Histórico de atualizações
  • Resumo da conferência (parte III)

    No que diz respeito aos resultados, eis alguns dos pontos principais:

    Lucro líquido aumenta 50,9% face ao ano anterior, para um total de 291,3 milhões de euros. O banco diz que “esta evolução é reflexo do aumento das receitas (14,9%) — o chamado produto bancário — e da diminuição dos custos. Houve 293,5 milhões de euros em lucros com operações financeiras (basicamente venda de títulos de dívida pública), quase uma duplicação face ao valor do ano anterior.

    O montante ganho com a venda de dívida pública acabou, contudo, por ser consumido com a tomada de provisões por parte do banco: 227 milhões de euros. O banco destacou, também, uma descida do rácio de crédito em risco, o que também ajuda os resultados, com este a cair para 4,39%, contra os 5,55% do ano anterior.

    A margem financeira, um dos indicadores mais importantes para os bancos, subiu ligeiramente — 1,8% –, no fundo, a uma taxa semelhante à do crescimento do PIB em Portugal. Em valor, a margem financeira foi de 556,3 milhões de euros.

  • Resumo da conferência (parte II)

    Banif (V): Contribuição do Banif para os lucros é “contabilística”

    O Santander distribuiu um esclarecimento sobre os lucros de 283 milhões de euros proporcionados pelo Banif, uma operação que custou 150 milhões de euros. A explicação é “contabilística”. Eis o que diz o Santander: “Qualquer aquisição, quando é efetuada, gera uma diferença contabilística que é a reserva de fusão da aquisição. Neste caso, depois da constituição de 316 milhões de euros de provisões que efetuamos para o Banif na nossa esfera, essa diferença foi de 283 milhões de euros. No entanto, também entraram no balanço do banco cerca de 4 mil milhões de ativos ponderados pelo risco, o que significa que o rácio de capital com que a aquisição foi feita foi inferior a 7%. Por esse motivo, quando entram no balanço do Santander Totta, por um lado os ativos ponderados por risco e por outro a reserva de fusão, o rácio de capital baixa (…) tendo portanto o banco tido que alocar capital novo à aquisição“.

    Banif (VI): As duas propostas pelo Banif – antes e depois da resolução – e o risco das “situações inesperadas”

    Vieira Monteiro comparou as duas ofertas “diferentes” pelo Banif: a que pretendia a compra da posição do Estado e a que comprava a operação bancária após resolução. “A primeira proposta era sujeita a uma due dilligence (análise de ativos e passivos) e nesse trabalho iríamos aprofundar toda a situação do banco. Mais do que isso, já tínhamos garantias”. “Nesta proposta, foi diferente porque nos pediram uma proposta pela operação, ficando com os riscos. Por isso é que o valor oferecido foi diferente”, afirmou Vieira Monteiro. “E se calhar, havia determinadas situações que não nos foram indicadas e que se soubéssemos, se calhar nós não tínhamos feito esta proposta. Se calhar”, diz António Vieira Monteiro. “Num caso e noutro, as condições de venda eram totalmente diferentes – na primeira haveria uma análise aprofundada da situação do banco e mantínhamos o direito a sair do negócio”, repetiu Vieira Monteiro. “O valor de capital oferecido era o mesmo”, concluiu.

    Orçamento do Estado: Vieira Monteiro está “confiante”

    “Vamos ver. Ainda temos só algumas indicações gerais, mas tenho confiança na execução orçamental e que teremos um Orçamento que corresponderá às necessidades do país”. Para mais declarações de Vieira Monteiro, leia as várias entradas no liveblogue durante a conferência.

  • Resumo da conferência (parte I)

    Para sistematizar a informação, vamos publicar um conjunto de últimos posts (alguns sobre a conferência de imprensa e outro sobre os resultados).

    Banif (I): “Conluios não existem, meus caros senhores”

    O presidente do Santander Totta refutou qualquer tese de favorecimento ao Santander na compra do Banif. Vieira Monteiro diz que apenas tinha o conhecimento geral das dificuldades do Banif e “foi aberto um concurso: concorremos”. O responsável notou que “durante muitos anos o banco apresentou prejuízos sistematicamente e, portanto, chegámos à situação que as autoridades determinaram, não fomos nós”. Vieira Monteiro sublinhou, contudo: “No Santander não costumamos fazer mais negócios”.

    Banif (II): “Para nós, foi sempre um processo competitivo”

    E havia outras propostas? “Não sei. Para nós, o processo foi sempre competitivo. Nós concorremos a esse processo, um processo competitivo. Apresentámos uma determinada proposta e, no dia em que fomos apresentar a proposta, foi-nos dito que tínhamos de fazer uma nova proposta porque tinha ia haver uma resolução”.

    Banif (III): “Situações inesperadas no Banif”

    António Vieira Monteiro diz que o “Santander Totta” não tem por hábito “adquirir maus negócios, mas negócios que pensamos poderem ser bons negócios”. Foi aí que Vieira Monteiro disse o seguinte: “Atualmente, tivemos algumas situações que nós não pensaríamos que estivessem no balanço do banco”. Que tipo de situações? “Na altura devida, irão saber”, afirmou o presidente do Santander, dizendo mais tarde: “Nós encontrámos situações a todos os níveis, quer ao nível de crédito quer ao nível de outras situações”. Sobre eventuais participações criminais associadas a essas surpresas: “nós não fazemos participações desse tipo”.

    Banif (IV): “O risco (das situações inesperadas) é todo nosso”

    O Santander salientou, contudo, que o risco associado a estas “situações inesperadas” é “totalmente” do banco liderado por António Vieira Monteiro, rejeitando a possibilidade de virem a ser feitas segundas contas precipitadas por esta questão.

    Novo Banco (I): “Naturalmente, olharemos mais uma vez para o processo”

    “O Banco Santander é um grande banco e está sempre atento àquilo que se passa à sua volta. Naturalmente, olhará mais uma vez para o processo do Novo Banco”, afirmou Vieira Monteiro. “Mais do que isso não posso dizer porque ainda não sabemos os contornos – o caderno de encargos ainda não é conhecido. É na base desse caderno de encargos que estaremos em condições de decidir se estamos interessados ou não”. Mas ficou claro que o Santander irá acompanhar, “com certeza, o processo”.

    Novo Banco (II): Santander teria preferido recapitalização maior

    António Vieira Monteiro comentou, também, a medida de recapitalização do Novo Banco pode não ter sido suficiente para tornar confortável a posição da instituição. “Se calhar teria sido melhor ser mais dinheiro, para ficarmos mais contentes com a situação. Mas ainda não vimos as contas do banco, não quero fazer mais comentários” para já.

  • Conluios não existem, caros senhores

    “Conluios não existem, caros senhores”, afirmou António Vieira Monteiro, numa questão sobre se o Santander Totta tinha há mais tempo conversado com alguém sobre a compra do Banif. A fechar a conferência de imprensa, Vieira Monteiro diz que apenas tinha o conhecimento geral das dificuldades do Banif e “foi aberto um concurso: concorremos”.

  • Santander está a "analisar" redundâncias após Banif

    Sobre as redundâncias: “Estamos a identificar” redundâncias após a compra do Banif, diz Vieira Monteiro.

    “Existem agências algumas em frente às outras. Acho que algures há uma rotunda onde temos três agências”. “A racionalização das redes é um elemento crucial para a atividade. “Estamos a identificar quais são os balcões mas só depois de haver uma integração informática pode haver uma fusão plena das unidades em causa”.

    Também sobre a conta de funcionários. “Também estamos a analisar. Haverá saídas normais e pessoas que podem ser usadas noutras funções. Estamos a fazer uma análise”.

  • Vieira Monteiro "confiante no Orçamento do Estado"

    Sobre a saúde dos sistema financeiro. “Tem atravessado alguns problemas. Se não dissessemos que não havia problemas, não se teriam passado casos como os que passámos. O sistema financeiro tem de se capitalizar, tem de rentabilizar. Isso é fundamental. A consolidação vai ter de existir, não só em Portugal mas em toda a Europa”.

    Sobre a proposta do Orçamento do Estado: “Vamos ver. Ainda temos só algumas indicações gerais, mas tenho confiança na execução orçamental e que teremos um Orçamento que corresponderá às necessidades do país”

  • "O risco é nosso" nas "surpresas inesperadas

    O Santander diz que “o risco é nosso” nas situações inesperadas encontradas. É do Santander “todo o risco do negócio a partir do momento em que nós tomámos conta”. “Não há qualquer tipo de garantia estatal”, garante o Santander.

  • Santander diz que não faz "participações criminais"

    Sobre os “swaps” das empresas públicas: “Estamos a aguardar a decisão do Tribunal sobre os swaps das empresas públicas. Aguardamos calmamente a decisão que o juiz venha a tomar”.

    E será que as “situações encontradas” podem levar a participações criminais? “Participações criminais cabem às autoridades, nós não fazemos quaisquer participações criminais”, respondeu António Vieira Monteiro

  • Vieira Monteiro queria mais recapitalização do Novo Banco

    Mais sobre o Novo Banco: “Foi feita a operação de transferência de dois mil milhões (retransferidos para o BES para recapitalizar o Novo Banco). Se calhar teria sido melhor ser mais dinheiro, para ficarmos mais contentes com a situação. Mas ainda não vimos as contas do banco, não quero fazer mais comentários” para já.

    “Até agora, não tenho sentido nada de desconfiança” dos investidores sobre a medida aplicada ao Novo Banco. Não tem lido? “Não é questão de ler, é uma questão de sentir”

  • Que "situações" encontrou o Santander no Banif?

    O Santander Totta indicou que, desde a compra do Banif, encontrou “situações” inesperadas no Banif.

    “Nós encontrámos situações a todos os níveis, quer ao nível de crédito quer ao nível de outras situações”.

  • Santander encontrou "situações inesperadas" no Banif

    Sobre o governador do Banco de Portugal. “Eu não me pronuncio, não me quero pronunciar sobre qualquer autoridade de supervisão”

    Sobre o Novo Banco: “O Banco Santander é um grande banco e está sempre atento àquilo que se passa à sua volta. Naturalmente, olhará mais uma vez para o processo do Novo Banco. Mais do que isso não posso dizer porque ainda não sabemos os contornos – o caderno de encargos ainda não é conhecido”. “É na base desse caderno de encargos que estaremos em condições de decidir se estamos interessados ou não. Acompanharemos, com certeza, o processo”.

    Sobre os 283 milhões de euros de lucros do Santander (espanhol): “Qualquer aquisição, quando é efetuada, gera uma diferença contabilística, que é a reserva de fusão de aquisição. Fizemos 316 milhões de euros de provisões para o Banif, essa diferença foi de 283 milhões de euros”. Quando entram no balanço do Santander Totta, por um lado os ativos ponderados pelo risco, com a tal reserva de aquisição, explicou Vieira Monteiro, o banco teve de alocar capital novo à instituição. “Determinados movimentos contabilísticos que antes iam diretamente para o capital, mas com as novas regras entra na conta de resultados”, diz Vieira Monteiro.

    Sobre o Banif: “Nós não costumamos adquirir maus negócios. Mas tivemos conhecimento de algumas situações que não contávamos que estivessem no balanço do Santander. Durante muitos anos o banco apresentou prejuízos sistematicamente e, portanto, chegamos à situação que as autoridades determinaram, não fomos nós”.

    Sobre outras propostas pelo Banif: “Não sei. Para nós, o processo foi sempre competitivo. Nós concorremos a esse processo, um processo competitivo. Apresentámos uma determinada proposta e, no dia em que fomos apresentar a proposta, foi-nos dito que tínhamos de fazer uma nova proposta porque tinha ia haver uma resolução”

  • Venda de dívida pública suporta resultados de 2015

    A margem financeira aumentou 1,8%, para 556,3 milhões de euros, ao passo que o banco realizou mais resultados em operações financeiras (sobretudo venda de dívida pública) – quase o dobro do que tinha feito no ano passado: em 2015, foram 293,5 milhões de euros com a venda de títulos, informou hoje o banco.

  • Santander aumenta lucros em mais de 50%

    O Santander Totta lucrou 291,3 milhões de euros em 2015, um crescimento de 50,9%, informou Vieira Monteiro.

    O banco destaca, também, que o crédito a empresas aumentou 6,8%. Crédito à habitação quase duplicou face ao ano anterior (2014).

    António Vieira Monteiro sublinha que é “o crescimento orgânico” do banco (ou seja, excluindo aquisições como a do Banif) que justifica a prestação “extremamente positiva” das receitas.

    “O banco não cresce só por compras, o banco cresce sobretudo com crescimento orgânico”, sublinha o presidente do Santander Totta.

  • Prestes a começar a conferência de imprensa do Santander Totta

    O Santander apresenta esta quarta-feira, 27 de janeiro, os resultados relativos ao exercício de 2015, com uma conferência de imprensa em Lisboa que dará uma oportunidade para ouvir o presidente-executivo, António Vieira Monteiro, falar sobre a compra do Banif e sobre uma provável nova investida no Novo Banco.

    O Observador vai seguir em direto, em liveblogue, a conferência de imprensa.

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