Histórico de atualizações
  • Despedimo-nos aqui da cobertura em tempo real sobre o futuro da Grécia. Voltaremos amanhã para acompanhar os próximos acontecimentos.

    Boa noite.

  • Segundo avança a agência Lusa, a bolsa nova-iorquina encerrou esta quinta-feira em baixa ligeira com nervosismo sobre a Grécia, com os investidores a entenderem que não tinham motivos de sair da posição de expectativa em que se colocaram com o referendo no país. Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,16% (27,80 pontos), para as 17.730,11 unidades, e o Nasdaq 0,08% (3,91), para as 5.009,21.

  • O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, declarou esta quinta-feira nos Açores que “há um radicalismo que não se importa de dar cabo de tudo, por razões ideológicas”.

    “Fere a nossa sensibilidade ver aquelas imagens da classe média à frente de multibancos vazios e sem saber o que acontecerá às suas poupanças e às suas vidas. Lembra-nos o confisco que não há muitos anos aconteceu na Argentina e no Brasil”, lembrou, defendendo que Portugal fez “um grande esforço e já terminou o programa com a troika; não pediu mais dinheiro nem mais tempo; evitou um programa cautelar na saída; vai ter um défice inferior a três por cento e fica livres de sanções; antecipou o pagamento total do empréstimo do FMI, porque conseguiu juros mais em conta nos mercados; a economia está a crescer mais do que a média da zona euro e há confiança.”

  • Na minha opinião, a Grécia não sairá do euro, fará tudo para chegar a um acordo”.

    Frase de Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano à televisão pública italiana Rai 1 esta quinta-feira.

  • Marisa Matias: o radicalismo está nas instituições, não no Syriza

    A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, diz que o radicalismo não está no governo grego, mas nas instituições europeias e internacionais. “Onde está o radicalismo e extremismo? Está no Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia, no Eurogrupo, e em todos e todas que acham que na Europa não pode haver alternativa. Isso sim é radical, isso sim é extremista”, vincou a eurodeputada.

    Para a bloquista, a Grécia é a “prova de fogo” do projeto europeu. “Aconteça o que acontecer, este momento é o momento da prova de fogo: ou a União Europeia tem condições para continuar como projeto democrático, ou não tem.” E acrescentou: “Os problemas estruturais da Grécia são também de Portugal e, no final de contas, de todo o projeto europeu”.

  • O Wall Street Journal fez um cálculo de como seria a economia da zona euro sem a Grécia: a produção económica cairia 1.8%, o PIB per capita subiria 1.5% e a dívida pública global na área da moeda única seria reduzida em 3,4%.

  • Em Atenas já quase só há notas de 50€

    O enviado especial do Observador à Grécia, Nuno Martins, confirmou durante o dia de hoje que, na maioria dos multibancos da capital grega já só existem notas de 50€, o que faz com que os cidadãos já não estejam a conseguir levantar o valor diário permitido pelo governo desde que foi implementado o controlo de capitais que era de 60€ por pessoa. Mais. Já há caixas multibanco sem dinheiro.

  • O presidente da Câmara Municipal de Atenas, Giorgos Kaminis, afirmou ao diário Ekathimerini que, independente da decisão do referendo, o povo grego deve permanecer unido após a decisão. Ele adverte, no entanto, para a possibilidade de rejeição à Europa. “Como resultado deste referendo, o nosso país se arrisca a ser completamente isolado da União Europeia e a ter de enfrentar privações e ameaças ainda piores”, acrescentou.

  • Acabam-se as notas de 20€. Valor diário baixa para 50€, diz o Telegraph

    O jornal britânico The Telegraph afirma que o valor diário de levantamentos em muitas caixas multibanco na Grécia já caiu dos 60 para os 50 euros, porque as notas de 20 euros estão a acabar.

  • A agência de rating Moody’s baixou a classificação da dívida da cidade de Atenas para ‘Caa3’, apenas dois graus acima do estado de falência, avança a agência Bloomberg.

  • 500 milhões de euros. Este é o valor que resta aos bancos gregos, segundo o jornalista do Telegraph, Ambrose Evans-Pritchard. Ambrose diz que recebeu a informação de Constantine Michalos, chefe da Câmara do Comércio da Grécia, quando afirmou que “qualquer pessoa que ache que os bancos vão abrir na terça-feira é um sonhador”. “O dinheiro não vai durar uma hora”, explicou Michalos a Ambrose.

  • Durão Barroso elogia Passos e critica Governo grego

    O ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, aconselhou hoje os portugueses a olharem para a Grécia, sustentando que Portugal não está na mesma situação graças à determinação do Governo PSD/CDS-PP chefiado por Pedro Passos Coelho.

    “Aos portugueses, eu gostava de dizer que olhem para a Grécia, que pensem no que se está a passar na Grécia, porque era exatamente isso que poderia estar a passar-se em Portugal, se não fosse, se não tivesse sido a determinação do Governo português e do seu primeiro-ministro, que quero saudar”, declarou o anterior presidente da Comissão Europeia.

    Na apresentação do livro “O outro lado da governação”, dos ex-governantes Miguel Relvas e Paulo Júlio, num hotel de Lisboa, Durão Barroso defendeu que a Grécia entrou numa “situação terrível” devido a “decisões políticas”, quando “iniciava a recuperação económica”, e considerou “completamente injusto” que se critique as instituições credoras.

  • O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, disse esta quinta-feira num evento em Valeta, capital do país, que o destino da Grécia está agora “nas mãos do seu povo”. Ele espera que o Conselho Europeu volte a reunir-se na próxima semana após o resultado do referendo e questiona: “Se é legítimo que o primeiro-ministro da Grécia convoque um referendo, não seria também oportuno que os cidadãos da zona euro façam um referendo para decidir como credores?”

  • Stavros Theodorakis, líder do partido liberal “To Potami”, afirmou esta quinta-feira a uma estação de rádio grega, citado pelo Greek Reporter, que recomenda a formação de um novo governo a partir do atual Parlamento.

    Todas as forças políticas devem manter uma postura responsável e um governo de unidade nacional deve ser formado. Já temos a proposta pronta. A iniciativa está com Alexis Tsipras. Se ele quiser, pode ser o primeiro-ministro “, disse.

  • Tsipras também critica os “parceiros” e fala em “chantagem”:

    https://twitter.com/tsipras_eu/status/616680949741395969

  • No entanto, o primeiro-ministro grego diz que o povo não deve ceder ao medo da “velha política responsável pela dívida” e critica o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble:

    https://twitter.com/tsipras_eu/status/616677507186749442

  • Na sua conta no Twitter, Alexis Tsipras admite que prevê melhores termos para as negociações após o referendo:

    http://twitter.com/tsipras_eu/status/616672075835641861

  • Alexis Tsipras assegura ainda que os problemas no acesso aos bancos não vão durar muito tempo, acrescentando que espera obter um novo acordo com os credores 48 horas depois do referendo de domingo. Para o líder do governo de Atenas, se o não vencer este acordo será mais rápido. Na mesma entrevista ao canal ANT 1, o primeiro-ministro grego admitiu que as filas às portas dos bancos eram um embaraço, mas atirou as culpas para os parceiros da zona euro que obrigaram o Banco Central Europeu a congelar a ajuda financeira de emergência aos bancos gregos.

  • Tsipras promete respeitar resultado do referendo, mas um acordo terá de passar no parlamento

    Alexis Tsipras assume ainda o compromisso de que respeitará o resultado que sair do referendo de domingo, contudo avisa que um acordo com os credores que resulte da vitória do sim terá também de passar no parlamento grego. Neste entrevista televisiva, Tsipras continua a defender o não.

  • O primeiro-ministro grego tenciona ir a Bruxelas assinar um acordo na segunda-feira, que “acordo” vai depender do resultado do referendo marcado para domingo ser sim ou não. Em entrevista ao canal ANT1TV, Alexis Tsipras defende que um não do povo grego ao acordo com os credores vai ajudar as duas partes a “chegar a um entendimento mais depressa”. No entanto, para Tsipras, a saída do euro “não é uma opção para a Grécia”, manifestando-se aberto a compromissos que coloquem um ponto final nos cenários Grexit.

    O primeiro-ministro considera que o referendo às medidas de austeridade vem com um atraso de cinco anos e reafirma que o país está à procura de um acordo que seja sustentável, de uma solução dentro da União Europeia, porque o não, não representa uma rutura com a Europa.

1 de 3