não podia estar mais longe da verdade. O outro problema deriva da falta de confiança dos portugueses em trabalhar com alguém à distância que nunca viram, e a quem não podem “deitar um olho” para confirmar se está realmente a trabalhar. Existe ainda um grande caminho a percorrer no que diz respeito ao teletrabalho e à Assistência Virtual em Portugal.

A falta de informação em português é também um grande entrave à divulgação desta profissão. Vivo no Reino Unido, tenho uma licenciatura em Enfermagem (a qual exerci durante mais de 8 anos) e tornei-me Assistente Virtual o ano passado. Para mim, foi bastante fácil ter acesso à informação sobre como entrar “neste mundo”, porque aqui não falta quem queira partilhar recursos, informação útil e ajudar quem tenha dúvidas.

Em Portugal, a escassa informação e recursos existentes estão redigidos, na sua maioria, em português do Brasil, tornando-se assim muito difícil e confuso, ou até quase impossível, alguém se tornar Assistente Virtual. Por isso, e para que mais pessoas possam usufruir dos benefícios em trabalhar com estes profissionais, surge a necessidade de criar soluções para capacitar e fazer crescer esta comunidade.

Assim sendo, encontro-me de momento a desenvolver o projeto, Dito Feito, uma “oficina” de Assistentes Virtuais, que visa precisamente colmatar essa grande falha, para que todos aqueles que procuram dar um rumo diferente à sua vida profissional e pessoal, se sintam apoiados e com informação suficiente para o fazerem.

Este é um tema que decerto chamará a atenção de vários leitores, principalmente depois da pandemia ter transformado o trabalho remoto numa nova realidade.

A Assistência Virtual é o futuro e pode ser uma preciosa ajuda a pequenas empresas e negócios. Basta deixarmo-nos de preconceitos e abrir horizontes e mentalidades.

Se precisarem de mais informação sobre o assunto, estou à vossa disposição.