É um ano em que Portugal estará em campanha eleitoral até Outubro. O ano em que o euro cumpre duas décadas. Em que a União Europeia ficará com menos um Estado-membro pela primeira vez na sua história. E o ano em que vamos perceber se as tendências nacionalistas e populistas são conjunturais ou vieram para ficar. Tal como ficaremos a saber se a economia está a entrar numa nova fase de crise ou estes últimos meses foram apenas alarmes falsos. Eis o guia (pouco) optimista para 2019.

A primeira perspectiva optimista é a economia europeia começar a recuperar da queda que está a registar o seu crescimento e a norte-americana manter o seu já longo ciclo de crescimento. A probabilidade de isto acontecer é baixa, especialmente no que à Zona Euro diz respeito. Há dois “epicentros sísmicos” que vêm de trás e que tornam mais provável uma continuação da queda do crescimento.

Um dos epicentros está situado no Reino Unido e chama-se Brexit, votado pelos ingleses em Junho de 2016. Agendado para 29 de Março de 2019, quase três anos depois do voto, neste momento, verdadeiramente, ninguém sabe o que ainda pode acontecer, já que o acordo só será votado em Janeiro. O pior dos cenários é a saída desordenada, o melhor, do ponto de vista puramente económico, seria a realização de outro referendo que desse obviamente como resultado a manutenção do Reino Unido na União Europeia. O que dificilmente acontecerá, o novo referendo, se levarmos em conta os riscos que tem para a credibilidade da democracia.

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