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  • Termina aqui este liveblog. Daqui a poucas horas poderá acompanhar-nos novamente durante o debate entre os líderes dos seis partidos com assento parlamentar. Até lá vai poder ler, no Observador, análises rápidas do debate e uma análise mais global sobre o que aconteceu entre Rui Rio e António Costa. Até já!

  • António Costa "perplexo com inconsistência" do PSD

    À saída do debate, António Costa manteve um tom bastante crítico, nomeadamente no que diz respeito às “mudanças de posição” de Rui Rio, nos últimos debates.

    “Fica cada vez mais claro a inconsistência das posições do Dr. Rui Rio e do PSD. Têm outdoors afixados a dizer ‘Montijo já’ e no programa têm que se deve rever essa decisão, na questão dos professores ficamos sem saber se foi Rui Rio enganado ou o Dr. Mário Nogueira”, enumerou António Costa acrescentando o exemplo da posição do PSD sobre os passes sociais: “O PSD votou contra e agora metem os pés pelas mãos para saber se mantêm ou não”.

    Sobre uma eventual situação de bloco central, António Costa diz que “só faz sentido em situações absolutamente extraordinárias de calamidade nacional”.

    “A democracia vive de alternativas e, em Portugal, no nosso sistema partidário são as alternativas polarizadas à direita pelo PSD e à esquerda pelo PS. Um governo do PS e do PSD compromete a hipótese de gerar alternativas para os cidadãos, e é muito importante que as alternativas existam sempre. Tivemos a possibilidade nestes oito anos, depois de um governo do PS haver um governo de direita, no final houve um juízo em que maioritariamente os portugueses queriam uma mudança, foi possível assegurar essa mudança de política e agora temos outra vez oportunidade de ser julgados”, afirmou António Costa.

    Quanto à permanência de Mário Centeno no governo António Costa preferiu responder que “cada coisa a seu tempo”, não esclarecendo se o atual ministro das Finanças estará disponível para ocupar a pasta durante toda a próxima legislatura.

    Num momento de declarações bem longo, em jeito de entrevista ao ainda primeiro-ministro, António Costa aproveitou para recordar que o INE “tem revisto em alta as estimativas para o crescimento da economia”, piscando o olho aos eleitores ao acrescentar que é preciso “prosseguir nesta trajetória com firmeza”.

  • Rui Rio: "O meu Centeno vai estar os quatro anos"

    Em declarações aos jornalistas, à saída do debate, Rui Rio clarificou que quando fala do seu Centeno se está a referir a Joaquim Sarmento e que este “irá estar os quatro anos”, ao contrário daquilo que prevê que aconteça com Mário Centeno (quando o mandato como presidente do Eurogrupo terminar no primeiro semestre de 2020).

    No programa o PSD afirma que “o país não suportará mais quatro anos de crispação, de políticas erradas, de facilitismo e de indisciplina nas escolas” e, questionado sobre se admite “voltar ao tempo das reguadas”, o líder do PSD defendeu que é necessário “rever os regulamentos das escolas” e o “discurso político e pedagógico” para que os professores sejam protegidos da “indisciplina crescente dos alunos”.

  • O frente-a-frente entre Rui Rio e António Costa já terminou.

  • Costa desaperta punhos da camisa para mostrar: "Continuo sem cartas na manga"

    Depois garante que em 2015 não escondeu nada e que a fórmula de governação à esquerda foi defendida por ele mesmo “no dia em que se apresentou nas primárias do PS em junho de 2014”. E desapertou mesmo os punhos da camisa para mostrar: “Continuo sem cartas na manga. Governarei sem cartas na manga”.

  • Costa sugere que BE mudou de posição em 2015 depois de reunião PS/PCP

    Sobre o day after, António Costa não se compromete com uma solução governativa específica e não dispensa o PSD de conversações. Perante a pergunta específica sobre se governaria com o PSD, responde: “É fundamental termos estabilidade, há quatro anos rompemos tabu”. Mas depois acrescenta: Veremos qual será a solução a 6 de outubro. Se houver muita indecisão teremos de esperar para conhecer”.

    Também disse esperar que tal como “há quatro anos” O Bloco, que “fez do PS o seu adversário de campanha” possa negociar no dia seguinte se for chamado a essa responsabilidade. E que “reveja a sua posição mais cedo” e não só “depois da reunião do PS com o PCP”.

  • Rio. "Se BE e PS precisarem de se entender, entendem-se na mesma"

    “Se ele fosse enumerar os meus adversários internos era uma lista enorme”, nota Rui Rio num aparte para António Costa.

    Arrufo entre PS e BE é uma encenação? “É, há arrufos que não dão necessariamente em divórcio. Se precisarem de se entender, obviamente que se vão entender na mesma”, responde Rui Rio.

  • Costa para Rio: "Seis meses do meu Centeno seriam melhores do que quatro anos do seu"

    Costa ataca Rio na questão dos professores com a aprovação, na votação na especialidade no Parlamento, a recuperação do tempo congelado aos professores (que depoi so PSD acabou por não aprovar na votação final). Costa recupera o episódio para dizer que não promete aos portugueses o que não pode: “Não digo numa noite que lhes vou dar tudo e depois venho dizer que não foi isso que tinha sido acordado”.

    Também acusa Rio de não ter no seu cenário macroeconómico “verba” para esta devolução, mas apenas “para pagar as progressões que estão automaticamente decididas. Não paga um tostão a mais para atualização de nenhum salário do Estado e não consegue contratar nem mais um funcionário para a Administração Pública”.

    “Pode gostar muito do seu Centeno mas os portugueses preferem o meu Centeno que é de contas certas”, atira ainda a Rio: “Seis meses do meu Centeno seriam melhores do que quatro anos do seu”.

  • Rio só admite bloco central se houver uma situação extrema de crise

    Perguntas rápidas. Numa situação de crise, o PSD admite bloco central com o PS?

    “A história diz-nos que numa situação limite da situação nacional convergimos os dois. Poderá haver outros momentos da historia em que tenha de ser”, diz Rio.

    Mas coisa diferente é haver acordos entre PS, PSD e outros partidos, que isso Rio acha desejável para levar a cabo reformas de regime.

    “Uma crise externa idêntica à que aconteceu em 2011 é um cenário em que isso [bloco central] possa eventualmente acontecer”, afirma por fim.

  • Luta de Centenos: o meu é melhor que o teu

    Ainda sobre a luta de Centenos:

    Rio: “O seu Centeno está farto do Ministério das Finanças e diz que se o PS ganhar fica até ser presidente do Eurogrupo, mas depois vai-se embora”.

    Costa: “Antes 6 meses do meu Centeno do que 4 anos do seu”.

  • O primeiro-ministro é ainda confrontado com a necessidade de uma reestruturação da dívida e garante: “Nunca fui defensor da reestruturação da dívida e hoje, ao olharmos para o quadro de juros da dívida, percebemos bem o custo enorme” que teria essa visão.

    O líder socialista indiciou como “momentos decisivos” para a questão da dívida a redução dos juros em setembro e outubro de 2017, com a saída do preocedimento do défice excessivo, a notação do rating e a venda do Novo Banco que foi determinante para a queda dos juros da dívida”.

    E volta a dizer que “uma coisa é reestruturação da dívida no quadro da União e outra é unilateral”.

  • Rio anuncia lançamento de uma "nova série" dramática: "O Bloco de Esquerda é perigoso"

    Sobre a redução dos juros da dívida pública, Rui Rio tenta desmontar tese do PS e diz que não é como António Costa diz. “A primeira razão para a redução dos juros tem um nome e chama-se política do BCE. É o BCE que tem reduzido as taxas de juro na Europa, não apenas em Portugal. O governo pode dizer que não estragou tudo, mas daí a dizer que eles é que fizeram, não, quem fez foi o Banco Central Europeu”, diz.

    Agora, Rio ataca Costa falando numa “nova série que anda aí chamada ‘O Bloco de Esquerda é perigoso’: olhem para a Espanha e para o Podemos, não pode ser assim”. Rui Rio até concorda com essa série, mas nota a evidente “contradição entre o que o PS dizia sobre o BE e o que diz agora”.

  • António Costa é confrontado com medidas na área da Educação e se se resumem à distribuição de tablets, mas recusa que seja só isso apontando “duas grandes reformas: a flexibilização dos currículos e a flexibilização das escolas”.

  • Rui Rio: "Pimba, pimba, pimba. Nos últimos sete meses abriram concursos para tudo"

    Rui Rio diz que os últimos meses da legislatura têm sido bem preenchidos com “anúncios de abertura de concursos” não apenas para a compra de comboios.

    “Nos últimos seis, sete meses anunciou abertura de concursos para tudo. Não é só nos comboios é umas atrás das outras, até promoções nas forças armadas. Foi pimba, pimba, pimba, umas atrás das outras, sempre a dar”, atirou Rui Rio acrescentando que esta será uma boa campanha eleitoral onde vão “poder exigir” que o PS dê seguimento.

    António Costa interrompe para dizer que a “oposição exigente melhora sempre a governação” e aproveitou para recordar a reversão da “asfixia do poder de compra das famílias” pela qual tinham sido responsáveis o PSD e CDS.

  • Educação. Rio quer mais "disciplina nas escolas" para não afastar bons professores

    Sobre o programa de investimentos proposto pelo PSD, nomeadamente na educação, Rio destaca “um elemento vital” que é a crescente aposta nos jardins de infância. “Antes dos 6 anos, esse elemento é condicionador do futuro da criança”, diz Rio, falando depois da crescente indisciplina dos estudantes e das crianças que também afasta as pessoas da docência. “Somos a favor da disciplina nas escolas, porque é verdadeiramente pesado aturar o que os professores têm de aturar”, diz Rio, afirmando que isto também deve ser alvo de discurso político e de medidas políticas.

  • "Não podemos andar aqui a perder tempo", responde Costa a Rio

    António Costa explica que a “medida difere” entre áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais por decisão das próprias. Depois garante que nos últimos anos o Governo lançou “concursos para a aquisição de 700 novos autocarros em todo o país e 10 novos navios e 22 novas composições para a CP e repor a capacidade do metro de Lisboa e recuperar a EMEF”.

    E recusa que esteja a governar ao sabor das eleições, justificando que as contratações surgiram agora porque “um comboio demora cinco anos a vir. Não íamos adiar cinco anos [a medida dos passes sociais] com as famílias a não recuperarem rendimentos” porque os comboios não estavam prontos. “Não podemos andar aqui a perder tempo. É ir fazendo o resto ao mesmo tempo “.

  • “A medida é boa, e sendo boa não vou anular a medida. Vamos manter a medida. Mas vamos fazer bem”, volta a dizer Rui Rio perante a pergunta do jornalista sobre se, se fosse primeiro-ministro, revogava ou não a medida dos passes sociais. Ao que Costa aplaude: “já é um passo, votou contra e agora diz que vai manter a medida”, diz. Mas Rio lembra que o PSD só votou contra por causa da falta de igualdade no território nacional.

  • Rio sobre passes sociais. "Uma boa medida, mas feita em cima do joelho por causa das eleições"

    Finalmente, os passes sociais. “Não vai daqui o dr. António Costa triste porque não falámos dos passes sociais”. Para Rio, o problema é que foi “feito em cima do joelho porque havia eleições europeias, e depois legislativas”. “Foi feito em cima do joelho porque tem já os operadores a berrar por falta de pagamento, e depois há a desigualdade territorial. Claro que foi bom para a área metropolitana de Lisboa e do Porto, mas isto não foi feito com pés e cabeça para as outras áreas”, diz Rio, que ainda aponta o dedo à escassez de oferta. Resultado: degradação dos serviços.

    Ou seja, “foi uma boa medida, mas feita de forma desajeitada. Não é que eles não saibam fazer bem, havia era eleições à porta”, ironiza.

    Costa ainda insiste com Rio para dizer se revogaria a medida dos passes sociais ou não. “Não revogo, mas melhoro”, responde.

  • TAP: Costa diz que prejuízos não mostram que privatização falhou

    Antes de começar a responder à questão do investimento privado, Costa ainda atira a Rio que “houve um grande silêncio” sobre a questão do passe social único. Rio promete que lhe responde a seguir.

    Depois, o líder socialista garante que as “empresas estão a modernizar-se para produzir mais” e pelo meio fala do exemplo da TAP. É confrontado com o sucesso da privatização de parte da TAP já que a empresa voltou a ter prejuízo. A resposta: “Termos recomprado parte do que o Estado tinha vendido é essencial. Se David Neelman falir isso não pode significar a falência da TAP. País não se pode dar ao luxo de não ter companhia de bandeira”.

    Diz ainda que “os resultados das empresas não se medem ao semestre” e confrontado se tem confiança na gestão da TAP, o primeiro-ministro nunca responde diretamente, escuda-se em sublinhar que a TAP “está a fazer um grande investimento de longo alcance para crescer para o mercado norte-americano e tem neste comento um investimento significativo”. O jornalista insiste se mantém confiança e a resposta é que “a gestão do dia a dia não compete ao Estado. O Estado tem poderes de controlo”.

  • "O senhor tem o seu Mário Centeno mas eu também tenho o meu", diz Rio

    Rui Rio diz que “já sabia que o dr. António Costa ia falar na TAP e na compra das aeronaves”. “O dr. António Costa tem o seu Mário Centeno mas eu também tenho o meu”, ironiza Rio, ao que Costa responde “mas eu não troco o meu pelo seu!”.

    “Portugal é a quarta maior dívida externa da UE, temos de ter muito cuidado com o saldo externo porque foi isso que determinou a vinda da troika para Portugal. Não estou a dizer que isso vai acontecer, mas o caminho que estamos a seguir não é o caminho certo. O aumento das exportações no PIB é vital”, diz Rio, sublinhando que em relação ao investimento, claro que se invisto mais tenho de importar mais maquinaria.

    Costa diz que essa diminuição se deve ao aumento grande de importação de maquinaria.

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