Histórico de atualizações
  • Obrigado por ter seguido através do Observador as atualizações noticiosas sobre este atentado em Paris. Pode ainda ler esta reportagem, no local, do nosso enviado João de Almeida Dias. Hoje ficamos por aqui.

  • Marcelo Rebelo de Sousa diz que a comunidade islâmica em Portugal é "exemplo de paz, diálogo e inclusão"

    O Presidente da República esteve hoje reunido com a comunidade islâmica na mesquita de Lisboa e, apesar de se ter escusado a comentar as vésperas eleitorais em França, disse que já falou com o Presidente francês François Hollande para manifestar a sua solidariedade “ao presidente francês mas sobretudo ao povo francês”. O mais importante, disse Marcelo Rebelo de Sousa, “é que haja um clima de paz, de serenidade, de segurança, tanto em França como em toda a Europa, e que Europa esteja unida na construção dessa segurança”. Isto para que “as eleições e a vida do dia-a-dia decorram em normalidade democrática”.

    O Presidente fez ainda questão de elogiar a comunidade islâmica presente no nosso país, um exemplo contra “o clima de intolerância, de não-inclusão, de marginalização, de incompreensão sobre os outros” que se vive na Europa.

    Marcelo Rebelo de Sousa está hoje reunido com várias comunidades religiosas em Lisboa na tentativa de “transmitir o contrário”, ou seja, ” para dizer que queremos a paz, o diálogo, a inclusão”. A comunidade islâmica em Portugal, disse o Presidente, “é um exemplo disso para todos os portugueses”.

  • Augusto Santos Silva: atentado pretende "semear medo e insegurança" na Europa

    O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou hoje o atentado de Paris um “ato cobarde” que visava “perturbar a realização das eleições” e “semear o medo e a insegurança nas cidades europeias”. Augusto Santos Silva falou à Lusa, na Praia da Vitória, Terceira, à margem de uma cimeira internacional sobre a criação do futuro centro de investigação para o Atlântico nos Açores.

    Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, o ataque de quinta-feira, que matou um polícia e feriu outros dois, “tinha dois objetivos”: o de “perturbar a realização das eleições francesas” e o de “semear o medo e a insegurança nas cidades europeias”. Augusto Santos Silva manifestou “solidariedade com o povo e as autoridades francesas”, sustentando que o “ato cobarde” não “irá perturbar a escolha democrática” nem “vergar a adesão aos valores da democracia”.

    O Governo português já repudiara hoje o “hediondo” atentado terrorista de quinta-feira em Paris, no qual um polícia francês foi assassinado a tiro, sublinhando que este ataque evidencia a necessidade de um reforço da cooperação e partilha de informações. Também a secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Margarida Marques, repudiou o “atentado hediondo”.

    “Repudiamos esse atentado. É mais um e é horrível para as pessoas. É um atentado hediondo, que continua a repetir-se na Europa e fora da Europa. Mas só nos vem lembrar – se é que seria necessário – que a cooperação na luta contra o terrorismo e a partilha de dados têm de ser mais efetivas”, afirmou à agência Lusa a secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Margarida Marques falou à Lusa a partir de Tallinn, onde participou, desde quinta-feira, numa visita de trabalho à Estónia., que assume a presidência rotativa da União Europeia a partir de 1 de julho.

  • A polícia de Nova Iorque, NYPD, prestou homenagem aos seus homólogos franceses, através da publicação de um tweet.

  • O ministro do Interior francês, Matthias Fekl, anunciou através do Twitter que, esta noite, as bandeiras das esquadras serão hasteadas a meia haste, em homenagem ao polícia morto a tiro no ataque terrorista de quinta-feira, em Paris.

  • Paul Golding, líder do Britain First, publicou esta sexta-feira um vídeo falso de muçulmanos a “celebrar” o ataque terrorista de Paris. O tweet polémico, que muitos encaram, agora, como uma tentativa de manipulação da opinião pública, já foi eliminado.

    Líder do Britain First publica vídeo falso de muçulmanos a “celebrar” ataque terrorista de Paris

  • O polícia que morreu esta quinta-feira à noite, na sequência de mais um ataque terrorista na capital francesa, chamava-se Xavier Jugelé, tinha 37 anos e era ativista dos direitos LGBT. Leia mais aqui.

    Xavier Jugelé, o polícia que dizia “não” aos terroristas – e foi morto por um em Paris

  • Le Pen é a única a subir na última sondagem

    A última sondagem divulgada antes das eleições do próximo domingo mantém Emmanuel Macron à frente das intenções de voto, com 24,5%, e Marine Le Pen muito próxima, com 23%. São os dois favoritos na primeira volta das Presidenciais francesas, seguidos de perto pelo socialista François Fillon e pelo candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon, que se batem pelo terceiro lugar com 19% das preferências de voto.

    O mais surpreendente nesta última sondagem, contudo, é o facto de a candidata da Frente Nacional ser a única a subir: mais um ponto percentual, contra Macron e os outros candidatos de esquerda, que se distanciaram um pouco (-0,5%). Benoît Hamon parece definitivamente arredado da corrida presidencial, arrecadando apenas 7,5% do interesse dos eleitores inquiridos.

    A sondagem da Odoxa divulgada hoje, a 36 horas da abertura das urnas em França, envolveu inquéritos a 2.500 pessoas: 1.500 foram sondadas na quinta-feira antes dos ataques em Paris e outras mil na sexta-feira a seguir ao atentado na capital francesa. Em todos os cenários para a segunda volta eleitoral, o conservador Macron continua a sair vitorioso e a candidata de extrema-direita sempre derrotada, apesar dos recentes progressos após o atentado de 20 de abril.

  • Karim Cheurfi foi alvo de quatro condenações

    Ainda durante a conferência de imprensa, o Procurador de Paris referiu que foi aberta uma investigação preliminar em janeiro de 2017, depois de Karim Cheurfi ter tentado obter armas. Na altura, não foi descoberta qualquer ligação ao Estado Islâmico.

    Ao todo, Karim Cheurfi foi alvo de quatro condenações:

    • a 15 de fevereiro de 2007, Cheurfi foi condenado a 15 anos de prisão por tentativa de homicídio de uma pessoa com cargo público de autoridade;
    • em 2008, cumpriu três meses de prisão por atos de violência contra pessoas com cargos públicos de autoridade;
    • a 4 de novembro de 2009, Cheurfi foi condenado a 18 meses de prisão por atos de violência contra um co-detido;
    • a 9 de julho de 2014, Cheurfi foi condenado a quatro de prisão por roubo e incumprimento.

  • Procuradoria de Paris: atacante tinha uma caçadeira, duas facas e um Corão

    O Procurador de Paris, François Molins, já falou à comunicação social. Numa longa declaração, Molins começou por relatar a ordem dos eventos do ataque terrorista de quinta-feira à noite, quando um homem num veículo da marca Audi parou junto a um carro da polícia, nos Campos Elísios, e abriu fogo. O atacante atingiu mortalmente, com um tiro na cabeça, um funcionário da polícia de 37 anos e, de seguida, disparou contra os outros polícias que estavam no interior do veículo: um deles, de 34 anos, ficou “gravemente ferido”, enquanto o outro, de 31 anos, ficou “ligeiramente ferido”. Uma turista também ficou ferida no pé, na sequência de uma bala que ricocheteou.

    O atacante, de nome Karim Cheurfi, nasceu a 31 de dezembro de 1977 no norte de Paris. No carro, após o ataque, foram encontradas uma caçadeira, duas facas de cozinha e uma tesoura de poda. Tinha também em sua posse o Corão. O Procurador de Paris referiu que a habitação do atacante foi vasculhada durante a noite e que três familiares estão, de momento, a ser interrogados pela polícia. No rescaldo do ataque foi descoberto um papel manuscrito com uma mensagem de apoio ao Estado Islâmico, mas também documentos onde constavam várias moradas das forças policiais em Paris.

    Segundo o Procurador de Paris, na sequência do ataque foram disparados dois tiros sobre o vidro da frente e quatro sobre o vidro traseiro do automóvel da Polícia.

    A pessoa em causa estava referenciada pela polícia desde janeiro de 2017, tendo sido identificada como alguém que estaria à procura de armas. A 23 de fevereiro a sua casa foi vistoriada e foram encontrados alguns elementos que permitiram detetar que se tratava de alguém com um perfil criminoso. No entanto, não foram encontradas provas suficientes para o manter detido e levá-lo a julgamento. Karim Cheurfi tinha quatro condenações.

  • Em Bordéus, os polícias municipais fazem um minuto de silêncio em homenagem ao polícia que faleceu esta quinta-feira à noite, na sequência de um atentado terrorista já reclamado pelo Estado Islâmico.

  • Mensagens de apoio às forças policiais francesas são colocadas nos Campos Elísios, tal como se pode ver na imagem.

    PHILIPPE LOPEZ/AFP/Getty Images

  • O procurador de Paris, François Molins, vai dar uma conferência de imprensa às 17h45 (16h45 em Lisboa) por causa dos acontecimentos desta quinta-feira nos Champs-Elysées.

  • Polícia sabia que Karim Cheurfi queria obter armas para atacar polícias

    Karim Cheurfi estava identificado pelas autoridades como extremista radicalizado desde março de 2017, diz a BFMTV. Apesar de ter sido identificado e de duas testemunhas terem comprovado que queria obter armas para atacar polícias, as autoridades consideraram que as provas recolhidas não eram suficientes para que o autor do atentado de quinta-feira à noite fosse anexado com a Ficha S – aquela que é atribuída aos suspeitos de terrorismo.

  • Fillon insiste que houve mais ataques na quinta-feira à noite

    François Fillon mantém o que disse na quinta-feira – e que foi desmentido posteriormente – de que haveria “outros ataques a ocorrer em Paris”. Depois de ter sido criticado pelas suas declarações, o candidato d’Os Republicanos reiterou esta sexta-feira que “eles existiram, houve outros ataques ontem à noite. Vejam os relatórios da polícia”, afirmou.

    O ministro do Interior e a polícia de Paris voltaram a desmentir ao Le Monde que tal tenha acontecido.

  • Atacante tinha papel com mensagem de apoio ao Estado Islâmico

    De acordo com o que está a ser avançado pelo Libération, foi encontrado um papel junto do corpo do atacante, no qual se lia uma mensagem em defesa do Estado Islâmico. A BFMTV já tinha avançado que foram encontrados dois papéis no carro com as moradas da esquadra de Lagny (Seine-et-Marne), e da Direcção-Geral de Segurança Interna. Também foram encontradas moradas de armeiros.

    No carro foram também encontradas armas, brancas e de fogo, e um exemplar do Alcorão.

  • Cazeneuve acusa Le Pen de querer "explorar descaradamente emoções para fins políticos"

    O primeiro-ministro francês Bernard Cazeneuve falou aos jornalistas. Com Marine Le Pen e François Fillon na mira, disse que a candidata da Frente Nacional – que pediu esta sexta-feira o fecho das fronteiras – se esquecia dos mais de 105 milhões de pessoas que têm sido controladas nas fronteiras.

    “Marine Le Pen pediu a expulsão de todos os que têm a ficha S [ aquela que é atribuída aos suspeitos de terrorismo]. Quero lembrá-la que, desde maio de 2012, foram expulsas do território 117 pessoas” no âmbito da luta francesa contra o terrorismo. Cazeneuve diz que Le Pen demonstra, com este tipo de declarações, o desconhecimento que tem sobre os dispositivos de combate e que as medidas de inteligência que propõe teriam consequências menos firmes do que as que estão previstas.

    Para o primeiro-ministro francês, a candidata da extrema direita quer esquecer que, na verdade, se tem oposto a tudo sem propor medidas sérias ou credíveis. “As suas palavras, mais do que qualquer outra coisa, mostram aquela que é a sua verdadeira finalidade: parece que depois de cada tragédia, quer explorar descaradamente as emoções para fins exclusivamente políticos”, disse, citado no Le Figaro.

  • Donald Trump escreveu no Twitter que o ataque terrorista de quinta-feira à noite vai ter “um grande impacto” nas eleições presidenciais de domingo.

    https://twitter.com/realDonaldTrump/status/855368516920332289

  • A BFMTV avança que a polícia francesa encontrou dois papéis manuscritos no carro do autor do tiroteio de quinta-feira à noite, com moradas de esquadras da polícia.

  • Homem que se entregou à polícia belga não tem ligações ao atentado de Paris

    As autoridades belgas desmentiram que o homem belga que se entregou às autoridades na manhã desta sexta-feira esteja relacionado com o tiroteio de quinta-feira à noite em Paris, que tirou a vida a um polícia e feriu outros dois.

    As autoridades belgas estão focadas num membro do Estado Islâmico que dará pelo nome de “Abu Yousef Al-Belgiiki”, que foi citado pelo grupo extremista no momento da reivindicação do ataque. Contudo, as autoridades ainda não identificaram ninguém com esse nome.

    “Esse homem veio à polícia ontem à noite depois de se ver aparecer nas redes sociais como o principal suspeito relacionado com os factos de ontem”, informou um procurador belga na cidade de Antuérpia, citado pela agência Associated Press, que recusou ser identificado. O mesmo responsável deixou claro que o homem “não faz parte de uma investigação de terrorismo”.

    O próprio ministro belga da Justiça, Koen Geens, afirmou esta manhã ao canal belga de televisão VRT que, no momento das suas declarações, não havia “qualquer informação” sobre a ligação entre os dois casos.

    Com Lusa

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