Onze companhias e igual número de espetáculos, cinco dos quais estreias, preenchem o programa do 37.º Festival de Teatro do Seixal, que começa na sexta-feira no auditório do Fórum Cultural do Seixal, um dos palcos principais do certame.

Entre as estreias estão quatro peças de outras tantas companhias do concelho, como “A Pulga atrás da orelha”, com que o Teatro da Terra (Seixal) regressa à obra de George Feydeau (1862-1921), um dos dramaturgos franceses ligados ao género ´vaudeville`, refere uma nota da organização.

“Atalhos (Ou sobre o caminho mais comprido entre dois pontos” (dia 20), uma criação do Teatro do Vestido, com texto e direção de Joana Craveiro, tem também estreia no certame, que termina em 05 de dezembro.

“O mundo é redondo”, uma criação do Teatro do Bairro/Ar de Filmes de uma adaptação para teatro de um texto de Gertrude Stein, traduzido por Luísa Costa Gomes e encenado por António Pires, é a peça que abre o festival.

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À semelhança da abertura — assinalada pela apresentação de uma peça que foi distinguida pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2019 como Melhor Espetáculo de Teatro –, o festival também fecha com uma peça premiada.

“O sr. Ibrahim e as flores do Corão”, uma criação do Teatro Meridional, com versão cénica e interpretação de Miguel Seabra, que foi Prémio do Público na edição de 2012 do Festival de Teatro de Almada, é a peça que encerra a edição deste ano do festival.

“Não se ganha, não se paga!”, uma criação do Teatro Ubu (Almada) a partir da obra homónima do dramaturgo italiano e Prémio Nobel da Literatura em 1997, Dario Fo, interpretado e encenado por Ana Nave, é outro dos espetáculos que constam do programa (dia 21) e que se apresenta, pela primeira vez, em itinerância.

Dos espetáculos a apresentar por companhias locais figuram, entre outros, “A…guardando”, pelo Animateatro (dia 27) e “A família invisível”, pelo Teatro Fusão (03 de dezembro).

“A força do hábito” (04 de dezembro), um texto de Thomas Bernhard que Nuno Carinhas encenou para o Teatro das Beiras, é outra das propostas do festival (04 de dezembro).

Além dos dois edifícios municipais que são palcos principais do certame — Fórum Cultural do Seixal e Cinema S. Vicente, na aldeia de Paio Pires –, acolhem os espetáculos outras salas daquele concelho da margem sul do Tejo, como o Espaço Animateatro, a Sociedade Filarmónica Operária Amorense, Associação de Amigos do Pinhal do General, a Sociedade Filarmónica União Arrentelense, Associação de Moradores dos Redondos e o Ginásio Clube de Corroios.

Promovido pela Câmara Municipal do Seixal e com longa tradição no concelho, o festival assume este ano a responsabilidade de afirmar o futuro do teatro, com um conjunto de estreias, dramaturgias e a presença de companhias jovens, abordando temas direcionados para públicos de todas as idades, acrescenta uma nota da autarquia local.