Histórico de atualizações
  • E por hoje é tudo! Após mais um longo dia, ficou definido que o Sporting terá uma Assembleia Geral Extraordinária a 23 de junho para votar a destituição de Bruno de Carvalho como presidente do clube (além do Conselho Diretivo). Continuaremos a acompanhar todas as reações após o anúncio de Jaime Marta Soares amanhã, bem como a restante atualidade do desporto português e internacional. Até lá, boa noite!

  • O resumo de quatro horas loucas em Alvalade

    A reunião de três horas entre os órgãos sociais teve um tom diametralmente oposto à que tinha acontecido na segunda-feira, a Assembleia Geral Extraordinária avançou mesmo para 23 de junho, Bruno de Carvalho apontou para irregularidades que podem colocar em causa a reunião magna e aproveitou para dirigir uma série de ataques ao que considera ser um “ataque ao poder”. O resumo das últimas horas em Alvalade (que irão marcar os próximos dias).

    As quatro horas loucas do Sporting, da ata por assinar aos gravadores, da bomba atómica ao porta-voz de Saddam

  • Marta Soares sobre Bruno: "Tenho vergonha de um dia dizer as coisas que, efetivamente, sei sobre ele"

    O presidente da mesa da Assembleia-Geral do Sporting, Jaime Marta Soares, disse em declarações à Tribuna Expresso, que Bruno de Carvalho mal deixou falar os membros da AG e do Conselho Fiscal: “Nós falámos apenas meia hora e ele duas horas e meia. Não deixou falar ninguém só enxovalhou, insultou“.

    Em declarações ao Expresso, Marta Soares conta que a discussão azedou: “Cheguei a dizer-lhe que só me insultava quem eu deixava, não quem queria. Depois, também quis que assinássemos a ata da reunião anterior, só que era a ata Bruno de Carvalho, onde estavam as coisas que ele tinha dito e também as que não tinha dito. Avisei-o, também, que este não era o melhor caminho para ele, porque eu tenho vergonha de um dia dizer as coisas que, efetivamente, sei sobre ele“.

    Ao contrário do que Bruno de Carvalho sugeriu na conferência de imprensa após a reunião, Marta Soares diz que, nas hipóteses que estiveram em cima da mesa, a posse de uma comissão de gestão nunca foi uma delas: “Apresentámos a proposta A: se aceitasse renunciar ao cargo esta quinta-feira, ele manter-se-ia na gestão do clube e marcaríamos eleições para 19, 26 ou 29 de agosto. Ele escolheria a data que melhor lhe servisse. Esta, disse-lhe eu, era a melhor forma de parar com esta instabilidade. Disse-lhe também que a MAG tinha quatro mil assinaturas, quando são apenas precisas mil, e que as apresentaria quando ele accionasse os serviços para a sua validade. Nunca falámos numa comissão de gestão, isso é uma mentira, mentira, mentira“.

  • “Os sportinguistas não são burros. Não estamos isolados. Tenho a certeza que temos apoio, porque somos leões e não desertores.”

  • “Isto que nos aconteceu foi entregar o ouro aos nossos rivais. Vamos todos para casa e vamos todos com a sensação de que é o dia mais triste das nossas vidas. Que temos sido uns leões na defesa do Sporting! E que não assistimos a uma ponta de diálogo. Houve um monólogo para pedir a demissão. Tentámos de tudo, de tudo, [para evitar a AG]. Isto foi tudo uma encenação. Tudo mentira! Pareciam autistas. Queria falar e Jaime Marta Soares queria que eu me calasse.”

  • O SMS que Bruno de Carvalho enviou aos jogadores a seguir ao jogo de Madrid

    Ainda enquanto Bruno de Carvalho falava no Auditório Artur Agostinho, o Correio da Manhã revelou a mensagem enviada pelo presidente do Sporting aos jogadores antes do jogo com o Paços de Ferreira, o primeiro a seguir ao jogo da Liga Europa contra o Atlético de Madrid.

    “Boa tarde. Após o jogo do Paços vamos ter a conversa mais séria que vocês tiveram na vossa vida. Tenho 4 filhas e não tenho paciência para amuos ou falsos profetas. Vão perceber de vez o vosso lugar. Crianças amuadas não pertencem ao Sporting a não ser o da Covilhã. Abr”.

    Recorde-se que no fim do jogo com os espanhóis, Bruno de Carvalho escreveu um texto no Facebook no qual apontava alguns erros cometidos pelos jogadores. Os atletas responderam com um comunicado conjunto onde lamentavam a atitude do presidente. No mesmo dia, Bruno de Carvalho voltou ao Facebook e anunciou a suspensão de todos os jogadores que tinham partilhado a mensagem. No entanto, o caso acabou por ser resolvido e toda a equipa esteve disponível para defrontar o Paços de Ferreira.

  • “Jorge Jesus continua? Eu gostava imenso que isto tudo não estivesse a acontecer, gostava de não parecer o homem que está contra tudo e contra todos. Vocês, do Correio da Manhã, vão apanhar com o maior processo da vossa vida. O que vocês têm feito é criminoso! Criminoso! O que vosso diretor [Otávio Ribeiro] escreve é criminoso. Ele detesta-me e eu detesto-o.”

  • “Nós não estamos a dividir o Sporting. Estamos a agarrá-lo com unhas e dentes. Ninguém que pôs o seu pescoço , há três meses, por 25,1% está agarrado ao poder. Todos me perguntavam para quê a Assembleia Geral se já estava legitimado? Passei para uma legitimação de 90%! Mas agora já não estou legitimado porquê? Porquê?! Porque houve uns bandidos que foram à Academia? Por amor de Deus!”

  • Bruno de Carvalho: "Tudo o que é em demasia, até o chocolate, faz mal. Isto vai ter que parar"

    “Isto chega a um ponto, já tomou uma proporção tão exagerada, que eles próprios já estão a cair no ridículo. Sabem que o tempo é curto, o tempo urge. Vocês na comunicação pode fazer uma campanha, ta-ta-ta-ta-ta, mas chega a uma altura em que não podem fazer mais. Porque corre o risco de que as pessoas mudem de canal para ver o Fear the Walking Dead, porque as pessoas já estão a ficar cansadas. Tudo o que é em demasia, até o chocolate, faz mal. Isto vai ter que parar. Não há novidades. Só mentiras atrás de mentiras atrás de mentiras atrás de mentiras atrás de mentiras… Não há novidades. Infelizmente houve um ato hediondo que está a ser investigado e novidades nenhuma, zero.”

  • Bruno de Carvalho: "Tenho mais honra militar do que Frederico Varandas. Nunca se abandona um companheiro em cenário de guerra!"

    “Isto é um atropelo. E vamos informar os sportinguistas dos atropelos. Hoje não foi apresentada qualquer assinatura, nada, zero. Apenas foi só ‘temos, temos, temos’. Há coisas mais importantes do que isto. Que solução é que havia para evitar tudo isto? Nenhuma! Era terem recuado. Era, por exemplo, terem pedido alguns dias para verificarem tudo. E cumpria os mesmos 60 dias. E podíamos negociar, fazer, tirar. Se somos tão tóxicos para o Sporting porque é que nos propõem 60 dias para cá ficar? Se está em causa a honra e a reputação do Sporting? Porquê? Que lógica tem isto?! Preparar as eleições? Nós não somos políticos. O Jaime Marta Soares é que é. Não estamos em eleições. A seu tempo, o mais breve possível, iremos explicar todas as incorreções jurídicas desta bomba atómica. Vou dizer-vos: tenho sérias dúvidas que aconteça. Com estas incorreções todas, tenho dúvidas. Para que é que foi preciso todo este espetáculo degradante?! Para quê? O que é que está por detrás disto? Têm medo de rescisões? Então acontecem na mesma — daqui a 60 dias já passou o prazo. Os jogadores foram jogar a final da Taça de Portugal. Deixem-se de coisas! Havia uma solução melhor para o Sporting? Se saíssemos, viesse quem viesse, da forma que viesse, seria igual. Não é uma comissão de gestão que resolve nada. Vinha fazer o quê? Vender os jogadores ao desbarato como era costume no Sporting? Garantimos aos sportinguistas que não deixaremos o Sporting ser tomado de assalto! Nem por um militar [Frederico Varandas] nem um não militar. Se há coisa que nós não fazemos é desertar do Sporting! Eu nasci em 1972. Fui posto na reserva territorial. Mas tenho mais honra militar do que alguém que apareceu hoje a dizer que é militar. Porquê? Porque nunca se abandona um companheiro em cenário de guerra. Muito menos se passa para o lado do inimigo!”

  • Bruno de Carvalho: "A demissão e as eleições não resolvem nada disto"

    “Isto é de loucos. Um ato criminoso não pode dar nisto. É para ter muito cuidado sobre o que dizemos e deixar a polícia fazer as suas investigações. Há fumo? Poeira? Claro que há. Havia outra solução se não a nossa continuidade? Não resolvia nada a demissão. Parava o empréstimo obrigacionista na mesma, tirava todo o poder negocial de compra e venda de jogadores na mesma. Tudo o que é a prazo não conta. Tentámos convencer a Mesa da Assembleia Geral a recuar. Era a única solução. A demissão e as eleições não resolvem nada disto.”

  • Bruno de Carvalho: "Há algum dado novo que tenham apresentado neste últimos dez dias de ataque constante?"

    “Merecemos o linchamento público que estamos a receber? Há algum dado novo que tenham apresentado neste últimos dez dias de ataque constante? É sempre as declarações e todos a desmentirem: a polícia a dizer que não havia nenhuma culpa, a PGR a dizer a mesma coisa. Qual é o dado novo? Nunca foi falado no meu nome no processo [CashBall], não há absolutamente indicio nenhum para absolutamente ninguém e todos os dias dizem que vou ser preso. Rescisões? Não posso garantir nada. Nem posso garantir que estou vivo amanhã, que não tropeço aqui à saída e morro.”

  • Bruno de Carvalho: "Não há justa causa para rescisões dos jogadores"

    “Foi-lhes pedido para abandonar o seu papel de órgãos sociais e pegarem no papel de sportinguista — e acabarem com isto. Não podemos alegar que tudo aquilo que está a ser um massacre na comunicação social é uma justa causa seja para o que for. Hoje tivemos alguém que diz [Frederico Varandas] que ‘está nas minhas mãos a solução para não haver rescisões’. O que significa que não há justa causa! Se ainda ninguém percebeu espero que hoje finalmente tenha percebido. Não se pode alegar justa causa porque é o presidente A, B, C ou D. Isso não existe. Nós tentámos de tudo. É inacreditável o que aconteceu. É penoso. Nós continuamos aqui pelo Sporting. Nós temos famílias, nós temos a nossa honra, e continuamos aqui em defesa do Sporting. Fizemos todas as propostas, todas as explicações e, pura e simplesmente, as pessoas não quiseram ouvir e lançaram uma bomba atómica que pode pôr em causa muita coisa no Sporting.”

  • Bruno de Carvalho: "A única solução que havia hoje, e foi pedido, era um passo atrás"

    “Neste momento toda a gente acha que os jogadores podem sair de qualquer forma e que podem rescindir e que podem sair, e que mesmo não rescindindo agora podem sair aos valores [que quiserem] porque não temos poder negocial, pensam eles. Mas quem é que teria? Mas que poder negocial teríamos nós se tivéssemos aceitado este proposta. A única solução que havia hoje, e foi pedido, era um passo atrás. Foi pedido para ser dado por eles um passo atrás. Independentemente das relações, se estão deterioradas ou não estão deterioradas. Nós não estamos aqui para seremos amigos uns dos outros. Nós estamos aqui para defendermos os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal”.

  • Bruno de Carvalho: "Jaime Marta Soares acabou de lançar uma bomba atómica"

    “Foi explicado. Mas que lógica tem, se nós estamos a prejudicar a vida do Sporting, nos deixarem cá 60 dias? Foi-lhes explicado que o que acabou de ser anunciado por Jaime Marta Soares está cheio de irregularidades. Cheio. Jaime Marta Soares acabou de lançar uma bomba atómica. Pelos estatutos e pela lei as coisas não são assim. Mas, sabendo disso, porque foi alertado para isso, decidiu lançar a bomba atómica. Esta reunião parecia um grupo de pessoas preocupadas a falar para autómatos. Pessoas que já tinham exatamente a sua opinião formada sabe-se lá porquê, vinda de onde. Por muito que explicássemos, isto tudo estava em causa. Não fomos nós que mudámos estatutos para eleições em março. Os sportinguistas definiram isso por algum motivo, por motivos de gestão. Porque é que se faz eleições em março? Não fomos nós que decidimos isso, foram os sócios que aprovaram. Mas porquê? Porque já se fez os planteis, porque não se está sob chantagem. Porque neste momento, com esta bomba atómica que vai ser por nós desmontada o mais rapidamente possível, porque está cheia de irregularidades, apenas serviu para lançar o pânico, parar o empréstimo obrigacionista e agora nos retirar toda a força naquilo que é processo negocial da preparação da época”.

  • Bruno de Carvalho: "Não é legítimo esta pressão e coação para que nós nos demitamos"

    “Não são sportinguistas? São. Tiveram em consideração os superiores interesses do Sporting e da SAD? Não. E para nós seria muito mais fácil irmos embora, colocar tudo isto em causa. Mas não foi para isso que fomos eleitos. Não foi para isso que há três meses… as pessoas não se podem esquecer e nós dissemos tudo ao Conselho Fiscal e à Mesa da Assembleia-geral: quando não se está com um projeto, as pessoas demitem-se, vão-se embora. É legítimo para a Mesa da Assembleia-geral e para o Conselho Fiscal não quererem estar mais com este projeto. Não é legítimo esta pressão e coação para que nós nos demitamos. Se essas pessoas já não acreditam fazem eleições para os dois órgãos, não colocando em causa aquilo que é o Sporting e a SAD”.

  • Bruno de Carvalho: "Não é compreensível como é que se coloca em causa tudo isto por capricho. Porque só o podemos ver como um capricho"

    “Nós até fizemos uma proposta. Porque a proposta que nos foi apresentado no dia 21 e hoje foi a seguinte: mantermo-nos em funções 60 dias. Portanto, eram marcadas já eleições para daqui a 60 dias e, depois, dávamos a palavra aos sócios. Foi-lhes explicado que, em primeiro lugar, estava pedido por nós, e há estatutos para cumprir, uma Assembleia Geral de auscultação aos sócios. Os sócios são o maior património do Sporting. E esta direção tem este pedido feito, formal, e já tinha antes da data da primeira reunião. E iríamos discutir com todos os sportinguistas tudo aquilo que se estava a passar, sem colocar em causa minimamente tudo isto, a preparação da época, os empréstimos obrigacionistas, a reestruturação financeira. Não os conseguimos demover e fizemos uma nova proposta, quer no dia 21 quer hoje. Que, então, se a questão era por 60 dias, que nos dissessem se queriam cinco dias, 10 dias, 15 dias, 20 dias, 25 dias, para poderem ter acesso a tudo, do clube e da SAD, inclusivamente poderem falar com os jogadores, com o pessoal, com quem quisessem. E que no final desse período — que eles decidiriam qual é –, se houvesse algum indicio de algo, que nos sentaríamos a bem do Sporting, porque somos pessoas de bem e honradas. E que mesmo assim conseguiriam cumprir o desiderato de fazer as eleições, se houvesse de facto alguma coisa — e dentro até do prazo por eles delineado. Não é compreensível como é que se coloca em causa tudo isto por capricho. Porque só o podemos ver como um capricho”.

  • Bruno de Carvalho: "Não é assim que se lidam com assuntos da máxima gravidade"

    “Esta direção tentou. Inclusivamente pedimos por duas vezes, no dia 21 e hoje, que nos dessem as razões porque nos devíamos demitir, que nós sairíamos da sala, reuniríamos e falaríamos sobre essas razões para tomarmos decisões. Foi-nos dito que não queriam entrar em discussões, e nós garantimos que não iríamos discutir nada; eles apenas que dissessem as causas, que nós sairíamos da sala e iríamos falar, por duas vezes no foi negado, palavras vagas. Palavras, no meu entender irresponsáveis de ‘vocês sabem o que é’, ‘o mundo sabe que’, toda a gente sabe’, e não é assim que se lidam com assuntos da máxima gravidade que têm a ver com a queda ou não de uma direção”.

  • Bruno de Carvalho: "Isto põe em causa a preparação da época, a contratação e venda de jogadores"

    “Nós pedimos, várias vezes, dando todos os argumentos à Mesa da Assembleia Geral do clube e ao Conselho Fiscal e Disciplinar do clube, para que não fizessem isto que fizeram hoje. Nós explicámos, quer dia 21 quer hoje, aquilo que é do conhecimento público, que isto colocará em causa o empréstimo obrigacionista que seria realizado entre o final deste mês e o principio do próximo. Esta Mesa e este Concelho Fiscal não foram minimamente sensíveis aos superiores interesses do Sporting e da SAD. Não foram minimamente sensíveis àquilo que são os interesses dos acionista e dos obrigacionistas, que deram um voto de confiança muito grande a esta direção e a esta administração quando ainda há pouco aprovaram por unanimidade a dilatação do prazo do empréstimo obrigacionista que vencia agora no dia 25, passando para novembro. Deitaram abaixo todo o trabalho que nós fizemos com os bancos, com a CMVM. Esta necessidade de atrasar o empréstimo e fazer outro tinha a ver com questões de tesouraria. E foi explicado ao pormenor. À Mesa e o Conselho Fiscal, nada os podia demover, não havia nenhum interesse do Sporting que os pudesse demover. Relembro que isto põe em causa a preparação da época, a contratação e venda de jogadores, põe em causa o colocar a escrito a nova reestruturação financeira. E isto… por nada.”

  • Bruno de Carvalho: "Hoje é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting"

    “Hoje é um dos dias mais tristes que vivi no Sporting. Cada derrota, cada não conquista são marcantes, mas hoje é o momento institucional mais triste da minha vida e acredito que estou a falar por todos”, disse Bruno de Carvalho no início da declaração a seguir à reunião de hoje.

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