Histórico de atualizações
  • Em entrevista à Reuteurs, Christine Lagarde afirma que a Grécia deve iniciar uma reforma à sua economia antes dos credores europeus atenuarem a dívida.

    “Considerando onde estamos, é preferível um movimento deliberado com vista a reformas para que isso seja acompanhado pelo outro lado da balança”, disse a líder do FMI.

    O liveblog do Observador despede-se por hoje.

    Obrigada por acompanhar-nos desse lado.

  • "Estamos dispostos a aceitar medidas difíceis" diz Varoufakis

    Em declarações à televisão estatal grega, no final da tarde, Varoufakis mostra-se confiante num acordo pós-referendo, já que os credores da Grécia querem encontrar uma solução: “Na segunda-feira, os credores terão a mensagem do povo grego. Eles estão prontos para um acordo, mas queriam ouvir o povo”, disse.

    Já a Grécia, por seu lado, quer ter na “segunda-feira de manhã uma discussão substancial sobre uma solução viável”, ou seja, que contemple as suas propostas sobre uma reestruturação da dívida e sobre a retoma da economia: “Estamos dispostos a aceitar medidas difíceis” se essas condições estiverem presentes, noticia a Lusa.

    O levantamento do controlo de capitais e do encerramento dos bancos, em vigor desde segunda-feira passada, é possível “imediatamente” após um acordo, acrescentou.

    Varoufakis prosseguiu afirmando que o FMI, os Estados Unidos e muitos outros governos mundiais, assim como “os economistas mais independentes”, acreditam que a dívida deve ser reestruturada.

    O próprio Eurogrupo, afirma, admitiu em novembro de 2012 que a dívida devia ser reestruturada, “mas agora recusa comprometer-se” a fazê-lo.

    Varoufakis repete que a permanência da Grécia na zona euro e na União Europeia “não é negociável” e assegura que os depósitos nos bancos gregos “estão seguros”.

    Como o Observador já tinha avançado ao final da tarde, o ministro grego reforçou na ERT TV o apelo ao “não”: “O futuro pede uma Grécia orgulhosa dentro da zona euro e no coração da Europa”, conclui o ministro, para afirmar que isso implica que os gregos digam “não” no domingo para sustentar a posição helénica.

  • Moody´s baixa rating da Grécia

    A Moody´s acaba de baixar o rating da Grécia de Caa2 para Caa3, o nono nível de livo, e o corte pode não parar aqui. De acordo com a Bloomberg, a Moody´s acredita que sem o apoio financeiro dos credores a Grécia entra em default.

  • Passos Coelho admite novo resgate à Grécia

    Por cá, Pedro Passos Coelho admite que a ajuda à Grécia passa por um novo programa de resgate à Grécia, mas só depois do referendo, avança a Lusa.

    Confrontado com a declaração de Michel Sapin, que afirmou que os mais duros nas negociações com a Grécia são os países mais pequenos, o primeiro-ministro responde:

    O processo negocial é conduzido pelas instituições e não pelos ministros das Finanças. O que os ministros das Finanças fazem é responder às avaliações que são feitas por estas instituições sobre as negociações que têm lugar. Mas não são parte directa das negociações”, garantiu Passos. Assim, asseverou, “esse comentário nem sequer faz sentido.

    De acordo com o primeiro-ministro, será “pedido de terceiro programa”, porque “a Grécia vai precisar de mais dinheiro”. Acrescenta: “estas necessidades [de financiamento da Grécia] existem qualquer que seja o Governo grego e qualquer que seja o resultado do referendo”.

    Negociações essas que, reafirma, só serão retomadas depois de domingo, já com os resultados do referendo em cima da mesa.

  • Nova sondagem mostra "sim" à frente dos votos

    Uma nova sondagem realizada esta noite mostra uma mudança na intenção dos gregos. O “sim” fixa-se nos 47.1%, ultrapassando o “não” que para nos 43.2%. Apenas 6.3% dos gregos está indeciso.

  • Jeroen Dijsselbloem responde à carta de Tsipras

    O primeiro-ministro grego recebe agora a resposta à carta que enviou ao Eurogrupo. Jeroen Dijsselbloem reforça a ideia já espalhada: não haverá mais conversas até domingo.

    Tendo em vista a sua carta, gostaríamos de relembrar que a 20 de Fevereiro as autoridades gregas acordaram reiterar o seu compromisso inequívoco e honrar as suas obrigações financeiras com todos os seus credores

    Segundo, só voltamos ao seu pedido de resgate financeiro depois dos resultados de domingo.”

    Twitter:

    https://twitter.com/EUCouncilPress/status/616323138620649472

  • Declarações de Varoufakis à televisão grega

    Varoufakis sublinhou que o povo grego pode deixar uma mensagem clara aos credores através do voto de domingo. Na segunda-feira, diz, espera retomar as negociações para chegar a uma “solução sustentável”. O ministro excluiu em eventual Grexit, avança o The Guardian.

  • Varoufakis: "Porque defendemos o NÃO em 6 pontos"

    O ministro grego das Finanças colocou no seu website as seis razões por que o Governo do Syriza defende o “Não” no referendo do próximo domingo:

    “1. As negociações ficaram paradas porque os credores a) se recusaram a reduzir a nossa dívida pública que é impagável b) insistiram que ela deveria ser paga “parametricamente” pelos membros mais vulneráveis da nossa sociedade, as suas crianças e os seus netos

    2. O FMI, o governo dos Estados Unidos e muitos outros governos do mundo e a maioria dos economistas independentes, acreditam – tal como nós – que a dívida deve ser reestruturada

    3. Em novembro de 2012 o Eurogrupo concedeu que a dívida devia ser reestruturada, mas agora recusa comprometer-se com a reestruturação

    4. Desde o anúncio do referendo, autoridades europeias têm enviado sinais de que estão dispostas a discutir a reestruturação da dívida. Esses sinais mostram que as autoridades europeias também votariam “Não” à sua própria oferta “final”

    5. A Grécia vai ficar no euro. Os depósitos nos bancos gregos estão a salvo. Os credores escolheram a estratégia da chantagem, baseada no encerramento dos bancos. O corrente impasse deve-se a esta escolha dos credores e não ao facto de o governo grego ter descontinuado as negociações ou a qualquer ideia que a Grécia tenha de sair do euro. O lugar da Grécia na zona euro e na União Europeia não é negociável.

    6. O futuro requer uma Grécia orgulhosa dentro da zona euro e no coração da Europa. Este futuro requer que os gregos digam um grande “Não” no domingo, que digam que vamos ficar na zona euro e que pelo poder que esse “Não” nos confere, vamos poder renegociar a dívida pública da Grécia assim como decidir como será feita a distribuição dos esforços entre os ricos e os pobres.

  • O BCE optou, também, apesar da falha de pagamento ao FMI, por não mexer nos requisitos de colateral aplicados aos ativos gregos. O que isto significa é que o BCE vai continuar a aplicar os mesmos “descontos” – não vai aumentá-los – quando os bancos gregos apresentam ativos gregos (tais como como dívida pública) como garantia para obterem novo financiamento. Caso esses requisitos de colateral tivessem aumentado, os bancos gregos teriam dificuldades redobradas para renovar os empréstimos que lhes estão concedidos neste momento pelo BCE.

  • BCE mantém limite ao acesso da plataforma de liquidez de emergência

    BCE mantém limite ao acesso da plataforma de liquidez de emergência (ELA), avança a Bloomberg. O limite continua em 88,6 mil milhões de euros, o que é suficiente tendo em conta que os bancos estão fechados e estão a ser aplicados controlos de capitais. Mas o BCE recusa aumentar este teto por ver que as negociações entre credores e Atenas estão, aparentemente, paradas.

  • Vídeo de Dijsselbloem com conclusões da conferência já está online

    O vídeo do ministro das Finanças está finalmente online. Dijsselbloem confirma o que outros ministros já tinham adiantado e diz não haver motivos para negociar com o executivo grego antes do referendo de domingo.

    Jeroen Dijsselbloem explica que na conferência de hoje o Eurogrupo analisou as duas cartas recebidas pelo primeiro-ministro grego e a “situação política do país”. O pedido de extensão de um novo programa voltou a ser falado, mas a decisão mantém-se: “a situação política não mudou daí que, infelizmente, o programa antigo expirou às 00h de ontem”.

    O ministro fala ainda da contra-proposta do governo grego, que queria “emendar” as propostas das instituições: “Neste momento nós simplesmente recusamos essas propostas”, diz. As razões são as esperadas: a situação política, a rejeição das propostas anteriores por parte do executivo grego, e a decisão de lançar um referendo e apelar ao “não”. “Não vemos motivos para seguir com as negociações neste momento”, afirma Dijsselbloem.

    A ideia é, aliás, haver uma pausa total nas “conversas” do Eurogrupo, assim como entre a Grécia e as instituições.

  • "Grécia deve delinear um plano realista para salvar a economia", diz Stubb

    A flexibilidade do Eurogrupo para renegociar com o governo grego mantém-se. Alexander Stubb afirma que “os países europeus continuam prontos para negociar com a Grécia e resolver a situação”, mas ” a Grécia deve delinear um plano de medidas realistas para salvar a economia” assim como” comprometer-se a implementar esse plano”, avança a Bloomberg.

    O ministro das finanças finlandês diz ainda que o discurso de Tsipras não “fortalece a confiança no governo grego”.

  • A espera continua. As conclusões da conferência do Eurogrupo são reveladas hoje à noite.

  • Terminou teleconferência do Eurogrupo

    Jeroen Dijsselbloem vai explicar as conclusões em vídeo dentro de momentos.

    Conclusões serão expressas numa carta a Tsipras, diz o FT, explicando que não haverá negociações antes do referendo.

  • Donald Tusk escreve na sua conta do Twitter sobre a “vontade” da Europa para ajudar a Grécia. Mas, diz, “[ a Europa] não pode ajudar ninguém contra a sua própria vontade”. Para o presidente do Conselho Europeu a solução imediata é aguardar: “vamos esperar pelos resultados do referendo grego”, acrescenta.

  • Itália diz que "é impensável que outros governos paguem pensões gregas"

    Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano, está em conferência de imprensa com Angela Merkel e diz que “é impensável que a Itália e os outros governos financiem as pensões gregas”.

    O italiano garante que respeita “a vontade popular dos gregos” mas diz que o referendo é “um erro”.

    Já Angela Merkel diz que, antes de haver mais negociações, “o povo grego precisa de ter o referendo”, que “é uma decisão para o povo grego”. A chanceler alemã garante, também, que a “relação pessoal” com Alexis Tsipras não saiu prejudicada pelos desenvolvimentos recentes.

  • Tsipras fala (finalmente) na televisão pública. "Votem Não'"

    As primeiras declarações, traduzidas pela Bloomberg:

    – “Referendo não é sobre ficar no euro ou sair do euro”

    – “Governo vai procurar solução sustentável”

    – “Grécia recebeu oferta melhor para o alívio da dívida depois da convocação do referendo”

    – “Se houver desenvolvimentos positivos no Eurogrupo, iremos reagir”

    – “Europa tem de dar espaço e tempo aos gregos”

    – “Credores transferiram a chantagem do governo [grego] para os cidadãos”

    – “Estamos a lutar para proteger as pensões das pessoas”

    – Referendo segue em frente. Tsipras recomenda votação no Não.

    – “As dificuldades sentidas pelo povo grego serão temporárias”

    – “Não temos qualquer intenção de levar a Grécia para fora da zona euro”

    – “Eles dizem que temos um plano secreto para tirar o país do euro. É mentira”

    – “Depósitos, salários e pensões estão seguros”.

    – “Encontraremos uma solução imediata após o referendo”

  • Não foi Varoufakis quem colocou faixa "Não" no Ministério das Finanças

    Yanis Varoufakis respondeu no Twitter a uma interpelação garantindo que não é da sua responsabilidade a colocação de uma faixa a defender o voto no “Não” no referendo. Foram sindicalistas que não pediram a autorização do Ministério para colocar a faixa.

  • Pensionistas marcham a pedir que lhes paguem as pensões

  • Um ponto de situação (o possível)

    • A Europa aguarda mais um discurso de Alexis Tsipras à nação, através da televisão pública.
    • O primeiro-ministro grego enviou ontem à noite uma carta aos líderes das instituições, à mesma hora a que milhares de manifestantes pelo “sim” no referendo se juntaram à frente da Praça Syntagma.
    • A carta de Tsipras dizia que a Grécia estava disposta a aceitar a proposta dos credores que tinha sido rejeitada no fim de semana, com algumas “emendas e clarificações”.
    • Essas “emendas” dizem respeito a questões como o IVA nas ilhas gregas e ao momento da aplicação de algumas reformas no campo das pensões e da execução orçamental.
    • Fontes europeias disseram que, apesar desta “capitulação” de Alexis Tsipras (que o governo nega), algumas das “emendas” propostas não caíram bem.
    • Os ministros das Finanças da zona euro vão discutir a situação às 16h30 (hora de Lisboa), numa teleconferência que estava originalmente marcada para as 10h30.
    • Angela Merkel e Wolfgang Schäuble já falaram esta manhã sobre a crise grega e garantiram que não haverá mais negociações antes do referendo que está marcado.
    • Ainda não se sabe se o governo grego admite cancelar o referendo, mas saíram esta manhã as primeiras sondagens. Dão a vitória ao “Não” com 46%, contra 37% pelo “Sim” e 17% indecisos.
    • No resto da zona euro, os mercados estão tranquilos e subiram depois das notícias da “capitulação” grega.

1 de 3