Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • O longo dia de negociações chegou ao fim quase dez horas depois do início da primeira reunião. Foram cinco encontros que António Costa e a sua comitiva mantiveram com os cinco partidos com quem admitem vir a entender-se: Livre, PAN, PEV, PCP e Bloco de Esquerda. Com o PAN e com o BE o diálogo continua já na próxima semana. A primeira maratona terminou há instantes. Amanhã o primeiro-ministro reúne-se com os parceiros sociais.

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  • BE quer continuar diálogo para acordo de legislatura

    Da parte do Bloco de Esquerda, o balanço é também positivo. “Foi uma reunião importante e franca“, sinalizou Catarina Martins. Os bloquistas apresentaram uma “uma proposta de caminho para um entendimento que possa ser plasmado no programa de governo”. E usou a mesma expressão que o primeiro-ministro quanto à longevidade de um eventual entendimento: “horizonte de uma legislatura”. As reuniões são para continuar.

    E se neste ponto os dois líderes pareceram sintonizados o mesmo não se pode dizer sobre a posição de Catarina Martins quanto à forma em que esse acordo pode ser selado, já que a coordenadora do BE prefere um entendimento para quatro anos com repercussão imediata no programa de governo. “Tudo vai depender da convergência que consigamos alcançar em relação às propostas do Bloco”.

    A líder bloquista explicou que a proposta que apresentou ao PS tem apenas os pressupostos iniciais para continuar a dialogar. Sempre com um objetivo: assegurar que o caminho de “recuperação de rendimentos, salários e pensões” iniciado em 2015 vai prosseguir. Se não for possível chegar a esse acordo, o partido está disponível para acordos pontuais, orçamento a orçamento.

  • PS e Bloco de Esquerda voltam a reunir-se na próxima semana

    António Costa leva ainda para avaliação propostas que o Bloco de Esquerda quer ver inscritas no programa de Governo como condição para aprovar um acordo para os quatro anos de legislatura. Depois da avaliação, mais concretamente “na próxima semana”, serão agendadas reuniões de trabalho entre os dois partidos para continuar a negociar um entendimento.

    Só depois desses encontros é que haverá uma avaliação mais concreta sobre a exequibilidade de um acordo para uma legislatura. De momento, “nada permite antecipar” qual será o desfecho destas conversas, explicou ainda o primeiro-ministro indigitado. Mas uma coisa é certa: Costa quer ter “tudo preparado” para apresentar o programa de governo dentro do prazo.

  • Terminou a reunião entre PS e Bloco

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Costa satisfeito por BE querer "continuar a aprofundar o trabalho da legislatura anterior"

    O primeiro-ministro não revelou qual o modelo em que o possível entendimento pode ser selado — “sou agnóstico em matéria de forma”, chegou mesmo a dizer — mas admitiu que para o PS “é importante que haja este horizonte de legislatura”.

    Aos jornalistas, António Costa revelou ainda que desta reunião retira outro dado positivo: a vontade dos dois partidos de “continuar a aprofundar o trabalho da legislatura anterior”. É sabido que o Bloco de Esquerda prefere o acordo escrito para toda a legislatura e o primeiro-ministro está aberto a ouvir o que o partido de Catarina Martins tem para propor e assegura estar disponível para acolher algumas das medidas dos bloquistas.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • PS e BE vão continuar a falar em busca de um acordo com "o horizonte de uma legislatura"

    Reunião entre o PS e o Bloco de Esquerda terminou há instantes. Nas declarações aos jornalistas tanto António Costa como Catarina Martins fizeram um balanço positivo do encontro.

    Para o primeiro-ministro, esta “foi uma reunião muito produtiva”. “Permitiu-nos avaliar quais as condições de trabalho em conjunto na próxima legislatura. Convergimos quanto à vontade de prosseguir trabalho. Os moldes concretos é algo que continuaremos a avaliar. Nos próximos dias teremos reuniões de trabalho para ver quais as condições de convergência e para ver qual o grau de compromisso”, disse ainda.

    Ao contrário do que aconteceu na Soeiro Pereira Gomes, António Costa sai da sede do BE com a possibilidade de vir a fechar um acordo com “o horizonte de uma legislatura”, como referiu.

  • Jerónimo acredita que programa do PS vai ser "aceitável" e rejeita fazer planos a 4 anos

    Sobre o programa de governo do PS, Jerónimo lembra que o programa de governo não pressupõe votação mas acredita que vai conter “linhas de orientação e perspetivas em matérias nucleares e temos a certeza que o PS faça um esforço para que esse programa seja aceitável, tendo em conta os problemas do povo e do país”.

    Em relação ao Orçamento, “cada ano é um ano”. “A nossa perspetiva é, no curto prazo, analisaremos e procuraremos dar uma contribuição para que o orçamento melhore”. “Daqui a quatro anos não sei se estamos todos vivos”, disse ainda, rejeitando que vá fazer com o PS um compromisso para quatro anos. É tudo caso a caso, ano a ano. “Tomar a iniciativa, dar a nossa contribuição, é o contributo que daremos, mas em última análise o PS é que determinará”, definiu Jerónimo.

  • Jerónimo recusa voltar ao posto de oposição. "Cá estaremos numa posição interventiva, para que haja avanços"

    Na fase das perguntas, Jerónimo é questionado sobre se o PCP vai voltar ao posto de oposição, mas a resposta é não. “Estaremos em tudo o que constituir avanço, melhoria das condições de vida e de direitos. Lá estaremos com capacidade de iniciativa para construir soluções que vão ao encontro deste grande objetivo”.

    Outra pergunta: A postura do PCP vai ser agora mais próxima da que o PCP teve com o último governo de António Costa ou vai voltar à postura que tinha com outros governos no PS, como foi com os governos de António Guterres ou de José Sócrates? “É um governo do PS, com um programa do PS, o PS está em condições de formar governo, e em relação a 2015 ganhou-se um mês. Portanto, é perante propostas concretas, designadamente em relação ao programa de governo ou à proposta de lei do Orçamento, que cá estaremos não numa posição que não vai ser expectante mas sim interventiva, para darmos o nosso contributo para que as coisas avancem”.

  • Catarina Martins veio receber António Costa à entrada da sede, na Almirante Reis, em Lisboa

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • PCP insiste na libertação da submissão ao euro, mas aceita "avaliar opções do PS"

    Na declaração inicial que fez aos jornalistas, Jerónimo de Sousa assumiu “valorizar tudo o que se alcançou” nos últimos quatro anos”, ainda que tenha insistido nas “limitações” devidas à “submissão ao euro, às instituições europeias” e à falta de uma “renegociação da dívida” — ideias que o PS contesta e que ficaram, por isso mesmo, fora dos acordos de há quatro anos.

    Será na busca de “uma política alternativa” e dos compromisso que “assumiu com os trabalhadores e o povo” que o PCP “se posicionará para avaliar as opções e os objetivos que o PS e o seu Governo venham a inscrever na sua ação”. E coloca o seu caderno de encargos que passa por medidas como “o aumento geral do salário mínimo para os 850 euros, o combate à precariedade, a revogação das normas gravosas da legislação laboral, do reforço dos apoios sociais”.

  • Imagens da reunião entre PS e Bloco de Esquerda

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • PCP determinará posicionamento "caso a caso"

    De seguida foi a vez de Jerónimo de Sousa que declarou a disponibilidade comunista: “Tal como aconteceu nos últimos anos será em função das opções do PS, dos instrumentos orçamentais que apresentar e do conteúdo do que legislar que o PCP determinará o seu posicionamento, vinculado que está aos compromissos com os trabalhadores e o povo”.

  • PS e Bloco de Esquerda já estão reunidos

    Comitiva do PS já chegou à sede do Bloco de Esquerda para a última reunião do dia de negociações.

  • Não haver acordo escrito como PCP "não inviabiliza" acordo escrito com BE

    António Costa regista que nenhum partido até agora contactado fechou a porta a entendimentos com o PS, avisando que no PS são “agnósticos quanto à forma”. Ou seja, não há obrigatoriedade de ter acordo escrito com todos e que pode até ter com um partido e não ter com outro.

    Questionado sobre se a não existência de um acordo escrito com o PCP inviabiliza um acordo escrito com o BE, a resposta de Costa foi “não, cada partido coloca a forma que entende”. “Respeitamos os partidos que aceitam que é útil haver um acordo escrito como os que não o consideram”.

    Também garante que não haverá tratamento privilegiado do partido que tiver um acordo escrito (até agora só o BE admitiu isto): “Não trabalharemos preferencialmente com nenhum dos partidos com quem temos mantido o contacto ao longo do dia de hoje”.

  • Costa sai do PCP sem garantia de compromisso para quatro anos

    António Costa também não saiu com a garantia de um compromisso do PCP para esta apreciação no quadro de toda a legislatura. “A questão não foi colocada nesses termos”, respondeu o líder do PS: “O que foi manifestados foi a disponibilidade para a apreciação conjunta”.

  • Próximo encontro com o PCP só para negociar o primeiro Orçamento

    O líder socialista fez ainda saber que o PCP reafirmou ser desnecessário um “acordo escrito para horizonte da legislatura”. Admitiu que se possa “dar expressão no programa do Governo” a medidas que o PCP deseja, mas não haverá mais reuniões com os comunistas, a próxima reunião será apenas para a negociação do primeiro Orçamento do Estado da legislatura.

  • PCP disponível para "apreciação conjunta" de Orçamentos

    António Costa faz agora declarações aos jornalistas e diz que o PCP fez saber que “estão reunidas todas as condições para que PS possa formar o Governo e iniciar a governação” e que o partido “revelou disponibilidade para fazermos avaliação e apreciação conjunta de matérias que exijam intervenção parlamentar”, caso dos Orçamentos do Estado.

  • Cerca de uma hora e meia depois, Costa sai da reunião com o PCP

    Foi a reunião mais longa, até agora. Só passado cerca de uma hora e meia de ter entrado para se reunir com o PCP é que António Costa saiu da sala de reuniões.

  • Imagens da sala onde PS está reunido com PCP

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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  • António Costa já está reunido com o PCP

    O líder socialista já chegou à sede do PCP para a reunião com o partido em busca de um acordo político que permita estabilidade para uma legislatura ao seu Governo. Chegou acompanhado da comitiva socialista (Carlos César Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes). Tinha o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, a recebê-lo, bem como João Oliveira, Jorge Cordeiro e Francisco Lopes, todos membros do Comité Central do PCP.

    Do lado comunista a comitiva negocial é exatamente a mesma de há quatro anos. Jorge Cordeiro, um histórico do partido, já esteve noutras negociações com António Costa, caso da Coligação por Lisboa em 1989.

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