Creio ser a primeira vez que órgãos de comunicação com o tipo e o grau de audiência do «Financial Times» empregam o termo «impeachment» a propósito daquilo que muitos comentadores da «direita» norte-americana consideraram ser uma «traição do Presidente Trump aos Estados Unidos a favor da Rússia». As probabilidades de «impeachment» são ainda remotas mas quem usou o termo não foram apenas comentadores dos «media» nem testemunhas europeias: foram vários agentes políticos republicanos com peso no Congresso dos EUA.
Em pouco mais de ano e meio, uma forma qualquer de «impeachment» é, pois, publicamente evocada pelos seus próprios parceiros políticos a propósito de Trump e da sua incontrolável incontinência verbal e da sua total falta de tacto diplomático. Isto deve ter começado a preocupar seriamente não só aqueles que o presidente norte-americano designa por «foes» — nós, os seus «inimigos» europeus –, como aqueles a quem ele chama «amigos», tais como antigo membro do KGB, Vladimir Putin, actual autocrata da Rússia, e o perigoso fantasista da dinastia comunista norte-coreana.
Se assim é, o que irá passar-se daqui a menos de quatro meses, quando tiverem lugar as eleições de 6 de Novembro próximo – a meio do mandato do actual presidente – para eleger mais de um terço dos senadores; a totalidade dos 435 membros da Casa dos Representantes, que são eleitos proporcionalmente em cada estado; e para 39 governadores, além de outras candidaturas?
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